quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Hoje é dia de greve

Hoje é dia de Greve Geral, por isso, comecei o meu dia com uma reunião às 8h da manhã seguindo-se outra às 9h. Para chegar a horas à primeira reunião, levantei-me uma hora mais cedo, ou seja, fiz greve geral a uma hora de sono! Assim pude demonstrar toda a minha revolta e o meu protesto ao sono, que me desgoverna os horários no dia-a-dia!

Agora a sério! Não entendo, nunca entendi e tenho dúvidas que algum dia venha a entender as greves dos trabalhadores! Aceito as manifestações dos desempregados, dos pensionistas, dos trabalhadores com salários em atraso e, até entendendo, as dos patrões contra as políticas fiscais e económicas. Mas não entendo as greves dos trabalhadores.

Primeiro, um trabalhador, nos dias que correm, deveria fazer uma festa (ao fim-de-semana, vá!) por ter emprego! Depois, os trabalhadores que recebem acima da média deveriam fazer uma grande festa por terem emprego e receberem acima da média. Por último, e quanto a mim mais relevante, os funcionários públicos deveriam agradecer a todos os portugueses e especialmente aos governantes, o facto de terem emprego, regra geral com salários acima da média e com garantia vitalícia, pois não podem ser despedidos, mesmo que não sirvam para nada, mesmo que a função não seja relevante e mesmo quando não são produtivos. Deveriam agradecer as regalias, como a ADSE, e os transportes gratuitos (no caso dos funcionários da CP, Carris, STCP, Metro, TAP, entre outros). Essas regalias são parte integrante do vencimento. Representa muitos euros e, mais engraçado, é que são pagas por todos nós!

Agora a questão dos sindicatos: quando foi a última vez que um dirigente sindical trabalhou? O que é que o Carvalho da Silva já fez na vida? Será que os trabalhadores sindicalizados já pensaram nisso? E será que já pensaram o quanto eles ganham? E quem lhes paga? Pois pensem! Pensem nisso.

Uma outra dúvida que tenho é esta. Como é que um funcionário de uma empresa, cuja empresa tem ainda alguma saúde financeira, que lhe paga o salário no dia combinado e pelo valor combinado, como é que estew funcionário pode, em consciência, decidir fazer greve? Como é que este funcionário decide prejudicar a saúde da sua empresa? Onde está a lógica, a razão e a justiça?

Para terminar, hoje, devido a um evento tenho que trabalhar até muito perto da meia-noite. Voluntariamente irei fazê-lo. E com orgulho!

P.S.: Há uma classe que deveria protestar e fazer greve, que deveria apelar à sociedade civil e ao Estado que olhassem para ela, que os apoiá-se e lhes desse melhores condições: São os Bombeiros, tantas vezes esquecidos. Dentro dessa classe, os voluntários seriam os que mais regalias deveriam ter. Afinal, sob o lema Vida Por Vida, eles trocam a vida deles pela nossa, a custo zero, ou a troco de uns tostões e do nobre orgulho de nos salvarem! Se o Estado quiser cobrar um imposto especial para benefício dos Bombeiros, em vez de cobrar taxas de audivisuais, isso sim, era serviço público de qualidade!


quarta-feira, 2 de novembro de 2011


É verdade que o verão que estávamos a viver era atípico! É também verdade que a chuva foi antecipadamente anunciada! Mas mesmo assim, não recebi muito bem esta passagem do Verão para o Inverno sem passarmos pelo Outono!
Gosto do frio, mas não deste frio. Gosto do frio quando é muito e seco. Parece-se mais comigo e como tal tenho simpatia por ele! Ou será que sou eu que me pareço com ele?
Deixa cá ver… se as pessoas me associarem a um edredon quentinho, a uma lareira acesa, a um sofá e uma manta, é aquele frio que me referia que se parece comigo, se as pessoas associarem esse frio a um edredon… ok! Acho que a ideia passou! E sim, sou eu que me pareço com esse frio muito frio e seco. Ou tenho a pretensão de me parecer.
Voltando ao que dizia, não gosto deste frio, nem desta chuva, nem de conduzir à noite com esta chuva e com as estradas inundadas, não gosto de sair de casa com o tempo assim e não tenho lareira, mas tenho o edredon e a manta e o sofá e tenho vinho, bom, sempre, muito, branco! Mas o branco é fresco, por isso esqueço o vinho e bebo chá! O de Lúcia-lima que a minha mãe me mandou ou o chá Rooibos (nunca sei onde são os dois “o”) da Delta Q! Aliás, a única coisa que na minha humilde fria e seca opinião se aproveita da Delta Q. Prefiro a Nespresso, mas avariou. Tenho que pedir orçamento. Se for alto, a Delta Q vai ter que servir.
Andamos sempre a correr. Por mais que façamos planos, alinhemos ideias, anotemos tarefas, corremos, contra o tempo, contra nós, a favor de nada de importante. Afinal, o que importa é partilhar. Momento de jardim, de café ou de esplanada, onde se trocam ideias e músicas e filmes e medos e visões do futuro e análises do presente. E depois saímos que nem foguetes e voltamos a ver-nos um dia destes, supostamente próximo, supostamente agendaremos depois. Depois de quê? Depois de quem? Quando? E levamos a vida assim…