quarta-feira, 29 de abril de 2009

E se um dia...

E se um dia eu souber de alguém que queira construir o amor, e se esse alguém estiver disposta a arriscar comigo o futuro?
Sim, se esse dia chegar, dedicar-lhe-ei esta canção:


Efeito Borboleta

Hoje, enquanto me dirigia para o escritório pensava numa decisão que tinha tomado e as consequências que daí poderiam advir.
Como se de um catalizador se tratasse, ocorreram logo outros sobre decisões que tomei no passado.
Confesso que me custa muito tomar certas decisões. Será assim com uma grande maioria de nós. Todas aquelas decisões que influenciam a nossa vida de uma forma permanente ou num espaço de tempo, custam muito.
No passado tomei decisões sobre minha vida pessoal que a influenciaram - e, por muita pena minha, influenciaram a de outras pessoas - que me fizeram seguir um certo rumo. Não sei como estaria hoje se não tivesse tomado essas decisões. Não sei nem nunca me permiti pensar muito sobre isso.
Quem me conhece sabe que quando tomo uma decisão levo-a até ao fim, convicto das consequências que prevejo vir a ter.
Tomei decisões pessoais e, acredito, essas decisões influenciaram também a minha vida profissional. Tomei decisões profissionais que também influenciaram a minha vida pessoal.
Nunca me permiti pensar no "e se...", nunca fiz grandes filmes em torno das decisões do passado. Sou capaz de o fazer em relação ao futuro. Pensar "e se..." como uma probabilidade futura, como algo que poderá acontecer é-me comum fazer.
Hoje pensei nisso. Hoje pensei "e se..." em relação ao passado.
O estômago embrulhou-se, como se se estivesse a defender de uma bomba de um qualquer ácido o pudesse estar prestes a ferir.
Este texto é uma intenção, uma intenção de não o tornar a fazer. Porque não vale a pena, porque não se muda o que está para trás. Qualquer mudança que façamos só nos pode alterar o futuro. Como diz a música "o passado fique por onde deve estar: No pretérito imperfeito, já que não é mais-que-perfeito".
Vamos seguir em frente. Vamos preparar o futuro. Vamos fazer por nos encontrarmos lá, no futuro. Vamos aguardar pelo que está para vir...

sexta-feira, 24 de abril de 2009

O laço

Quando menos se espera, o laço desfaz-se.
É só puxar uma ponta.
São tão frágeis os laços...


domingo, 12 de abril de 2009

Até amanhã

Há uns dias, entre arrumações e pesquisas, descobri um texto meu, escrito à mão, que não me lembro (e não me dei ao trabalho de pesquisar) se já aqui o publiquei.
Também não sei se é um texto interessante ou não. Depois de o redescobrir, li-o algumas vezes. Numas, gostei, noutras nem por isso.
Espero que gostem, ou então não.
Há uma coisa: tal como no dia em que o escrevi, faz todo o sentido. Sinto o que lá está escrito. É tão actual hoje, como ontem.

Olha para mim e diz-me o que vez.
Vês um pouco da Lua ou um pouco do Sol?
Vês-te a ti, ou vês-me a mim no teu lugar?
Vês o passado ou a construção do futuro?
Vês a vida que o tempo encerra ou um recomeço?
Vês o que nos une ou tão somente ou que nos separa?

Pelo retrovisor vejo a sombra do passado, enquanto conduzo rumo ao futuro.
Será a luz do Sol, do Pôr-do-Sol, que limita o meu campo de visão, mas sigo em frente. Este é o caminho do futuro.
Para trás ficam as sombras do passado que percorro vezes sem conta, a miude, à espera de um novo rumo.
Hoje sei que o caminho se faz pela liberdade. A liberdade de escolha, a certeza de livremente decidir que não quero esta liberdade. Então, paro e liberto-me, e solto-me.
Levanto as amarras e escolho um rumo. Escolho um não rumo. Decido deambular pela incerteza do saber. Porque para saber tenho que procurar no incerto.
Os ecos do que ficou, do que se disse, do que se viveu. E os sorrisos.
Ter medo de já não ter medo quando o amanhã chegar.

Estarei cá, mas não à espera. Não se espera pelo futuro. Não se espera pelo que não se conhece.
Entre esperar ou arriscar, escolho arriscar. Procurar, encontrar, reencontrar, descobrir, destruir e voltar.
Voltarei ao mesmo lugar, se souber que é lá que devo ficar. Entretanto já parti.
Espera por mim aqui. Espero ver-te por cá, quando voltar.

Apago a luz... e durmo.

Até amanhã.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Ainda estou vivo

Sim, ainda estou por cá!
Como sempre, com falta de tempo.
Não é fácil ter uma vida quase itinerante. Então, se adicionar a isso o curso de formação que estou a fazer em Lisboa, a situação ainda piora.
No dia em que a formação começou, enquanto fazia a viagem de carro do Porto para Lisboa, lembrei-me de uma coisa que até ainda não me tinha passado pela cabeça: «é possível que neste curso de formação haja um trabalho de grupo!!!».
Nessa altura a minha boca secou e senti o estômago a embrulhar! «Será??» pensei eu!
E não é que pensei muito bem? Pois é! Quando me inscrevi não pensei nesta possibilidade!
Percebi nessa altura que me tinha ocupado pouco a reflectir sobre a formação. Achei que seria uma mais valia para o meu curriculum, mas, acima de tudo, que seria uma mais valia para as funções que desempenho. Bom para mim e bom para a empresa.
Esqueci-me de pensar no tempo (esse belo recurso que não me sobra). Sim, o tempo que seria necessário investir para que a formação fosse a tal mais valia.
Agora vejo-me envolvido em viagens constantes para Lisboa, como esperava, mas também a ter que roubar mais um bocadinho de tempo ao trabalho e à empresa, á vida pessoal, á família e aos amigos, para poder dedicar-me a um trabalho de grupo.
O grupo de trabalho, esse, é mais um problema. Pessoas de diferentes cidades do País. E-mails, muitos.
Assim vai ser a minha vida nos próximos meses.
Voltando à vida pessoal, roubei um bocadinho de tempo a cada um. Uns entenderam e apoiaram. Outros, nas suas visões egocentricas, mostraram desde logo que se lhes dermos tempo e atenção, somos os maiores. Quando precisamos de tempo e atenção, «ah e tal! toma! prova um bocadinho do meu egoísmo! gostas? vou-te cobrar um bocadinho...». E eu pronto, está bem! Volto quando tiver tempo, pode ser?
Acho lamentável, mas somos todos diferentes.
Eu dou, porque gosto, porque posso, se posso. Não peço nada em troca. É de borla. Ajusto a minha vida de forma a ter tempo para todos, gerindo as prioridades, como já o referi em textos anteriores.
Sou egoísta? Sim, tambem. Em certas coisas. Naquelas das quais não abdico ser. Exijo alguma coisa em troca? Não. Nada.
Agora que não tenho tempo, tenho que ser mais egoista. Tenho que pensar mais em mim. É tempo de dar menos e receber mais. quem quiser dar, dá. Quem não quiser, não dá.
Da mesma forma que não cobro quando dou, não cobro quando não me dão.
Somos todos diferentes, é o que é. Não vale a pena pensar muito nisso. Acho lamentável? Um bocadinho. Vou dormir pior esta noite? Não.
Ás pessoas a quem não posso dar muito de mim nesta altura, às que gostam de mim e às de quem eu gosto, resta-me pedir paciência. E que percebam.
Estarei lá para elas quando as coisas normalizarem.
Três meses passam depressa. Não se vai notar. E depois cá estaremos, como sempre.
Quanto a vós, 2 ou 3 que ainda me lêem(!), obrigado por continuarem a cá passar.
Irei fazer um esforço e, de vez em quando, mesmo que a horas tardias, de cá passar para escrever alguma coisa com ou sem sentido. De preferência com.
Até lá, fico-me por aqui.

Como sempre, deixo-vos aqui uma música para me redimir!
Para quem não conhece, chamam-se Glasvegas e são, talvez, uma das melhores bandas que anda por aí actualmente.
A música mais conhecida é "Geraldine", mas preferi colocar aqui esta. Só porque sim!
Ainda esta semana vou tentar adquirir o album, seja lá de que forma for!!!!!

Espero que gostem