Hoje é dia de Greve Geral, por isso, comecei o meu dia com uma reunião às 8h da manhã seguindo-se outra às 9h. Para chegar a horas à primeira reunião, levantei-me uma hora mais cedo, ou seja, fiz greve geral a uma hora de sono! Assim pude demonstrar toda a minha revolta e o meu protesto ao sono, que me desgoverna os horários no dia-a-dia!
Agora a sério! Não entendo, nunca entendi e tenho dúvidas que algum dia venha a entender as greves dos trabalhadores! Aceito as manifestações dos desempregados, dos pensionistas, dos trabalhadores com salários em atraso e, até entendendo, as dos patrões contra as políticas fiscais e económicas. Mas não entendo as greves dos trabalhadores.
Primeiro, um trabalhador, nos dias que correm, deveria fazer uma festa (ao fim-de-semana, vá!) por ter emprego! Depois, os trabalhadores que recebem acima da média deveriam fazer uma grande festa por terem emprego e receberem acima da média. Por último, e quanto a mim mais relevante, os funcionários públicos deveriam agradecer a todos os portugueses e especialmente aos governantes, o facto de terem emprego, regra geral com salários acima da média e com garantia vitalícia, pois não podem ser despedidos, mesmo que não sirvam para nada, mesmo que a função não seja relevante e mesmo quando não são produtivos. Deveriam agradecer as regalias, como a ADSE, e os transportes gratuitos (no caso dos funcionários da CP, Carris, STCP, Metro, TAP, entre outros). Essas regalias são parte integrante do vencimento. Representa muitos euros e, mais engraçado, é que são pagas por todos nós!
Agora a questão dos sindicatos: quando foi a última vez que um dirigente sindical trabalhou? O que é que o Carvalho da Silva já fez na vida? Será que os trabalhadores sindicalizados já pensaram nisso? E será que já pensaram o quanto eles ganham? E quem lhes paga? Pois pensem! Pensem nisso.
Uma outra dúvida que tenho é esta. Como é que um funcionário de uma empresa, cuja empresa tem ainda alguma saúde financeira, que lhe paga o salário no dia combinado e pelo valor combinado, como é que estew funcionário pode, em consciência, decidir fazer greve? Como é que este funcionário decide prejudicar a saúde da sua empresa? Onde está a lógica, a razão e a justiça?
Para terminar, hoje, devido a um evento tenho que trabalhar até muito perto da meia-noite. Voluntariamente irei fazê-lo. E com orgulho!
P.S.: Há uma classe que deveria protestar e fazer greve, que deveria apelar à sociedade civil e ao Estado que olhassem para ela, que os apoiá-se e lhes desse melhores condições: São os Bombeiros, tantas vezes esquecidos. Dentro dessa classe, os voluntários seriam os que mais regalias deveriam ter. Afinal, sob o lema Vida Por Vida, eles trocam a vida deles pela nossa, a custo zero, ou a troco de uns tostões e do nobre orgulho de nos salvarem! Se o Estado quiser cobrar um imposto especial para benefício dos Bombeiros, em vez de cobrar taxas de audivisuais, isso sim, era serviço público de qualidade!
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
É verdade que o verão que estávamos a viver era atípico! É
também verdade que a chuva foi antecipadamente anunciada! Mas mesmo assim, não
recebi muito bem esta passagem do Verão para o Inverno sem passarmos pelo
Outono!
Gosto do frio, mas não deste frio. Gosto do frio quando é
muito e seco. Parece-se mais comigo e como tal tenho simpatia por ele! Ou será
que sou eu que me pareço com ele?
Deixa cá ver… se as pessoas me associarem a um edredon
quentinho, a uma lareira acesa, a um sofá e uma manta, é aquele frio que me
referia que se parece comigo, se as pessoas associarem esse frio a um edredon…
ok! Acho que a ideia passou! E sim, sou eu que me pareço com esse frio muito
frio e seco. Ou tenho a pretensão de me parecer.
Voltando ao que dizia, não gosto deste frio, nem desta
chuva, nem de conduzir à noite com esta chuva e com as estradas inundadas, não
gosto de sair de casa com o tempo assim e não tenho lareira, mas tenho o
edredon e a manta e o sofá e tenho vinho, bom, sempre, muito, branco! Mas o
branco é fresco, por isso esqueço o vinho e bebo chá! O de Lúcia-lima que a
minha mãe me mandou ou o chá Rooibos (nunca sei onde são os dois “o”) da Delta
Q! Aliás, a única coisa que na minha humilde fria e seca opinião se aproveita
da Delta Q. Prefiro a Nespresso, mas avariou. Tenho que pedir orçamento. Se for
alto, a Delta Q vai ter que servir.
Andamos sempre a correr. Por mais que façamos planos,
alinhemos ideias, anotemos tarefas, corremos, contra o tempo, contra nós, a
favor de nada de importante. Afinal, o que importa é partilhar. Momento de
jardim, de café ou de esplanada, onde se trocam ideias e músicas e filmes e
medos e visões do futuro e análises do presente. E depois saímos que nem
foguetes e voltamos a ver-nos um dia destes, supostamente próximo, supostamente
agendaremos depois. Depois de quê? Depois de quem? Quando? E levamos a vida
assim…
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Senna
Cresci a ver o Ayrton Senna da Silva. Entre 1983 e 1994 tive-o como meu ídolo. O único verdadeiro ídolo que tive.
Sou, por isso, suspeito. No entanto, independentemente de gostarem de F1, independentemente de terem visto o Senna correr, recomendo vivamente que vejam o documentário. Porque é uma lição de vida. Uma lição de superação, de honestidade, de lutar contra o sistema. De vencer contra tudo e contra todos. Porque se motivava pela sua própria superação. O Senna não corria contra os outros, corria contra si próprio. E tinha fé, muita fé! Talvez por isso tenha partido demasiado cedo. Ironicamente, morreu cedo para se tornar imortal!
O Prost, o Schumacher, ou o Fangio venceram mais vezes que o Senna, mas nenhum ficará na história da fórmula 1 como o Senna ficou.
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Não podia ser de outra maneira...
Hoje, não temos um telemóvel, temos um blackberry ou um iPhone.
Hoje, não temos um carro, temos um mini, um fiat 500, um alfa (ou um Mito).
Hoje, não temos um leitor de música, temos um iPod.
Hoje, não temos um computador, temos um Mac ou um Vaio.
Hoje, não temos uns chinelos, temos umas havaianas.
O mundo ocidental está à beira do colapso? Está!
Não podia ser de outra maneira...
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Máscaras
Máscaras. Não as usamos todos? Somos exactamente o que mostramos? Não. Nem podemos. Ou podemos?
Bem... Não sei, mas penso que sim, que as usamos. Todos os dias. No trabalho, na nossa vida social e até na nossa vida pessoal, em casa.
Quase nunca podemos ser o que somos. Temos que ser eufemismos. Temos que ser apenas o que podemos mostrar. É uma questão de segurança, de defesa, de protecção ou, até, de integração na sociedade, nos grupos e nas tribos a que pertencemos.
Umas vezes somos menos do que realmente somos, mas muitas vezes tentamos ser mais. É um desequilíbrio, mas tem de ser. Temos que usar as máscaras.
Foi assim que a sociadeda dita evoluída, dita ocidental nos ensinou, nos educou e nos obrigou a ser. E isso não faz de nós melhores nem piores. Apenas é assim, porque sim.
Nas máscaras escondemos os medos, as frustrações, os sonhos, os desejos, o lado irracional ou racional. E as emoções que não demonstramos.
Se todos deixassemos cair as máscaras o choque seria brutal. Teríamos que nos reinterpretar. De nos voltar a entender, de voltar a aceitar. Ou não. Ou escolheríamos novos caminhos, novos grupos e novas tribos.
Se deixássemos cair as máscaras e ao mesmo tempo fossemos totalmente sinceros, sem eufemismos, poderíamos dizer tudo, mas não estaríamos preparados para ouvir a sinceridade nua, crua e bruta.
Se hoje, é o medo que nos une, passaria a ser o ódio que nos separaria.
Usemos, pois, as nossas máscaras. A começar nos blogs, esta bela forma de nos mascararmos para dizermos o que nos apetece, quando nos apetece, com os eufemismos(uns dias mais, outros dias menos) que nos apetece. Porque neste mundo das máscaras, o que é mesmo bom é fazermos o que nos apetece, não quando nos apetece, mas quando nos deixam, ou quando temos oportunidade para isso.
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Coisas que os homens detestam
Cortar as unhas. Nenhum homem gosta de ter de cortar as unhas. Muito menos as dos pés ( que felizmente crescem de forma mais lenta).
Balneários dos ginásios. Nenhum homem gosta de privar com outros homens... nus! Quer dizer, alguns gostarão e isso só faz com que os outros (felizmente a maioria) ainda detestem mais. Medo!
Que as mulheres se atrasem porque se estiveram a arranjar. Há, até, algumas que nem se entende bem porque demoraram tanto tempo (o tempo cura tudo, mas não faz milagres! Até porque ser feio não é uma doença, por isso este provérbio não se aplica).
Os homens não gostam de consultar livros de instruções de novos equipamentos ou electrodomésticos. É obvio que sabemos como funciona!
Os homens nao gostam de admitir que estão perdidos e não sabem o caminho. Nem que tenha que fazer mais 50kms!
...
O que será que não gostamos mais? Somos umas jóias de pessoa! Gostamos de tudo! Ou então não! Sei lá!
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
De regresso
Ao blog e ao país.
Para já é só!
Aproveito e partilho o hit que conheci na semana passada.
Aproveito e partilho o hit que conheci na semana passada.
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Revisitar(-me)
Actualização do texto que aqui escrevi em 5 de Abril de 2008 (Sábado)
Uma Vida Quase Perfeita
Sonhar com uma vida quase perfeita é sonhar com coisas simples. Uma vida quase perfeita é, para mim, uma vida simples, mas repleta de coisas boas. São as amizades, as viagens, a família, os momentos que recordamos e também os que gostariamos de não lembrar, o filme que nos toca, a música que parece ter sido escrita por nós e para nós, é o nosso cantinho, onde construímos o nosso lar, num espaço que é nosso mas que gostamos de partilhar. É a partida e o regresso, é o país que nós temos, que nós somos, que nós construímos. São os aromas e os sabores que temos sempre presente, principalmente quando vamos para fora. É a vontade, a imensa vontade de estar onde não estamos ou de estar com quem não estamos. É a saudade. É o Sol da Primavera, é o calor do Verão, são os tons avermelhados do Outono e é o frio do Inverno. É o Natal em família. São todos os votos que todos os fins-de-ano repetimos para o ano seguinte. São as recordações de infância, das férias grandes, dos amigos que deixamos para trás no percurso que nos fez chegar até aqui, e os amigos que ganhámos durante esse percurso. É crescer e tornármo-nos responsáveis, é o emprego que escolhemos ou aquele que somos obrigados a ter, é o fim-de-semana e o fim-do-mês, que parecem nunca mais chegar, são os horários que temos que enfrentar. É sair com os amigos. É o acordar tarde ao fim-de-semana. É o Domingo inteirinho no sofá. São os feriados e as férias. É, de vez em quando, procrastinar. Hoje não, amanhã, ou depois. E ter prazer nisso! É gostar de ti e dizer-te, olhos nos olhos. É gostar de ti e não ter que o dizer. É ter-te aqui, é deixar-te ir, é querer voltar a ter-te. É querer ver-te hoje. São as relações, mais complexas ou mais simples, que nos deveriam tornar mais felizes. É lutar por conseguir que durem ou colocar o ponto final. É ter a relação que se gostava de ter. É sonhar com ela, a relação quase perfeita, que ao longo da vida acreditamos que viremos a ter ou desejamos que nunca acabe. É ser feliz com pouco. É dar muito. É surpreender e ser suspreendido. É termos alguém ao nosso lado, companheiro de uma vida. É escolhermos vidas solitárias. É a decepção, é cair e voltar a erguer para de novo voltar a cair, e voltar a erguer com mais força do que nunca e, com um grande sorriso de esperança, seguir em frente sem nunca, nunca deixar de acreditar. É ter fraquezas, medos e receios. É ser forte, tenaz e obstinado. Resiliente. É o orgulho de sermos quem somos ou querermos ser melhores. É superarmo-nos no dia-a-dia e sentir orgulho nisso. São os sonhos altos. São os projectos grandes e pequenos, os que concluímos e aqueles dos quais nunca mais vemos o fim e ainda os que adiamos eternamente.
É acreditar que, um dia, quando olharmos para trás vamos ter a certeza que «sim, eu fui feliz. Eu construí a minha vida quase perfeita». Todos os dias...
Bom dia!
Uma Vida Quase Perfeita
Sonhar com uma vida quase perfeita é sonhar com coisas simples. Uma vida quase perfeita é, para mim, uma vida simples, mas repleta de coisas boas. São as amizades, as viagens, a família, os momentos que recordamos e também os que gostariamos de não lembrar, o filme que nos toca, a música que parece ter sido escrita por nós e para nós, é o nosso cantinho, onde construímos o nosso lar, num espaço que é nosso mas que gostamos de partilhar. É a partida e o regresso, é o país que nós temos, que nós somos, que nós construímos. São os aromas e os sabores que temos sempre presente, principalmente quando vamos para fora. É a vontade, a imensa vontade de estar onde não estamos ou de estar com quem não estamos. É a saudade. É o Sol da Primavera, é o calor do Verão, são os tons avermelhados do Outono e é o frio do Inverno. É o Natal em família. São todos os votos que todos os fins-de-ano repetimos para o ano seguinte. São as recordações de infância, das férias grandes, dos amigos que deixamos para trás no percurso que nos fez chegar até aqui, e os amigos que ganhámos durante esse percurso. É crescer e tornármo-nos responsáveis, é o emprego que escolhemos ou aquele que somos obrigados a ter, é o fim-de-semana e o fim-do-mês, que parecem nunca mais chegar, são os horários que temos que enfrentar. É sair com os amigos. É o acordar tarde ao fim-de-semana. É o Domingo inteirinho no sofá. São os feriados e as férias. É, de vez em quando, procrastinar. Hoje não, amanhã, ou depois. E ter prazer nisso! É gostar de ti e dizer-te, olhos nos olhos. É gostar de ti e não ter que o dizer. É ter-te aqui, é deixar-te ir, é querer voltar a ter-te. É querer ver-te hoje. São as relações, mais complexas ou mais simples, que nos deveriam tornar mais felizes. É lutar por conseguir que durem ou colocar o ponto final. É ter a relação que se gostava de ter. É sonhar com ela, a relação quase perfeita, que ao longo da vida acreditamos que viremos a ter ou desejamos que nunca acabe. É ser feliz com pouco. É dar muito. É surpreender e ser suspreendido. É termos alguém ao nosso lado, companheiro de uma vida. É escolhermos vidas solitárias. É a decepção, é cair e voltar a erguer para de novo voltar a cair, e voltar a erguer com mais força do que nunca e, com um grande sorriso de esperança, seguir em frente sem nunca, nunca deixar de acreditar. É ter fraquezas, medos e receios. É ser forte, tenaz e obstinado. Resiliente. É o orgulho de sermos quem somos ou querermos ser melhores. É superarmo-nos no dia-a-dia e sentir orgulho nisso. São os sonhos altos. São os projectos grandes e pequenos, os que concluímos e aqueles dos quais nunca mais vemos o fim e ainda os que adiamos eternamente.
É acreditar que, um dia, quando olharmos para trás vamos ter a certeza que «sim, eu fui feliz. Eu construí a minha vida quase perfeita». Todos os dias...
Bom dia!
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