sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

E agora... Casa... Natal... Família... Amigos... aqui vou eu!!!

BOM NATAL A TODOS!!!!!!!!!!

E se o dia tivesse mais horas?

Muitas vezes o meu pensamento passa por aí: «e se o dia tivesse mais umas horitas?».
Nos dias mais difíceis penso ainda «rai's partam os feriados!».
Se por um lado gosto de ter tempo para as coisas de que gosto e para as pessoas de quem gosto, por outro, a minha vida não me permite parar muito tempo.
Há sempre muita coisa que fica por fazer, há sempre projectos adiados, há sempre trabalho que fica para depois.
Isto tem as suas vantagens! Por exemplo, há assuntos da vida pessoal e profissional que automaticamente se resolvem, porque vão ficando, ficando, até que deixam de ser assuntos em aberto para passarem a ser assuntos esquecidos e por isso mesmo resolvidos.
Neste Natal não está a haver tempo suficiente para tudo e, especialmente, para todos.
Tenho culpa! É minha responsabilidade saber gerir e saber definir prioridades.
Há aquelas em que não falho: ontem, os amigos. Hoje, a família. Para já ainda estou a trabalhar.
Daí que aproveitar bem cada momento seja hoje a minha prioridade máxima. Tens o teu lugar, tens o teu espaço, tenho tempo pra ti... e pra ti... e pra ti... e pra ti...
Para todos os que cá estão sempre, os que estão há muito tempo e os que chegaram recentemente, para todos os que são importantes e que eu quero que façam parte do que sou, vou ter sempre um tempinho, com algum esforço e a precisar de alguma compreensão, pois sabem que quando eu não estou, gostaria de estar, pois sabem que aonde eu vou, vocês estão comigo.
Gosto de todos, os que fazem parte da minha vida e a tornam quase perfeita.
Se o dia tivesse mais horas? Continuaria a dormir pouco, usaria o tempo para estar convosco. O quanto gosto de todos os que fazem parte da minha vida permite-me deixar o sono para quando já não houver mais nada.
Gosto muito de ser feliz, gosto muito de ser feliz ao vosso lado.

Gosto mesmo!

domingo, 14 de dezembro de 2008

Pedimos desculpa pela interrupção, voltamos dentro de momentos...

Sento-me em frente ao computador já ligado. Abro o WMP e, no disco externo, escolho um album e clico no play.
Visito os habituais blogs e sites, e-mails e jornais. Dou uma vista de olhos rápida por tudo, sem grande atenção, mas que me permite ficar actualizado. E-mails importantes, nenhuns, e o ritmo de escrita nos blogs tem vindo a diminuir, salvo uma ou outra excepção.
Penso num ou noutro assunto sobre os quais pondero escrever. Nenhum tem interesse. Perco a vontade.
Há assuntos sobre os quais não escrevo porque não me pretendo expor - existem pessoas no mundo real que me conhecem e passam por cá - e existem assuntos sobre os quais entendo não dever falar por serem deprimentes, tristes ou de pouco interesse. Há, no entanto, um que desde ontem me tem feito pensar e que bem explorado daria um bom texto - não na forma, que não é essa a minha arte, mas pelo menos no conteúdo. Olho para a hora e percebo que perante a necessidade de me deitar cedo, não me resta senão adiar o assunto.
Adianto o assunto: a forma como as mulheres com quem me cruzo se mostram hoje frágeis e carentes de afecto, de tal forma que se predispõem a lançar-se na cama de alguém, não pelo prazer do sexo, mas pela segurança de amanhã acordarem e não estarem sozinhas, apesar de se manterem na solidão!
Parece-me um tema interessante para discussão...
Entretanto, deixo mais uma...

Ai a crise!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Muito, muito bom!

Podem ver o programa todo aqui!



É só rir!!!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Uma das melhores declarações de amor alguma vez expressa numa canção

No meio de tanta loucura e perturbação e de tanta coisa boa que se passou, ouvi esta música ontem, no sítio do costume.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

E-mail

Por vicissitudes da vida quotidiana, tenho tido poucas oportunidades para conversas presenciais com a minha irmã.
Desde sempre, a minha irmã foi (e é) a minha maior confidente e, mais do que isso, a minha maior ouvinte. No seu papel de irmã mais velha, está sempre lá para mim. É recíproco.
Muitas são as vezes que, num qualquer intervalinho de trabalho, numa qualquer viagem de carro ou comboio, lhe ligo para conversarmos um bocadinho.
Do meu lado «Então como estás?», «E os meninos, portam-se bem?» são perguntas recorrentes. Do lado dela as inevitáveis perguntas... «podes falar?», «estás com muito trabalho?» e «estás bem?» são recorrentes. E, na rotina do dia-a-dia, nas pressas comuns, as conversas tornaram-se curtas, mas objectivas.

Entretanto, passamos a comunicar por e-mail. Conto-lhe, com detalhe, como vai a minha vida. Um dia ou dois depois recebo a resposta em jeito de comentário. Devolvo mais tarde, quando na empresa o silêncio já reina e já só resto eu. É ela quem melhor me conhece e, no seu jeito cauteloso, lá vai dizendo aquilo que tem para mim. Mais do que uma crítica ou um conselho, é um "eu estou aqui" que lhe sai sempre. Eu sei que sim.


sábado, 29 de novembro de 2008

Post que não tem título

Quando, a meio de uma conversa, alguém demasiado próximo nos diz:

«Cuidar de ti é uma tarefa inglória»

Não há nada a acrescentar. Nada mais fica por dizer...

ADENDA: "cuidar de" é no sentido de ter alguém que se interesse, que se preocupe, que goste e que esteja disposta a estar, a partilhar. No fundo, a frase resume-se a "ninguém quer estar contigo, porque não vais dar nada de bom em troca". Isto foi dito por uma amiga minha, mulher, evidentemente.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

E(u)goísta!

Uma relação a dois só faz sentido se o saldo entre o que a relação traz de positivo à nossa vida versus o que temos que abdicar for positivo.
Sempre achei que gostar não basta. Podemos gostar muito de uma pessoa, mas se o que temos de abdicar por essa pessoa é mais importante do que o que a relação nos trará, é melhor seguirmos caminhos diferentes. Mais tarde ou mais cedo vai correr mal. Mais tarde ou mais cedo vamos perceber que não somos felizes nessa relação.
Temos ainda que perceber quão egoistas somos para perceber se vale a pena começar uma relação. Se não queremos abdicar, se queremos uma independência total, se queremos escolher a quem damos e o que damos, se queremos procurar em total liberdade, talvez seja melhor não nos envolvermos em relações de compromisso. Se somos egoístas e queremos ser independentes e totalmente livres, mais vale assumi-lo.
Não há relações perfeitas, sabemos disso. Estar sozinho e ser independente também vai ter sempre o seu lado negativo, porque nunca vamos poder ter o que queremos da forma que queremos.
O equilíbrio... o equilíbrio entre uma relação a dois e a liberdade talvez não exista. Por isso, o melhor é escolhermos o que nos trará mais felicidade. Nunca ninguém deixará de ser egoísta se já o for, nem nunca ninguém se tornará um egoista puro se nunca o tiver sido.
Todos temos as nossas próprias características. Assumir-se como egoísta não pode ser criticável. Dançar Tango não tem que ser para todos...

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Coisas sábias

- Desta vez é para ser diferente.
- Então porque é que ainda não é?
- Porque tenho que fechar algumas coisas que deixei em aberto e que não fazem sentido.
- Então é melhor tratares disso primeiro. Não deixes portas encostadas. Basta que duas se abram e tens uma corrente de ar enorme e constipas-te!
- Eu sei. Mas de cada vez que vou para fechar uma porta, em vez de a fechar ela abro-a toda! E pior, às vezes, para surpresa minha, abro algumas que nunca pensei que se abririam!
- Assim é complicado!
- Pois... Mas como te disse ando a fechá-las todas, só que isto demora!!!


quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Who put the weight on my shoulder

Quando atravessamos períodos mais negativos, devemos sempre procurar um caminho a seguir.
Saber encontrar aspectos positivos nas situações que nos acontecem ajuda a manter a cabeça erguida e o peito aberto.
Ir à luta é ir em busca do caminho a seguir. É preciso ser forte e saber dar a volta.
Para quase tudo existem várias opções a tomar. Às vezes é difícil escolher, no entanto, ficar parado não é solução.
Nunca é tudo mau e nem todas as soluções nos trazem resoluções positivas no imediato. Ter paciência é uma virtude - eu não sou suficientemente paciente - mas ser obstinado é uma boa alternativa - e isso eu sou. Aliás, ser obstinado pode ser uma boa característica dos impacientes (ou pouco pacientes).
Quando temos que carregar o piano sozinhos, poderemos, por vezes, fraquejar, mas não poderemos nunca cair, porque a orquestra depende de nós.
Por outro lado, quando queremos dançar tango, dependemos da companhia certa, ou da assertividade nos passos. Neste caso, a harmonia procura-se antes e não durante. Sermos capazes de fazer alguém acreditar que somos o par certo para o tango é um processo no qual nem sempre temos o controlo, no qual a paciência se torna mesmo necessária e a obstinação apenas um complemento.
Actualmente encontro-me na fase de carregar o piano e a busca pela solução positiva afigura-se mais difícil do que alguma vez imaginei. E tem sido duro.
Para já, sem solução à vista, recolho-me no meu casulo, guardando as minhas fragilidades apenas para mim.
E enquanto me sentir a fraquejar, vou procurando, com muita dificuldade, uma solução. Para já Valdispert é o primeiro passo... Mas o piano cá vai e a orquestra não pára.
Quanto ao tango... nunca fui muito bom na dança. Não me surpreende continuar a não ser.


segunda-feira, 10 de novembro de 2008

O melhor anúnico dos últimos tempos...

Ouvi primeiro a versão de rádio.
Vi agora a versão TV.
O texto é magnífico. Parabéns ao copy deste anúncio!

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Resistência à mudança

Estou a assistir a uma formação para alguns colaboradores da empresa e só tenho a dizer:

A resistência à mudança é brutal!
Tudo o que mexe com o conforto das pessoas e com os hábitos instalados é sempre visto como um problema.

Nem dá para acreditar!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Aquilo que (realmente) me toca o coração

Num destes dias fui, de passagem, a casa da minha irmã, para estar um bocadinho (pouco) com ela e com os meus sobrinhos, principalmente com o meu afilhado.
Como tinha várias coisas para fazer, brinquei um bocadinho com ele e em seguida fui falar, também um bocadinho, com a minha irmã.
Quando me preparava para ir embora, expliquei ao meu menino que tinha que ir embora, porque estava doente e cansado e ainda tinha coiosas para fazer. Ele pediu-me para ficar mais um bocadinho a brincar com ele. Eu insisti que tinha de ir. Ele voltou a pedir, com a cara mais triste do mundo e com a voz arrastada. Não resisti e fiquei.
Naquela cara, naquela voz arrastada aquele "brinca um bocadinho com os carrinhos comigo" foi tremendamente arrasador. Tocou-me muito, mas acima de tudo, sei que se não tivesse correspondido ao pedido, aquele menino iria ficar com o coração despedaçado. Iria ficar triste e a verdade é que não merecia. Nunca merecerá!
São estas coisas que me tocam mesmo mesmo a sério!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

MEC

Li a entrevista do Miguel esteves Cardoso (MEC) à Sábado. Li e gostei.
Sempre apreciei o MEC. Parece meio louco, mas sempre achei que diz coisas interessantes.
Nesta entrevista falou dele próprio, da vida de drogas e álcool, dos tempos do Independente, a par com o Paulo Portas.
Este meu lado voyeur faz-me apreciar estas coisas. Não há nada a fazer.
Mas o que me leva a escrever sobre a entrevista do MEC é esta nova tendência de todos dizerem abertamente em entrevistas que já se meteram na droga e no álcool. Parece que está na moda e que fica bem assumir. Hoje é fácil encontrar várias figuras públicas que, numa qualquer entrevista, o assumem. De tal forma que ninguém os vê como ex-agarrados, ex-toxicodependentes ou ex-alcoólicos, diria mesmo, ex-bebados. Porque são figuras públicas, ameniza-se a coisa, qualquer eufemismo serve para "dourar a pílula".
Apesar desta minha opinião, reconheço que, no caso do MEC, não vejo assim as coisas. Não o vejo como alguém que diz as coisas só porque hoje tudo se aceita ou está na moda. Até porque a forma como as suas respostas aparecem na entrevista, deixam a entender que o que ele disse foi mais desprendido, mais seco, mais frio e com uma abordagem ao pormenor. Ele não diz apenas que já consumiu drogas, mas quais foram essas drogas e os efeitos que faziam. Diz que na redacção do jornal bebiam muito álcool, e diz o que bebiam e quanto bebiam.
Gostei mesmo do que li e decidi partilhar... pronto. Já está!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Saudades

Saudades é sentir falta. Da família, dos amigos, do nosso espaço, da nossa liberdade.

A distância faz-nos perceber do que é que realmente gostamos.

Eu gosto da minha família, gosto dos meus amigos, gosto do meu sofá e da preguiça que mora por lá. Gosto da minha liberdade. De optar por ficar em casa ou ir à Fnac, de jantar em casa ou de ir fora, de sair com esta pessoa em vez daquela.

Quando queremos perceber o quanto gostamos de alguém, nada melhor do que ir para longe. A saudade é um bom instrumento de medida. E se pensam que a ausência ou a distância nos permitem chegar à mesma conclusão, digo-vos que, na minha opinião, não tem mesmo nada a ver.

É muito mais confortável estar ausente, mas saber que se está perto, do que estar ausente porque se está distante.

Digo-vos eu, que agora estou aqui...


domingo, 26 de outubro de 2008

A hora mudou


Mudei de ritmo. Acelerei mais.

Uma semana em Lisboa, por si só, já não seria a mesma coisa que uma semana de trabalho normal, no Porto. Penso que todos concordam. Estar em casa ou num Hotel não é a mesma coisa, não nos dá o mesmo conforto, até o poderia fazer, mas é muito muito impessoal. Não é o nosso espaço, não é só nosso. Nada é nosso.

Uma semana em Lisboa é ainda mais diferente quando se quer levar a cabo muitas ideias que se trazem, como ir jantar aqui, ir conhecer aquele espaço ali, estar com amigos ou, até, sair com colegas.

Na segunda, jantar no japonês das Twin Towers, ir ao hotel, enviar e-mails, sair com amigos para o bairro alto.

Na terça, ir para o hotel, enviar e-mails, ir jantar com amigos ao Luca, ir para o hotel ver e enviar e-mails.

Na quarta, reunião com um produtor no hotel, ir jantar ao Spazio Buondi, comer os maravilhosos pratos da D. Justa, ir ao Silk (mais uma vez em trabalho), ir para o hotel, enviar e-mails.

Na quinta, ir para o escritório, resolver vários assuntos, já atrasado, ir a Peniche, almoçar, reunir com cliente, regressar a Lisboa, ir ao hotel enviar e-mails, ir jantar à Trindade, ir ao bairro alto, ser abordado duas vezes para comprar coca (!), ir dormir.

Na sexta, almoço com um amigo para provar os vinhos dele, partida para Beja, jantar em Beja.

Hoje, regresso ao Porto, mas ainda com escala em Lisboa.

E o cansaço é mais do que muito, e o trabalho acumulado é mais do que muito, e os 180 e-mails por ver são mais do que muitos.

Amanhã, provavelmente não vou trabalhar de manhã. Pelo menos não vou cedo.

Não me queixo, não reclamo. É a vida que escolhi e que gosto de ter. Porque sou bom nisto o que faço, porque quero ser o melhor (e sou), e tenho, por vezes, opiniões contrárias às da administração, que levo para a frente, que discuto e que consigo fazer valer, porque estou cá, porque estou sempre disponível e porque não costumo falhar.

A família, os amigos, as amigas, os meus passatempos, tudo fica para trás, tudo fica em stand by... a menos que precisem mesmo de mim, vão ter que aguardar.

Ah! Com tudo isto já me esquecia!
Então a hora mudou? Mas alguém é a favor da hora de inverno? E se em vez de discutirem o casamento entre homossexuais, discutissem se vale a pena mudar a hora? Não seria mais importante para o bem estar de todos? Não seria mais profícuo para a economia do país? Acima de tudo, não seria também importante para os homossexuais que, assim, poderiam casar ao final da tarde, num qualquer Cartório, mas ainda à luz do dia? É que para os smokings pretos e para os vestidos brancos, a luz do dia é melhor que a sombra da noite. As fotos ficam melhores, com mais vida!!!
Pensem nisso e depois digam qualquer coisa. Telefonem, que eu atendo sempre toda a gente!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Nem sei o que diga

Lisboa é uma cidade que tem ainda mais valor quando se vem apenas de passagem, mas com dias suficientes.
Não gostaria de viver aqui. por vários motivos, os quais resumo a: trânsito, falta de estacionamento, muito chico-espertismo e muito (demasiado) consumismo.
Prefiro morar no Porto e vir cá de vez em quando.
Uma coisa é certa, há muitas mulheres bonitas. Naturalmente bonitas, à luz do dia.
Vou aumentar a minha regularidade de visitas.

sábado, 18 de outubro de 2008

Such great heights

Não tenho muito a dizer.
Fui a Lisboa duas vezes esta semana e, pelo meio passei por aqui.
Simplesmente adorei. É a melhor vista sobre Lisboa, é o melhor bar de Lisboa. É absolutamente fantástico. Dizem que não está aberto ao público...
Na próxima semana estarei a semana toda em Lisboa, coisa que já não acontecia há uns anitos. No fim-de-semana seguinte vou para o Alentejo e na semana seguinte para o Algarve, sempre em trabalho. Pelo meio, devo vir a casa um dia.

Hoje acordei com esta música:



The Postal Service - Such great heights lyrics

I am thinking it's a sign
That the freckles in our eyes
Are mirror images and when we kiss
They're perfectly aligned
And I have to speculate
That God himself did make us
Into corresponding shapes
Like puzzle pieces from the clay
And true, it may seem like a stretch
But it's thoughts like this that catch
My troubled head when you're away
When I am missing you to death
When you are out there on the road
For several weeks of shows
And when you scan the radio
I hope this song will guide you home

They will see us waving from such great heights
"Come down now," they'll say
But everything looks perfect from far away
"Come down now," but we'll stay . . .

I tried my best to leave
This all on your machine
But the persistent beat
It sounded thin upon listening
And that frankly will not fly
You will hear the shrillest highs
And lowest lows with the windows down
When this is guiding you home

They will see us waving from such great heights
"Come down now," they'll say
But everything looks perfect from far away
"Come down now," but we'll stay . . .


Agora, fiquem bem e não se estraguem. Cumprimentos lá em casa!

(estou cá c'um mau feitio...)

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Hoje

Quando se dedica muito tempo a uma única coisa, começamos a esquecer que existe mundo lá fora. Um mundo onde há pessoas, onde há actividades, onde há coisas para descobrir.
Passamos a vida a fazer opções. Optamos em detrimento de. Para fazermos isto não fazemos aquilo, para estarmos com este, não estamos com aquele.
Quando dedicamos muito tempo a uma única coisa e ainda assim nos esforçamos por fazer muitas outras, passamos a vida a furar barreiras, as do tempo, as da distância, as da saudade, as da amizade, as de gostar de estar e querer estar, ou as de juntar peças de puzzles diferentes.
Muitas vezes, deixamos para trás quem mais gosta de nós, que muitas vezes coincidem com quem menos precisa de nós. Ironicamente, são essas as pessoas de quem mais precisamos, mas são as que sabemos que amanhã ainda vão lá estar, embora, por vezes, amanhã já lá não estejam. E é nessa altura que tomamos consciência que optamos mal...
Eu tento sempre estar com quem mais precisa de mim, com quem, nesse momento, mais valoriza a minha presença. Estas são as minhas prioridades.
Depois, escolho estar com quem chega de novo, com quem é mais recente, com quem, no momento, optotomou uma opção igual à minha.
Por fim, vem quem mais gosta de mim, quem mais falta me faz. Os que estão sempre lá, quando é preciso.
Tenho noção que estas minhas opções poderão não ser as melhores, mas só desta forma o meu mundo cresce. Só assim sou mais feliz. Mesmo que muitas vezes não pareça. Mesmo que falhar seja mais fácil...

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Aquilo que um homem gosta...

... e que nenhuma mulher percebe...
Aos 31 anos este meu prazer em jogar futebol ao nível mais amador, com "miúdos" de vinte e poucos anos que ainda sonham em ser o Cristiano Ronaldo ou o Quaresma, numa colectividade onde tudo se faz por pura carolice, mas em que todos dão o seu melhor, mesmo que o melhor de cada um de nós seja apenas isso e sem grande significado para quem observa. É certo que nunca pensei que isto viesse a acontecer, é certo que a minha disponibilidade não me vai deixar levar isto tão longe quanto gostaria, mas o prazer de fazer hoje, como há vinte anos atrás, aquilo que me dá um gozo enorme, é indescritível.
Daí que eu aceite sempre que me digam que, como todos os homens, tenho o meu lado mais infantil. Tenho sim e é este que me faz ir de sorriso na cara, quer chova ou faça frio, treinar num campo de terra durante mais de uma hora e meia, aceitando a disciplina imposta pelo método de treino do "mister", um homem que leva este seu hobbie tão a sério como se de um qualquer "Mourinho" se tratásse.
Mesmo que ninguem perceba, isto faz-me um bocadinho mais feliz...

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Agradecer

Porque me tenho como uma pessoa com educação, não poderia deixar de agradecer a quem me tem visitado recentemente e tem deixado comentários.
Agradeço a visita e os comentários e espero vê-los por cá mais vezes.
Aos outros, que me continuam a visitar mas não deixam a sua marca, o meu contínuo obrigado e, porque não, de vez em quando, deixem um comentariozinho, só para eu saber que por cá passaram.
Obrigado a todos!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Calma

Por vezes tenho vontade de ir mais além, de conhecer o limite.
Outras vezes, como esta, tenho a noção que o melhor é parar e ficar onde estou.
Nem sempre aprendemos com os erros, ou porque não queremos, ou porque não podemos, ou ainda porque não sabemos. No entanto, há coisas em que acredito mesmo e afastar-me do que me faz mal, ou afastar-me do que pode ser um problema é seguir o caminho da racionalidade.
Sempre o disse e acredito que não podemos gostar do que nos faz mal. Quanto pior fizer, mais o devemos evitar. Quando não o evitamos é porque queremos que nos faça mal e temos que estar preparados para as consequências.
Entendo, apesar de tudo, que há coisas que não nos custa deixar de lado, que não nos custa não pensar nelas.
Por exemplo, gosto de francesinhas mas não o suficiente para não as evitar, mas gosto de troxas de ovos e, de vez em quando, como, mesmo sabendo que vou pela certa sofrer as consequências.
Sim, porque este texto era sobre comida, como deverão ter reparado.
Ou então, não... Ou então, não...

sábado, 4 de outubro de 2008

Voltei, voltei...

Voltei de lá
Ainda agora estava em França
E agora já estou cá!


Depois de recordar este grande êxito do Dino Meira, aqui fica então um micro-resumo do que foi esta semana.


Após mais de 1.000 kms apenas com duas paragens, chegamos a Bordéus, uma cidade muito gira onde o tema "Vinho" está sempre presente nas ruas e ruelas. Curiosamente, não vi praticamente nenhuns vinhedos e não vi nenhum Château, mas provei alguns belos vinhos.
Seguimos para Lyon, bem no interior de França. Cidade suburbana, feia, escura e suja, foi talvez a pior cidade onde alguma vez estive. Espero nunca mais ter que lá voltar.
Cerca de 150 kms para Sudeste, fomos ter a Tornon e Cloze d'Hermitage (o rio divide as duas vilas), na Côte du Rhone, e onde fiz a minha primeira grande incursão pelos vinhedos franceses, pisando os "terroirs" dos mais famosos produtores desta região.
Ainda mais a sudeste, fomos encontrar Chateauneuf-du-pape, mais uma sub-região da Côte du Rhone, onde, apenas de passagem, vimos mais algumas vinhas e onde, curiosamente, apenas bebemos cerveja!
Já em Espanha, passamos ao largo de Barcelona - e com vontade de entrar mesmo na cidade!!! - seguimos em direcção a Tarragona e, lá perto, descobri, finalmente, onde é o fim do mundo. è no Priorat. No meio do nada, o Priorat é uma zona vinícola de Espanha, onde há 10 anos existiam 3 produtores e hoje existem mais de 30. Visitamos 2 dos mais famosos. Foi a melhor experiência vinícola que já vivi.
Terminada a tour vinícola, lá fomos até Madrid e, para finalizar, já no regresso, uma incursão por Salamanca, para um momento gastronómico.
Pelo meio, ficam algumas peripécias, como o rato que passou aos meus pés no final de um jantar miserável ou o hotel onde faltou a água quente para o banho matinal ou ainda as 3h que demoramos a chegar áquela reunião, só porque existiam 3 ruas com o mesmo nome.
Com quase 4.000 kms, dos quais apenas não conduzi 150 km, regresso com a certeza de que se há profissões que nos podem proporcionar momentos únicos nas nossas vidas, a minha é, com certeza, uma dessas profissões.
Deixarei as fotos no flickr assim que descobrir o cabo USB da máquina! Depois informo.

sábado, 27 de setembro de 2008

Trabalho

E agora, se me dão licença, vou até Bordéus... de carro.
Ouvi dizer que há lá castelos, vinhas e vinhos.
E depois vou a Lyon...
E á Côte du Rhône...
E ao Priorato...
E a Madrid.
Volto na 6ª para contar como foi...

Geração quase perfeita (3ª parte)

Seguir o caminho mais fácil é, no caso das mulheres, reencontrar-se com o passado e, no caso dos homens, aceitar tudo o que aparece. Custa menos. Raramente resulta.
O futuro é um cenário difícil. Não construimos o futuro, não acreditamos no futuro. Somos a geração do presente. Gostamos de navegar á vista, mas à vista curta.
Já ninguém acredita numa relação eterna, na partilha e na construção.
Os homens escolhem ser independentes ou viver com os pais e as mulheres escolhem ser independentes. Confunde-se o egoísmo ou individualismo com a independência. Não sabendo partilhar o espaço ou os momentos, opta-se por vivê-los sozinhos. Achamos que devemos ser como somos, sem nos esforçarmos por nos adaptarmos aos outros, á sociedade. Entendemos que já fazemos esse esforço no plano sócio-profissional e que não o devemos fazer no plano pessoal. E, a não ser que sejamos seres perfeitos, estamos errados. Muitas vezes sabemos que estamos, mas é mais fácil, é mais confortável dizer «têm que me aceitar como sou». Esquecemo-nos, ou talvez não, que a vida é vivida em sociedade e que nunca poderemos ser exactamente como somos para os que nos são mais distantes ou estranhos, e que quem está próximo merece ainda mais que nos adaptemos. Achamos que adaptar é mudar e que mudar nos faz perder a identidade. Não faz.
Não raras vezes, optamos por relações superficiais, passageiras e cheias de nada. É o sexo que nos move e que serve de alavanca para o ego. Descartamos e somos descartados, muitas vezes colocando o respeito de lado.
Somos a geração do design, da embalagem, dos icons da moda e das marcas. Já não se compra um computador, mas um Vaio ou um Mac. Não compramos um leitor de mp3, mas sim um Ipod. Os ginásios transformaram-se em healthclubs e as termas (coisa de velhos) em spas. Os bares são agora lounge clubs.
Somos também assim nas relações humanas. Damos cada vez mais valor á embalagem. O culto do corpo não é o culto da saúde. Todos usamos cremes e as mulheres exigem homens depilados. É tudo o que importa ou, pelo menos, o que mais importa.
Somos mais miseráveis que as gerações anteriores? Mais pobres de espírito? Não sei. Penso que não. Somos apenas menos humanos, mais limitados do ponto de vista relacional. Na procura de, do nosso próprio ponto de vista, sermos mais perfeitos, complicamos tudo e esvaziamos tudo. Queremos quase tudo e temos quase nada. «Somos mais felizes» dizemos.
Podiamos ser, mas não somos...

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Só pra dizer que

a terceira parte do texto "geração quase perfeita" não está esquecida...

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

77 was the year where everything starts...

Só pra dizer que hoje é o meu dia!

Parabéns para mim!!!!

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Geração Quase Perfeita (2ª parte)

Fazemos parte da geração do quase.
Acercados por grandes facilitismos, aceitamos, sem nunca o assumirmos, que quase tudo é descartável.
Os electrodomésticos duram menos de metade do tempo de antigamente. As novas tecnologias superam-se a cada dia e tudo o que temos rapidamente fica obsoleto.
Somos vítimas do nosso querer, do querer tudo, deste consumismo que ajudamos a criar e do qual fizemos moda e modo de vida.
As relações são espelho desse consumismo. Tornámo-nos individualistas e egoistas. O nosso espaço é a nossa maior riqueza e recusámo-nos a partilhá-lo, recusando, com isso, partilhar o que somos.
Damos pouco de nós, recebemos pouco dos outros. Não fazemos o mínimo esforço por dar mais e, como não recebemos mais, decidimos parar. Ficar por ali. Seguir em frente é seguir outro caminho. Não pensamos na segunda oportunidade, antes preferimos uma nova oportunidade, que, esperamos, traga com ela uma nova descoberta.
Perante as adversidades da relação optamos por desistir. «Queremos ser felizes», dizemos, sem nunca tentarmos perceber como, ou o que isso significa.
Assumimos à partida que nada é eterno e que a nossa independência nos permite tudo, absolutamente. Somos mais vazios que alguma vez sonhamos ser, mas acreditamos que somos mais felizes assim.
Tomámos sempre o caminho mais fácil... (ainda continua)

Geração quase perfeita

O título do post poderá parecer envolto em algum cinismo. Aviso, desde já que não o é. Pelo menos, não tem a intenção de o ser. O segredo está no valor nuclear da palavra "quase".


Esta nossa geração, a dos trintas, é a geração do quase.


Uns têm um quase emprego, outros um quase ordenado, outros (muitos) habitação quase própria. Há aqueles que têm um carro quase próprio, que têm uns quase amigos que surgiram assim de repente, do mundo do trabalho. Depois, uma grande maioria teve uma relação que quase deu certo, alguns estiveram quase para casar, outros juntaram-se e quase foram felizes.


Eu tenho uma vida quase perfeita. Ainda vou tendo emprego com salário que quase me satisfaz. Tenho um carro quase meu (que afinal é da empresa), tenho uma casa quase minha, mas que afinal é do banco... (continua)

sábado, 20 de setembro de 2008

Por este andar

Pela primeira vez, desde que comecei nestas lides blogosféricas, penso em ficar por aqui. Parar.
Desde o primeiro texto, ainda no outro blog, sempre senti o prazer de construir este meu espaço. Fi-lo por mim, mas não para mim. Sempre que editava um texto, uma música, ou uma imagem, era na intenção de partilhar. E parece que foi resultando. E ainda resulta.
Ao contrário do que achei ser capaz, penso agora que não tenho conseguido melhorar os conteúdos. As ideias que me surgem, as músicas que ouço, ou os filmes que vejo, continuam a existir e a serem passiveis de ser partilhadas, no entanto, a falta de tempo, a falta de oportunidade para o fazer em tempo útil - o tempo que vai desde o momento em que surgem até ao momento em que são aqui partilhadas - tem sofrido uma décalage cada vez maior e assim perde a piada. Pelo menos a piada de chegar aqui e, de forma quase instantânea, partilhar. Sempre escrevi, com fluidez, o que me ocorria na mente. Era esta a minha genuinidade.
Numa semana muitas coisas acontecem e muitas outras me passam pela cabeça, mas demorar uma semana a passá-las para aqui faz-me perder a vontade de partilhar...
Talvez sejam outros factores que me façam hoje, Sábado, pensar assim. Espero amanhã ou depois voltar a pensar de forma diferente.
Nada se perde...

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Foi assim...

A tarde de Sábado trouxe momentos quase perfeitos, entre eles, um almoço em boa companhia à beira-mar e algumas horas bem passadas ao Sol.
Depois, um regresso à infância. Recomeçar a treinar futebol numa equipa amadora trouxe-me memórias de infância e os mesmos sentimentos de quando há vinte anos atrás tudo acontecia da mesma forma. Parece que sim. Que continuo a trazer dentro de mim uma parte da criança que fui. Talvez por isso eu tenha que concordar que um homem tem sempre um lado mais infantil. O meu é este, o de gostar de jogar futebol, independentemente da minha idade.
A noite de Sábado trouxe ainda mais momentos quase perfeitos, mas desta feita, talvez, na companhia perfeita.
O Domingo trouxe dúvidas e pensamentos, mas terminou de uma forma pouco habitual, primeiro com o auxílio de quem mais precisava de mim naquele momento e por fim com a partilha do meu espaço com o meu amigo de infância.
Tinha pensado escrever aqui outras coisas, mas por agora fica assim...

sábado, 13 de setembro de 2008

O tempo que não chega

Este blog é o reflexo da minha falta de tempo.
Passo por cá para dar uma vista de olhos a ver se alguém comentou os últimos textos. Apenas um comentário. Passo por outros blogs para ir vendo as actualizações. Apenas os imprescindíveis. Vou acompanhando o que se passa e, até, percebendo que o novo programa da Teresa Guilherme é uma coisa nunca vista. Ouço alguém comentar, mas já tinha lido aqui nos blogs.
Vou aproveitando para dividir o meu tempo entre o costume. Trabalhar, trabalhar, trabalhar, jantar com as pessoas do costume em dias diferentes. Ir ás habituais futeboladas. Desmarcar com quem apetece estar menos para estar com quem apetece mais. Combinar programas que depois não se cumprem - nunca se cumprem - e, depois, com muita tristeza e sentimento de que estou a falhar, perceber que não estou com a minha irmã e os meus sobrinhos há mais de duas semanas. Sempre a adiar o que mais que uma obrigação, é um grande prazer. «Talvez passe hoje. afinal não, prometo passar amanhã... Não consegui sair mais cedo. Fica prometido para amanhã. Amanhã não estão cá? Fica para... para... para Domingo à tarde, pode ser?»
E assim se vai levando tudo ao limite. O deitar tarde e dormir mal. O trabalho que acumula porque as solicitações são mais que muitas. «Tudo bem. Combinamos para Sábado. Fazemos isso no Sábado. Eu levo o computador. E a reunião? A reunião fica para terça, porque segunda já tenho uma marcada. Mas afinal que convocatória é aquela para reunião na quarta? Com quem? Mas sobre o quê? Tenho mesmo que estar presente?» Quase tudo se torna adiável.
Sair do trabalho depois das nove, ir jantar, aproveitar para estar com aquela pessoa e acreditar que apesar do cansaço e da falta de paciência, nos vai fazer bem. Não tenho fome. A conversa não flui. «Não puxes por mim, por favor. Estou cansado. Só quero estar, mais nada.»
Voltar a avançar. Ficar na dúvida. Estar bem. Sentir orgulho por estar bem. Fazer tudo bem. Ter vontade de continuar a fazer bem.
Fim-de-semana. Final de dia de trabalho. Um momento especial. Um jantar desmarcado e outro que aparece no momento certo. A companhia que apetece, mais aquela que não apetece mas que é bem vinda. Um serão calminho, mas divertido.
A certeza de que amanhã, mesmo que conseguisse planear de forma científica, seria difícil encaixar tudo de forma a não me atrasar para o jantar. A correr bem, chegarei com uma hora de atraso. Não digam a ninguém...


terça-feira, 9 de setembro de 2008

Espaço para dois... outra vez

As ironias da vida fazem com que nem todos tenham as mesmas oportunidades.
O meu amigo V. não tem sido bafejado pela sorte, mas agora, finalmente, conseguiu um emprego decente. Há algum tempo voltou para casa dos pais, mas agora, por causa do novo emprego, tem necessidade de se mudar. Enquanto não encontra onde ficar, pediu-me para ficar em minha casa. Eu acedi desde logo.
Por isso, até ao final do mês, a minha casa voltará a ser um espaço partilhado.
Confesso que me custa, confesso que o meu egoísmo me faz sentir um bocadinho incomodado com isso e sinto, até, o estômago embrulhado por ter que partilhar o meu espaço.
Mas nestas coisas, tudo o que eu possa sentir é completamente secundário e facilmente ultrapassável. Para mim, este é o significado de amizade.
E se o meu amigo precisa de empurrar o mundo, então eu dou uma mãozinha. Afinal, sempre se torna mais fácil se forem dois a empurrar.

sábado, 6 de setembro de 2008

Parece que sim

Parece que acordei recuperado... pelo menos, mais bem disposto.
Sei que ainda tenho que me cuidar bem nestes próximos dias, mas para já, posso socializar, pois já não me sinto irritado e com mau feitio (embora eu e o mau feitio andemos sempre de mãos dadas, só que por vezes deixo-o um bocadinho para trás).
O tempo parece que também já está mais a meu favor.
Continuo cheio de dúvidas sobre montes de coisas. É normal termos dúvidas (engraçado... se substituirmos o "ú" por "i" também faria sentido). O que não é normal é eu ter tantas dúvidas sobre tão poucas coisas.
Lembro-me do meu pé direito. Tenho dúvidas de se estou a deixá-lo recuperar, ou se estou a adiar uma inveitável ida ao médico, ou ao "endireita", ou a um fisiatra.
Uma coisa garanto, esta não é a pior das minhas dúvidas.
As outras também são mais ou menos como o meu pé direito. Não sei se hei-de fazer alguma coisa ou deixar andar, adiando, adiando, adiando.
Tenho percebido - a experiência e o crescimento fazem estas coisas - que vou deixando de ter certezas absolutas, mas ainda vou tendo certezas relativas, relativas á minha pessoa, claro está.
A experiência e o crescimento (não físico, mas moral e mental) trazem coisas boas, mas levam também outras que eram ainda melhores. A imortalidade vai passando com os anos. A imortalidade trazia confiança, talvez exagerada, mas a mortalidade traz pressa. A pressa faz-me fazer muitas coisas ao mesmo tempo.
Fazer muitas coisas ao mesmo tempo, não raras vezes, fazem-me aproveitar mal os momentos e, ainda assim ou talvez por sorte, tenho tido momentos daqueles que vão comigo para sempre. Coisas que nunca pensei fazer, ou viver, ou querer fazer ou querer querer.
Enquanto o tempo vai passando e essas coisas da experiência e do crescimento vão-nos fazendo mudar, a mim e a quem me rodeia, noto que me torno menos capaz de decidir o que quero, apesar de ter mais certezas sobre o que quero.
É o medo. Porque quando sabemos o que queremos e percebemos que o tempo avança, apetece não falhar. Ora se não decidirmos e deixarmos rolar, parece que nunca falhamos. Ou então falhamos sempre, não sei.
Aquilo que sei é que, para já, tudo corre bem. Todos me dizem isso. Todos acham que a minha vida é melhor que a deles. Na maior parte dos casos concordo. É-o de facto. O que não quer dizer que me deva acomodar. Até porque nas minhas certezas, sei que a este nível, a queda é o mais provável dos cenários.
Só quero aguentar-me mais uns tempos. Depois... bem... depois poder começar de novo nem me parece um mau cenário.

E é por tudo isso que esta fica bem aqui...

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

A palavra do dia: Cholagutt

Com tantos jantares e tantos vinhos que provei esta semana (mais de 40), o fim-de-semana chegou com uma crise de fígado.
Agora é hora de descansar.
Um filme, um sofá, uma garrafa 0,75l de àgua Pedras Salgadas, um copo com 15 gotas de cholagutt e a certeza que sempre tive de que dentro deste 1,81m com 84kg moram uns orgãos que facilmente sucumbem ao que cá entra.
E por aqui me fico.

Amanhã estarei novo outra vez.

Bom fim-de-semana

domingo, 31 de agosto de 2008

Momentos

Sentado ao balcão tinha uma panorâmica de todo o café.
Um café no estilo clássico, com bom gosto, com algumas mesas ocupadas por pessoas, aparentemente, também elas, de bom gosto.
A música de Caetano era o toque final naquele ambiente. Suave, de fundo, apenas perceptível a quem estava atento.
Uma mulher entra, dirige-se à mesa do canto e senta-se. O seu ar triste e cansado combina com a postura. Inclina a cabeça para trás enquanto espera.
Pouco tempo depois entra um homem, de ar confiante e sorridente, caminhando na direcção daquela mulher. Não se senta ao lado dela, preferindo ficar de pé. Diz-lhe algo que, do balcão não torna perceptível. Baixa-se, de cócoras, em frente a ela. Coloca-lhe uma mão na cara, num gesto de carinho. De seguida, conduz-lhe a cabeça na direcção da dele. Frente-a-frente, beija-a.
Do balcão, ele observa aquele casal. Avalia o momento, o gesto. Nota aí alguma insegurança de parte a parte. Acredita que aquele casal nunca antes o tinha feito. Pouco depois repetem, com um novo beijo, quase da mesma forma. Dali, do balcão, fica-lhe agora a certeza. Tinha sido a primeira vez...

Um dos grandes



Vou-me deitar com o maior de todos os sorrisos na cara...

(e é agora, porque a noite já acabou e alguém se esqueceu de me avisar que o dia já nasceu!!)

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Os trintões (e as trintonas...)

Um dia a S., que tinha acabado de comprar o livro "Os trintões", do publicitário Edson Athayde, emprestou-me o cd que acompanhava o livro.
O Cd é de um tal "Davi não vê as estrelas" e que interpreta grandes músicas que fazem parte do imaginário de quem tem mais de trinta anos.
E porque as conversas, ultimamente, são sobre as mulheres de 30, hoje lembrei-me deste cd.
Deixo aqui "In Between Days", um original dos The Cure e que até tem tudo a ver com o tema...


domingo, 24 de agosto de 2008

Estas coisas que não têm preço

A tarde e noite de ontem foram do melhor.
Com os amigos, os amigos dos amigos e os amigos dos amigos dos amigos. Sim, eramos muitos. Divertimo-nos muito. E bebemos, também, muito.
Hoje, uma conversa com a minha mãe fez toda a diferença. Fez-me feliz. Contar-lhe, ao pormenor, como vai a minha vida foi fantástico. Fez-me perceber que estou mais maduro. E ela, depois de me ouvir, disse-me coisas marcantes. Estou feliz. Cansado, mas feliz!
Boa semana!

sábado, 23 de agosto de 2008

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Está difícil

Cinco semanas depois, fiz nova entorse no tornozelo direito a jogar futebol.
Só não percebi ainda se desta vez o movimento contrário serviu para corrigir a entorse anterior ou se, pelo contrário, a agravou.
Resultado, mais uma noite a dormir com gelo no pé. Amanhã e nos dias seguintes irei ver a evolução.
Ainda se me pagassem um milhares de euros por mês, eu até que nem me importaria muito, mas assim está difícil.
Percorre-me a ideia de ir a um "endireita". Pelo menos já sei onde há um. Provavelmente sexta-feira irei lá.
Vamos ver...

sábado, 16 de agosto de 2008

E se...

E se me dissessem que chegaria e teria o mundo a girar ao contrário eu não acreditaria. Mas parece que está. Pelo menos o meu.
Parece que fui a outra dimensão e voltei. Ou então não voltei e ainda estou na outra dimensão!
Não estou a perceber. Definitivamente, não estou mesmo a perceber...

Se...

Se há três dias atrás me perguntassem o que eu iria fazer hoje à noite, nem por um segundo a minha resposta seria "vou ficar em casa".
Se amanhã me perguntarem o que fiz hoje à noite a minha resposta vai ser "fiquei em casa".
Jantei sozinho, e por aqui fiquei...

Foda-se...

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

So tell the girls that i'm back in town

De volta

Pois é! Já cá estou.
Foram 13 dias bem passados. Não poderei dizer que passaram depressa. Passaram no ritmo certo de quem quer ver tudo, de quem quer conhecer o máximo possível, mas também de quem quer curtir as cidades, vivê-las como um qualquer habitante local.
Ao contrário do ano anterior, em que no final o cansaço era mais que muito, este ano chego cheio de energia. Por vários motivos.
Em primeiro, porque estou em melhor forma física que no ano anterior (mas também com mais mazelas resultantes dos jogos de futebol á meia-noite(!) e que me trouxeram dores no pé direito que se fizeram notar durante as férias), depois, porque apesar de caminharmos mais, também descansamos mais, pois os dias disponíveis para visitar cada cidade permitiam não estarmos presos a horários rígidos e madrugadores. Por fim, porque este tipo de férias é, para mim, a melhor forma de recuperar o cansaço mental que um ano de trabalho nos traz e, assim, consigo exercitar o físico e distrair a mente, dando-lhe novos conhecimentos, novas informações e abstrair-me da loucura do dia-a-dia.

Para terminar, por agora, falta-me apenas falar um pouco sobre Berlim.

A ideia que eu levava de Berlim era a de uma cidade cinzenta com pessoas frias. Enganei-me redondamente.
Berlim é uma cidade que mistura a história e a modernidade. Que mistura os edifícios clássicos recuperados no pós-guerra com os edifícios ultra-modernos projectados por grandes e famosos arquitectos e devidamente enquadrados com o meio envolvente.
Encontrei ainda uma cidade enorme (pela informação que recolhi lá, tem cerca de 3,5 milhões de habitantes, que é mais de um terço de todo o nosso país), com qualidade de vida e com pessoas extraordinariamente simpáticas e atenciosas. Para além de que quase toda a gente fala inglês - até os motoristas dos autocarros!
Por fim, encontrei aquilo que já esperava - cultura e história.

E foi assim...

domingo, 10 de agosto de 2008

Ainda em Praga...

Ainda em Praga e mais cansado do que nunca, fui informado pelo meu pai da noticia de um comboio que descarrilou aqui na Rep. Checa.
A curiosidade fez-nos procurar aqui na net essa noticia.
Descobrimos, por isso, que o comboio que descarrilou era, nada mais nada menos, o comboio que partiu de Cracovia a seguir ao que apanhamos para Praga. Nos apanhamos o da noite e o que descarrilou foi o primeiro a partir na manha seguinte...


Amanha apanharemos o comboio rumo a Berlim para a etapa final das ferias.

sábado, 9 de agosto de 2008

Praga

Ja em Praga.

Viagem horrivel de Comboio de Cracovia ate ca.

A cidade e linda, mas as mulheres nem por isso.

Ate Domingo por ca ficarei e depois... Berlim.

Ate la...

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Polonia

Gostei de Varsovia.
Estou a gostar muito de Cracovia.
Ir a Auschwitz 'e uma experiencia unica e dificil de explicar.
As Polacas sao girissimas.
Os teclados nao tem acentos...

O meu pe direito tem-me deixado ficar mal (jogar futebol duas vezes por semana e curar mal as lesoes nos tendoes parece-me que tambem nao ajuda).

Ja disse que as Polacas sao giras???

Amanha a noite parto para Praga.

Boas ferias a todos

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Férias

Deixei tudo de pantanas...
O meu trabalho, a minha vida, a minha casa.
Vou de férias.
Quando voltar tenho a certeza que já nada estará igual.
O trabalho vai ser feito por alguém, a minha vida terá seguido em frente, como sempre, a minha casa terá sido arrumada pela empregada.
Ora, como não tenho controlo sobre nada, o melhor é deixar rolar.
Por isso, fui...
Se os hotéis tiverem net grátis, darei notícias. Senão, até ao dia 14.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Mais um grande momento

Insisto na ideia que já aqui deixei de viver a vida ao momento.
Assim foi ontem. Mais um, mais uma noite que ficará para sempre no cantinho das memórias.
Eu, o P., a S. e a P..
Há muito prometido, concretizou-se o tão aguardado jantar. Esforcei-me para que todos os pratos - foram cinco - ficassem quase perfeitos, que harmonizassem bem com os vinhos e, partindo desta base, se atingisse um nível de diversão e prazer digno de ser recordado.
Se eu era o anfitrião e o cozinheiro de serviço, como era esperado, o P. foi o animador de serviço, sempre igual a si próprio, capaz de transformar a mais simples das conversas na mais animada e divertida.
A S. e a P. já me tinham dito que o jantar seria apenas a forma encontrada para matarmos saudades, para estarmos juntos e para partilharmos as novidades e acontecimentos, no entanto eu queria e consegui que o jantar fosse especial. Foi a forma que encontrei de lhes demonstrar o meu carinho por elas.
Reunidos todos estes "ingredientes", resultou uma noite memorável, que para elas terminou ainda antes da uma da manhã e que para mim e para o P. se estendeu até às cinco.
Ficou a promessa de nos voltarmos a encontrar todos depois das férias.
Por mim tudo bem. Enquanto puder coleccionar momentos, fá-lo-ei...


quarta-feira, 30 de julho de 2008

Férias

Em contagem decrescente para as férias, começo a ter a noção de, por vários motivos, ter escolhido mal o período de férias.
Quer dizer, não é um mau período, mas a verdade é que há tantas coisas a começar que o melhor seria ter marcado as férias para a 2º quinzena.
Como se isso não fosse já suficiente, as previsões climatéricas para as datas em que vou estar nas diferentes cidades é de chuva...
Estou tão dividido em relação ao meu sentimento por ir de férias que pareço parvo.
Férias são férias. São para gozar, são para mudar de ares são para ser bem aproveitadas. É o que espero fazer.
Ah! Já agora, ando alegremente cansado... E é bom. Às vezes gosto muito desta vida de pêndulo... (um dia explico porque adjectivei assim a minha vida actual!)



domingo, 27 de julho de 2008

O que somos

Somos sempre o resultado do nosso passado, de onde estivemos, com quem estivemos e o que fizemos. Para os outros, os que estão à nossa volta, o nosso passado não interessa. Alguém gostar de mim ou eu gostar de alguém, é gostar da pessoa que somos no presente e assumir que o que somos é resultado do que fomos.
Todos os erros que cometi, todas as certezas que tive, todas as dúvidas que tive, todos os locais por onde passei, fazem de mim o que sou hoje.
O importante é gostarmos de nós próprios apesar de todo o nosso passado, e, se possível ter crescido e continuar a crescer no futuro. Ser melhor.
Sabemos que vamos mudar - faz parte da evolução - mas devemos sempre mantermo-nos fiéis àquilo em que acreditamos, indiferentes ao que passa à nossa volta, indiferentes às opiniões de quem é diferente de nós.
Devemos sempre assumir o que somos. Porque é mais importante acreditarmos em nós do que acreditar nos outros. E, por muito que tudo nos seja premitido, é sempre melhor seguirmos o nosso caminho.
Não somos todos iguais nem temos que ser. É nas diferenças que evoluimos.


sábado, 19 de julho de 2008

Deixar rolar

É sobre os aspectos da vida pessoal que escrevo hoje. Obviamente que as linhas que se seguem não se aplicariam em situações profissionais porque aí antecipo os problemas e condiciono os resultados pelo máximo controlo que puder ter sobre eles. Aí, nada acontece por acaso.
Dificilmente contrario o desenrolar dos acontecimentos - o destino, diriam outros. Eu não aplico o termo.
Nos últimos anos apenas por uma vez condicionei os acontecimentos a um único resultado possível e parece que fiz bem.
Tenho vindo a deixar as coisas rolarem ao ritmo que devem rolar. Sem condicionalismos. O que tiver que acontecer, acontecerá.
Os condicionalismos que impomos a nós próprios ou ás situações da nossa vida não são mais do que assumir que somos pequenos deuses capazes de fazer as coisas acontecerem ou não.
Aliás, mais depressa forço para que aconteçam do que para que se dissipem no tempo e morram. Não mato os momentos. Vivo-os. Por vezes os resultados são maus - é o preço a pagar pelos resultados bons. Mesmo nos maus, não me deixo ficar e tento ver apenas o que houve de bom.
Acredito nas coisas boas que nos acontecem como sendo o resultado da nossa capacidade de as construir. É evidente que é mais fácil destruir o que já foi construido, mas é bem melhor sentir e ter orgulho no que se constrói.
E por isso, não renego, nem condiciono. Deixo rolar. E se acreditar, não vale a pena dizerem que não vai ser assim. Porque eu não acredito em pequenos deuses.

Morena de olhos baços

Olho-te nos olhos, tentando saber como estás. Não consigo.
Os olhos estão baços. Os meus não te conseguem chegar à alma.
Lá em cima, no céu vemos a lua cheia, mas nem ela te faz brilhar o olhar.
Por mais quanto tempo estarás assim?
Uma vida sem brilho no olhar não é uma vida, é só uma coisa qualquer a que poderemos chamar de vida imperfeita.
Morena dos olhos baços
Velados de não sei quê,
No mundo há falta de braços
Para o que o teu olhar vê.
Fernando Pessoa

Swing from high to deep

Num mesmo dia podemos passar por vários estados de espírito.
Hoje, apesar do imenso cansaço acumulado ao longo de vários dias sempre a deitar tarde e a levantar cedo, que culminaram numa noite de ontem em grande e, por isso, numa curtíssima noite de sono, o dia começou bem.
Depois, bem, depois foi sempre a descer. Ao final da tarde o cansaço e a paciência já tinham voado para longe de mim. Dizem que foram de fim-de-semana.
Foi pena. a falta de boa disposição e o cansaço que não consegui contrariar contribuiram para que o jantar fosse uma seca. Foi pena, repito. Deixou-me ainda mais irritado.
Porque no meio de tanta falta de tempo, a última coisa que se espera é que no dia em que finalmente consegui combinar um jantar na companhia da pessoa mais fantástica e entusiasmante que conheço - a única capaz de me dar na cabeça a cada vez que digo as coisas com certezas absolutas - o estado de espírito não só não se alterou, como o cansaço deixou-me quase inerte. Dizem que é do calor.
Agora vou domir porque amanhã é Sábado e, sendo assim, vou aproveitar este Sol fantástico para ir... trabalhar. Dizem que o gajo é estúpido.



(há desconhecidos que nos conseguem surpreender bem mais do que muitos outros conhecidos. Apesar de quase ter partido um dedo nos correios...)

terça-feira, 15 de julho de 2008

Neste mar que navego

Nas suas já habituais caminhadas de final de tarde junto ao mar reparou naquele objecto que brilhava na praia.
De cada vez que a água beijava a areia, descobria-a mais um pouco.
Dirigiu-se ao objecto. Queria perceber o que era. A pouca distância já havia percebido o que era - uma garrafa de vidro transparente igual ás que se vêem nos filmes - e logo desejou que lá dentro estivesse uma mensagem.
Por momentos, deixou-se ficar a divagar no sonho. imaginou-se a tirar a rolha à garrafa para recolher o papel, já comido pelo sol, húmido e borratado.
Imaginou-se a retirar um papel. Era uma carta velha onde vinha escrito:
"Se no teu sorriso procuro o contágio da alegria sempre presente que me faz sentir melhor, no teu olhar encontro a certeza daquilo que me é importante - o gostar.
Como tenho referido, o gostar simples, aquele gostar das pequenas coisas, dos pequenos prazeres e dos curtos momentos.
Olhar-te nos olhos é, agora, para mim, tarefa difícil. Na verdade, não consigo deixar de olhar, mas rapidamente fujo daí, porque quanto mais dentro vou, mais vontade tenho. E sim, sei bem que a vontade e o desejo não superam o erro, muito menos o consertam.
Acredito que um dia vou poder voltar a olhar sem medo, acredito que tu vais querer que eu olhe para ti sem medo.
Talvez por teimosia, talvez por ter sido sempre assim, mantenho que o melhor das nossas vidas pode não se prolongar no tempo, mas não há medo de errar que me impeça de guardar o melhor que cada momento me dá. Se a duração for a mesma que dura um beijo, então que seja. Por vezes, arranca-se daí mais intensidade, mais vontade e mais prazer. Eu senti-o assim.
Volto ao porto. Iço as velas e parto. Parto, para já sem rumo, e sei que vou encontrar outras paragens. Parto na certeza de que voltarei. Essa certeza de que os ventos que nos levam serão os mesmos que nos fazem sempre voltar.
Nesta viagem solitária, encontro-te no Sol, no mar, na luz da Lua e no vento.
E é por isso que nunca me sinto só."
Pegou na garrafa. Era uma qualquer garrafa de vinho que ali tinha sido abandonada. Pegou nela e levou-a ao vidrão. Soltou-a e logo em seguida ouviu os estilhaços do vidro que cai no meio de tantos outros.
Nesse preciso momento, percebeu que a vida lhe dava bem mais do que uma simples garrafa velha e vazia. Bastava apenas acreditar.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

É sempre assim...

Já deveria estar a dormir, mas ainda estou aqui. Os sonos trocados nunca facilitam o Domingo...


sábado, 12 de julho de 2008

Continuação do post anterior

Já que ninguém tem tido a mínima pachorra para comentar os textos, não sei se valerá a pena este texto, mas cá vai.
Sim. Acredito que o que me foi dito é de facto a verdade. Um tipo simpático é isso mesmo... simpático (ponto).
E sim, as pessoas, por norma, têm-me nessa conta.
Felizmente, sou genuíno na minha simpatia, na minha atenção para com as pessoas, em geral, e para as mulheres em particular.
Para além disso, o que faço é "for free" e, assim sendo, o que recebo em troca é bónus.

Disse a alguém hoje que, para mim, o importante é que cada momento seja excepcionalmente bom. Um jantar de pizza al pommodoro pode ter, para mim, um valor inestimável e tornar-se num momento fantástico. Depois virão outros momentos, em que um gesto de carinho, o toque suave e um beijo bastam para tornar um momento fantástico.

Quero guardar todos os momentos fantásticos que a vida me vai trazendo e, momento a momento, serei mais feliz.
Se a vida é feita de lugares comuns, então que os momentos fantásticos, todos somados, a tornem numa vida quase perfeita.

Um dia vou saber se fui feliz. Acredito que sim. Acredito que todos os momentos fantásticos irão contribuir para que eu possa ser mesmo feliz.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Fim-de-semana

Agora que chegou o fim-de-semana, um fim-de-semana que o é realmente - o primeiro em que não trabalho desde que comecei neste novo desafio profissional - veio a chuva!
Ainda assim, espero que o que eu tinha programado e combinado não sofra alterações.

Hoje, alguém com mais uma década de vida que eu disse-me o seguinte:
«Nunca queiras que as mulheres te achem simpático. É preferível que te achem um sacana ou, melhor ainda, que achem que as tratas com indiferença, a tal ponto de acharem que és Gay. Quando te acham simpático, a única hipotese que terás é de tornares amigo delas, confidente.» O que vos parece? Fica para pensarem durante o fim-de-semana. Eu voltarei ao assunto e darei a minha opinião.

Até lá, desejo a todos um bom fim-de-semana.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Férias

Quando mudei de emprego negociei, desde logo, duas semanas de férias em Agosto. As duas primeiras, para ser mais preciso.
Hoje fechei o itinerário deste ano com o meu amigo e companheiro das férias de há um ano.
Se para uma boa parte das pessoas, férias em Agosto são férias de praia, para mim férias dificilmente coincidem com a praia.
Para este ano escolhemos viver mais uma experiência na senda da de há um ano. Europa Central.
Percurso (a ordem ainda não está fechada): Berlim, Cracóvia, Auschwitz e Varsóvia.
Serão onze dias a percorrer a história. Estou em crer que será, muito provavelmente, uma experiência inesquecível e será daqui a precisamente um mês.

Marketing de serviços

Acredito, desde sempre, que o marketing de serviços não é tarefa fácil. Primeiro, porque um serviço vende um bem intangível, logo um bem que não é palpável, além de que nunca se chega a ter posse. Depois, porque como não se consome e não é perecível - podendo mesmo não ter um ciclo de vida definido - não se recompra num curto espaço de tempo.
Dou-vos, como exemplo, a banca. Todos os bancos vendem o mesmo serviço. A grande diferença está na notoriedade que cada um adquire ao longo do tempo.
Pois eu tenho o meu banco em boa conta, o que me mantém fidelizado ao mesmo.

Hoje recebi uma carta do meu banco. Uma campanha de marketing muito bem pensada. Sinto-me feliz pelo prestígio que o meu banco me atribui.
Senão, vejamos. O meu banco, enviou-me uma carta (será, talvez, melhor aplicar a palavra missiva?), missiva essa assinada pela (reparem na designação da função) Directora Coordenadora Marketing de Comunicação e Estudo do Consumidor.
Nessa carta informaram-me que tenho neste momento um crédito pré-aprovado de um determinado valor.

Estou contente com o meu banco por me ter concedido um crédito para eu gastar no que eu quiser. É uma atitude bonita, a do meu banco. É ainda mais bonita porque o meu banco me concede um crédito de um valor praticamente igual ao valor que eu tenho aplicado no mesmo. É um bocadinho acima, para não dar muito nas vistas.

Então, portanto, deixa cá resumir isto.
O meu banco, por me ter como cliente, por me ter em boa conta, oferece-me a possibilidade de eu ter um crédito pré-aprovado para eu investir em "projectos que são importantes" (é o que vem escrito!) para mim. Assim, se eu quiser invertir em projectos que sejam importantes para mim, o meu banco empresta-me o meu próprio dinheiro. Ah! E ainda pago uma pequena taxa de 11%. Coisa pouca!

É simpático, o meu banco!

O Banco Verde?! Verde fico eu com estes marketeers!

segunda-feira, 30 de junho de 2008

O velho e a laranja

As rugas que tem por toda a cara, a pele queimada e o ar rude mas ao mesmo tempo cheio de afecto, as mãos já secas, de dedos grossos, testemunhas de uma vida de histórias que sempre conta quando conhece alguém, fazem ficar ali, imóvel a olhar para ele, a ouvi-lo. Faz acreditar no que diz porque o diz com convicção, porque conta histórias onde apetece entrar. Fala sobre coisas simples, tão simples que esquecemos que a vida antes era assim e que, agora, não o é porque perdemos mais tempo à procura do que nunca vem, do que a viver o que já cá está.
No meio de uma qualquer história, de repente, diz:
- Imagina uma laranja.
- Uma laranja? - responde, algo perplexo, sem perceber que raio tem uma laranja a ver com o que ele conta? - Está bem. Uma laranja... já está.
- O aspecto não é o melhor, não tem aquela cor brilhante das laranjas dos supermercados, mas sabes, é daquelas doces que encontras nos pomares das aldeias. Olha para ela, é uma laranja comum, como tantas outras, com uma cor baça, mas muito redondinha e mais pequena que as que habitualmente compras. Corta a laranja. É das de casca fina, como as mais saborosas sempre são.
- Sim, dizem que sim.
- Espreme-la directamente para a boca. Sabe bem, é doce, muito doce. Já não te recordavas de um sabor assim. As do supermercado não sabem assim. Vais espremendo lentamente. Tens que sentir cada gota que te cai na boca, saboreando cada momento. Sabes que tens que ser paciente, que ser delicado, para que não percas nenhuma gota.
- Nunca espremi nenhuma laranja directamente para a boca. Parece estranho.
- Pois, mas não é. Além disso, é um momento só teu. Em que longe de tudo, longe de todos, aproveitas todo o tempo que tens para saboreá-la. Há, no entanto, uma coisa que deves saber fazer.
- O que é?
- Deves saber quando parar.
- Quando parar? Paro quando não cairem mais gotas de sumo!
- Errado. Uma laranja vai sempre ter mais uma gota. É essa que tens que evitar. A partir de certo momento, a laranja vai largar o sumo da casca. De tanto a apertares ela vai ceder, como cedeu no início, quando te deu o seu sumo doce. Nessa altura ela vai-te dar um sumo amargo, o da casca. E aí, quando parares o sabor que te vai ficar na boca é o amargo da casca. O pior é que é também esse o sabor que irás recordar mais tarde. Por muito doce que tenha sido o sumo da laranja, só ficarás na boca com o amargo. Se não parares a tempo, terás que saber apreciar o sabor amargo.
- Refere-se à vida?
- Não. Ainda não comecei a viver o sabor amargo da casca, para mim ainda só existe o sabor doce. Mas poderia ser sobre a vida.
- Pode também ser sobre um relacionamento.
- Sim. mas também não é sobre isso. É sobre uma laranja.
- Oh! Não me contou esta história só por causa de uma laranja.
- E porque não? As coisas simples também fazem parte. Mas tens razão. Chamemos-lhe momento. Na nossa vida devemos saber aproveitar o momento como aproveitamos o sabor da laranja. Podemos mesmo arriscar. Podemos conseguir viver com o sabor amargo e, até, aprender a gostar do amargo, só que nós fomos feitos para apreciar melhor o doce do que o amargo. Por isso, na maioria das vezes, procuramos o que é doce e evitamos o que é amargo.
- E se, sem depender de nós, acabarmos por provar o sabor amargo?
- Depende sempre de nós. Ou porque escolhemos mal a laranja, ou porque a esprememos mal.
- Não concordo. E, pensando bem, não sei se esta história pode ser comparável a um momento. Não podemos beber duas vezes o sumo da mesma laranja...
- Nenhum momento se repete. Não te convenças do contrário. Só saboreias uma vez o sumo de uma laranja, mas podes várias vezes tirar a laranja da mesma árvore, do mesmo ramo, do mesmo galho. Tantas vezes quantas a laranjeira der laranjas, que é basicamente enquanto vive.
- Então o melhor é tentar acertar sempre na melhor laranja e usar da experiência para saber quando parar.
- Hum... nunca te esqueças de escolher a melhor laranjeira. Mesmo nos piores anos, vai-te dar sempre melhores laranjas...

domingo, 29 de junho de 2008

A lógica da frustração

Tenho o hábito - talvez defeito - de observar tudo o que se passa à minha volta. Seja no trabalho, seja num bar, ou, até, numa estação de serviço, tento observar tudo. Observo a disposição física do espaço, observo o comportamento individual e inter-relacional das pessoas, tentando criar uma lógica. Para mim, quase tudo tem uma lógica e, além disso, tenho uma boa memória fotográfica. É, aparentemente, uma inutilidade, isto que faço, mas muitas vezes ajuda-me a perceber o que vai à minha volta. Gosto de pensar que será, pelo menos, uma boa forma de exercitar na mente.
Quando, por exemplo, estou com alguém - vou usar como exemplo uma mulher - reparo no que veste, na postura, na fisionomia, ao ponto de reparar no sinal que tem num determinado local - por exemplo, no pescoço - ou no brilhante colado na unha do pé. Reparo em tudo.
Serve esta introdução para dizer que, às vezes, me sinto frustrado com o que vejo. Ainda ontem, num evento social, um amigo-conhecido meu levou uma amiga, supostamente namorada, que eu não conhecia. Conhecendo-o bem, nunca poderia acreditar que ele e ela poderiam formar um casal, nunca. Em que é que me baseio para tal afirmação? Porque o conheço. Se para mim, isso já seria suficiente, a partir do momento em que troquei algumas palavras, deixei de ter dúvidas, mesmo não tendo criado grande empatia com ela. Adiante.
Essa mesma lógica que procuro para tudo, é a lógica que vejo quando duas pessoas se cruzam na vida - refiro-me a relacionamentos. Não entendo as relações com base apenas na emoção. Gosto de alguém por algum (muitos) motivo(s) e esses motivos vão despertar em mim outras sensações - as emoções - que me farão estar mais sensível, mais disponível para o afecto, mais alegre, e até mais simpático. Portanto, se gosto pela razão, o que fizer, faço com emoção. Por isso, estranho quando alguém me diz que se arrependeu de estar com outrem quando teve mais que tempo de perceber se encontrava, com racionalidade, as qualidades/características que pretende ver na outra pessoa. Refiro-me a relacionamentos esporádicos, curtas-metragens!
Tenho conhecido nos últimos tempos, imensas pessoas. Poucas são as que têm relacionamentos "normais". Ainda não consegui encontrar uma lógica para isso. É suposto as pessoas serem felizes, mas para isso é preciso fazer alguns esforços e concessões. Não é isso que observo...
Talvez, por tudo isto, me sinta frustrado. Tem lógica, digam lá que não tem?

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Time is never time at all

Folheio uma revista. Quando termino percebo que não me recordo de uma única imagem ou artigo.
Durante cerca de meia-hora a revista serviu apenas de companhia enquanto pensava em diversos assuntos. O dia de trabalho de hoje, o que ficou por fazer; o dia de trabalho de amanhã, as prioridades; a noite de amanhã, se convido ou não alguém para jantar, se vou ou não ao Batô. Planeio a noite de 6ª feira. Vou ou não jantar com os meus pais e, talvez, dar uma voltinha com eles pelo centro da cidade. Aproveitar o dia de Sábado para ir com a minha mãe visitar alguns familiares. O evento na empresa, no Sábado à noite. Fecho a revista. Não me recordo do que vi, mas fiz planos, planos esses que provavelmente não irei cumprir, mas gostava. Muito mais do que uma revista ou que os planos, foram momentos meus, sem importancia, mas que se repetem diversas vezes. Não é por estar sozinho que tenho estes momentos, no entanto, por estar sozinho deixo-me ir mais vezes até à Lua. Fui e voltei, à boleia de uma revista.

...

E de repente o telefone tocou. Parei de escrever e fui atender. Era a minha mãe.
Novidades, daquelas que ninguém quer.
A minha irmã bateu com o carro. Vinha da consulta com o meu afilhado no oftalmologista. Tinha acabado de saber que apesar dos seus 4 aninhos vai ter que começar a usar óculos, o meu menino. Bateu com o carro como a notícia lhe tinha batido alguns minutos antes na alma.
Sendo assim, amanhã é dia de jantar em casa dela, levando-lhe comigo algum conforto, carinho e atenção.
Ah! Também já combinei o jantar de 6ª feira com a minha mãe. Vou jantar com eles e fico lá para o almoço de Sábado.


terça-feira, 24 de junho de 2008

S. João

Há um ano atrás passei o S. João com os meus pais, a minha irmã, o meu cunhado e o meu afilhado em casa dos meus pais.
Foi o primeiro S. João a sério do meu afilhado, com sardinhas e dois balões de S. João.
Este ano eles foram para Guimarães e eu jantei em casa, com os amigos.
Ao telefone, com a minha mãe, fiquei a saber que à tarde, ela e o meu afilhado tinham ido para a mata fazer um piquenique, com cestinho com o lanche e tudo, como um piquenique deve ser. O menino ficou radiante, e foi bom saber que um dia ele irá recordar o seu primeiro piquenique de uma forma muito especial - «foi com a minha vóvó», como ele próprio diz.
O jantar aqui por casa correu bem e durou imenso, como sempre. Fomos depois para junto da Serra do Pilar ver o fogo de artifício (ou o que restava dele, à hora a que lá chegamos).
Descemos depois até á ribeira de Gaia, parando ainda em frente à casa de uma qualquer família que lançava um balão. Com toda a lata participamos no eficaz lançamento!
Depois, atravessamos o tabuleiro inferior da Ponte. Grande susto! Nas muitas vezes em que já tinha atravessado a pé a ponte, nunca tinha sentido aquela sensação. Caminhar com a sensação de que se está com os copos - quando ainda não se está, de facto - foi assustador. Só me passava pela cabeça que a ponte fosse cair. Foi a verdadeira aventura. Nunca pensei que uma ponte pudesse criar tal sensação, tal era a vibração e oscilação da mesma.
O resto da noite, já se sabe, copos e marteladas, na mesma proporção! Quando a noite já ia longa e o grau alcoólico elevado, lá fomos para o baile do largo do bairro de Miragaia, verdadeiro ponto de encontro da euforia de muitos conhecidos que por lá encontrei. Ainda dei um saltinho á Alfandega para ver o Alvim - fraquinho, fraquinho - e terminamos a noite a tentar comer - sim foi apenas isso, tentar - aquele que acabei por eleger "O PIOR CACHORRO-QUENTE DA MINHA VIDA". Tenho para mim que o estado em que me encontro hoje foi resultado desse encontro imediato com o dito cachorro (ou então foi do que andei a beber, não sei!).
Hoje, depois de vários planos que sairam furados, acabei novamente por ir para a Ribeira, onde acabei por ficar a jantar. Com outras companhias mas com a mesma diversão e... sem copos, que isto hoje não está fácil.
Amanhã vou para as Caldas e, garanto-vos, não vou fazer um c@r@lho (digam lá que não foi um trocadilho genial?).
Agora vou dormir, embalado pela música...


domingo, 22 de junho de 2008

Factos da Semana

A selecção nacional foi eliminada pela Alemanha. Por muito que todos nós desejássemos o contrário, era expectável. Somos bons, mas não somos os melhores.
Fui multado em Lisboa pela EMEL. Tinha o carro estacionado á porta do hotel e quando saí de manhã - eram 8:40h - já tinha lá a multa. Deu para perceber que os senhores da EMEL entram ao serviço cedo! Eu não sabia.
O calor voltou. Finalmente é Verão. E sabe bem. Hoje passei a tarde na esplanada á beira-mar. Em grande.
Também hoje, mas de manhã, fui às compras. Concluí que a greve dos palhaços dos camionistas ainda afecta o mercado. Faltam produtos nos lineares. Muitos, em diferentes secções. Bando de anormalóides.
Amanhã é a noite de S. João. Os amigos vão cá estar. Jantamos cá em casa, depois seguimos para a ribeira de Gaia. Espero ainda dar um saltinho à Alfandega e, se houver muitos gunas, seguimos para o Plano B (quase certo!). Boas marteladas...

quarta-feira, 18 de junho de 2008

But if you try sometimes you might find... what you need

Os dias correm completamente preenchidos.
Muda-se com a a convicção de que tudo ficará diferente, mas na verdade tudo fica surpreendente melhor. Gosta-se mais de viver e vive-se mais, aproveita-se todo o tempo, faz-se mais, faz-se muito mais. O cansaço é, nestes caso, não uma consequência, mas uma recompensa. É um cansaço que sabe a vida.
Conhece-se novas pessoas com quem apetece estar em momentos diferentes, a fazer coisas diferentes, sendo necessário, muitas vezes fazer opções. Escolher com quem estar, quando e o que se vai fazer. Sabe bem. Pena que o tempo não chegue nem sobre. Podia-se fazer mais.
O trabalho corre bem, apesar de alguns contra-tempos. Faz parte. As pessoas percebem o que fazemos, o que queremos e como queremos. Há sempre alguém que insiste em ser parte do problema.
Apetece agarrar o mundo na mão, ora para o fazer andar mais depressa, ora para o fazer parar.
Pela inevitável insatisfação ou por pura estupidez, sabemos que, apesar de tudo, falta sempre qualquer coisa.
Só por esta vez vou dizer que não falta... por teimosia!


quarta-feira, 11 de junho de 2008

Greve dos Transpostadores

Deixo aqui bem claro: SOU CONTRA.
Se a economia do País vai mal e se as empresas estão com dificuldades, estas greves só servem para agravar o problema.
Mais ainda, não me parece que uma greve seja ou tenha que ser cumprida por todos. O direito à liberdade de escolha deve ser sempre exercido pela vontade de cada um.
Ninguém deveria ser obrigado a fazer greve, ninguém deveria ser vitima das suas opções.
Quando a liberdade é posta em causa, então "puta que pariu este bando de anormais e arruaceiros" que impoem a sua vontade, como se fossem donos da verdade absoluta. Cabrões de camionistas.
Tenho dito.
Boa semana para todos (menos para os camionistas arruaceiros".
(tenho neste momento o meu trabalho posto em causa por causa desses filhos da puta)

segunda-feira, 9 de junho de 2008

9 de Junho 2004

Nessa noite nasceste tu.
A mamã desde manhã que te aguardava.
Não querias sair, a mamã cada vez mais ansiosa, e tu não querias aparecer.
As horas foram passando e, perante a tua demora, os senhores doutores optaram por te tirar de outra forma.
Quando finalmente apareceste foi uma alegria para todos nós.
Hoje fazes 4 aninhos e és um menino lindo e esperto. Eu, como teu padrinho, sinto-me orgulhoso. Pelo que és, pelo que te vais tornando e, acima de tudo, pelo que me revejo em ti.
Por ti tento fazer tudo, por ti, tento ser melhor. Quero que, tal como hoje, por toda a tua vida, tenhas orgulho no teu padrinho. Eu estarei sempre disponível para ti.

Claro que te vou dar a pista do Faisca McQueen, mas tu ainda não sabes!!!!



Terça-feira, no Coliseu

vai ser giro, assim espero!

sábado, 7 de junho de 2008

Agora que o dia nasce

Esta noite tive a maior prova de que o a forma de estar, o trabalho que fiz e a forma como construí um caminho profissional me fizeram estar bem.
Hoje o dia vai nascer feliz...


sexta-feira, 6 de junho de 2008

Coisas que me passam na cabeça e eu... pronto...

Hoje fui jantar a casa da minha irmã.

Não tinha avisado que ia, mas numa casa que tem uma Bimby há sempre comida, é garantido.









Mas o que eu gostava mesmo era um dia chegar lá e a minha irmã ter uma mulher prontinha, à minha espera, acabadinha de fazer... na Bimby.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Do lado de cá do Sol

Em dias mais felizes sentimo-nos bem.
Quando a vida corre de feição, quando o dia e a noite não chegam para o que precisamos. Quando o tempo é curto e a vontade é grande.
Chegar tarde, deitar tarde, levantar cedo, viver muito, trabalhar muito, sorrir muito, correr muito, falar muito, ter muito para fazer e muito para partilhar e, mais ainda, para aprender.
Gostar do que se faz e estar contente pelas decisões que se toma.
Quando assim é, é fácil. É quase perfeito.
Tudo se resume, neste momento, a uma de duas coisas - coragem ou a falta dela.
Acredito que sou mais do tipo dos que encontram na falta de coragem a oportunidade para fazer coisas. A falta de coragem de deixar para mais tarde o que se pode e se quer fazer. A falta de coragem quando se tem medo que a linha que se tem na mão seja, afinal, curta e, por isso, um dia chegará o fim. Que nesse fim valha a pena olhar para trás satisfeito, pelo que atingimos e pela vida que tivemos e que proporcionamos a nós mesmos.
Na verdade, quero crer na coragem de lutar para que o hoje seja um dia melhor. Todos os dias até ao último.
Acreditar que o futuro é longo, mas que se constrói todos os dias. Que todos os dias vale a pena fazer melhor. Que apesar do cansaço, há - tem que haver - energia para ir mais além.
Acreditar que do lado de cá do Sol isto é bem melhor do que o que por vezes fazemos crer.
Podemos construir o que quisermos, mas só construimos alguma coisa quando há coragem. Por vezes não a usamos, mas nunca a devemos perder. Poderemos perder tudo, mas nunca poderemos perder a coragem. Devemos acreditar. acreditar torna-nos mais temperados. Não acreditar ou desacreditar torna-nos secos, àridos.
Para aqueles que pensarem que digo isto porque a vida me corre bem, eu respondo, sim. Corre. Sinto que esta mudança me fez bem, que estou novamente lá, onde quer que isso seja!