sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Passos em volta

Antes de ir dormir um afago à alma...



... ou dois...



SENTIRAM?

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

As preferências dos clientes - Inquérito

Pois é, chegou a altura de falar dele. Do inquérito, o primeiro.

Cerveja, népia, não é para os meus clientes. Não preciso de ter uma coluna para extracção de finos/imperiais! Ainda bem, assim poupa-se espaço no balcão. Para além de que veremos por aqui corpos mais elegantes, pelo menos sem os indesejados efeitos da cerveja.

Bebidas brancas, também não. Também não é para vocês!

Então, o que bebem? Maioritariamente, vinho tinto e àgua.

Com a crise que para aí vem nos vinhos brancos desta colheita de 2007, até que é uma boa notícia saber que aqui se gosta maioritariamente de tinto. Prometo escrever mais adiante um outro texto sobre as preferências por vinhos tintos, as vossas e as minhas.

Resta agora agradecer a todos os que participaram. Para primeira vez, acho que correu muito bem! Obrigado!

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Gaia-Alentejo-Gaia

Ainda não tinham chegado as seis horas da manhã quando num super esforço me levantei.
Fui ao Alentejo. Fui e vim. Cheguei às 23h, dezasseis horas depois de ter saído de casa e dezassete horas e um quarto depois de ter saído da cama.
Resultado: estou estoirado!
Tinha algumas coisas interessantes e engraçadas para partilhar aqui, mas não tenho energia suficiente.
Esta semana está preparadinha para ser uma semana de grande cansaço. Hoje, Alentejo, Quinta-feira, Lisboa.

Felizmente, esta semana vai terminar com a visita dos amigos.
Sexta-feira vamos ver Peter Murphy e estamos a combinar actividades culturais para o resto do fim-de-semana, duas delas já definidas - copos e televisionar o jogo SLB-fcp. Ah! Não me digam que estas não são actividades culturais? Fazem parte da minha/nossa cultura, logo são culturais!

Agora vou dormir.
Deixo-vos com Peter Murphy, como não poderia deixar de ser.

domingo, 25 de novembro de 2007

Mike's life


Resumo do fim-de-semana:

6ª Feira

Depois de um dia de trabalho com as emoções e os nervos à flor da pele - as emoções por um motivo e os nervos porque só me saem duques - lá fui eu até Gondomar, ao fantástico pavilhão multiusos ver as meias-finais do Europeu de Futsal (trabalhar naquela empresa permite-nos ter uns bilhetes à borla. Nem tudo pode ser negativo!).
Foi a primeira vez que vi futsal de nível superior ao vivo e logo numa meia-final entre Portugal e a Espanha. Perdemos, mas não perdi a fome. Fomos jantar e espetei com uma nódoa na camisa. Espectacular. Linda. Felizmente o cachecol tapava!

Já perto da meia-noite volto para casa. Ora bem, pelo menos tinha essa intenção, mas já depois de estacionar o carro percebi que não sabia das chaves. Procurei nos bolsos, debaixo dos bancos, na mala, na pasta do computados, no porta-luvas, enfim, em todo o lado, e nada.
O pior é que nem me conseguia lembrar do que tinha feito de manhã entre o pequeno-almoço e o sair de casa. Não tinha ideia nenhuma de sair de casa!
Solução: ligar ao meu pai e, começando primeiro por o descansar «está tudo bem, mas...» comuniquei-lhe que não sabia das chaves e pedi-lhe para ver se tinha uma das minhas chaves suplentes. Afirmativo. Ok, lá fui eu até à minha terra buscar as chaves.
Pelo caminho lembrei-me que não faria muito sentido ir e voltar. Já que ia, ficava e ia para os copos com os amigos - os poucos que por lá estivessem. Copos, amigos, eu e a nódoa. Nada como transformar um problema numa oportunidade.
Quanto à chave que eu não tinha? Bem, tinha várias opções: ou tinha ficado na empresa, ou tinha ficado dentro de casa no "despeja bolsos", ou teria-a perdido ou estaria na porta. Podia ter ido confirmar, mas não fui. Também, se alguém entrar em minha casa vai ter pena de mim e não só não tira nada, como ainda é capaz de deixar lá qualquer coisita, por pena!
Sábado:

Não me consegui levantar cedo - alguém fica admirado? - levantei-me perto da hora de almoço, tomei banho, arranjei-me e vim para casa.
Finalmente o mistério das chaves ficaria resolvido.
Ao chegar dou com este post it na porta:



Lá fui eu buscar a chave, pedir mil vezes desculpa pelo incómodo.
O resto do fim-de-semana correu como habitualmente. Ainda no Sábado, almoço em casa da minha irmã (sozinho, porque àquela hora já todos tinham almoçado), conversas familiares e bricandeira com o meu afilhado.
Depois, tempo de socializar...

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Para ti que...

Rompeste barreiras e mais uma vez mostraste a força e a coragem. A palavra TENAZ encontra em ti um belo sinónimo.
Foste à luta, venceste e reduziste os medos e as dificuldades a partículas de pó.
Agora vai. Fecha os olhos por um segundo. Respira fundo… e vai.
Atravessa o corredor pela última vez, sem olhares para trás.
A todas as dúvidas responde sem qualquer receio, SIM.
Segue-se o desafio de percorrer um novo caminho onde deixarás a tua marca como sempre fizeste.
Assina sempre com o teu S de Forte.
Foi um enorme prazer…




Ed Harcourt "Good Friends Are Hard To Find"

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Coisas que eu gosto: Publicidade II

Este foi-me lembrado e recomendado.

Anunciante: The Coca-Cola Companie Argentina
Produto: Coca-Cola
Campanha: "Para todos"
Marca: Coca-Cola
Observações: Como muitos outros anúncios intemporais da Coca-Cola...

domingo, 18 de novembro de 2007

Coisas que eu gosto: Publicidade

Já ontem deixei aqui a campanha de comunicação para imprensa e mupi's da Nutricafés.
Gosto de publicidade, gosto de bons anúncios, ainda que um bom anúncio para mim pode não ser propriamente "um bom anúncio". Basta que para isso não atinja os objectivos que o anúnciante espera atingir.

Nós, comuns dos mortais, não queremos saber disso. Olhamos para um anúncio e não lhe damos mais importância do que a que entendemos que ele tem. Um anúnico, para mim, comum mortal, é uma peça de comunicação que me agrada ou não. O efeito que vai ter no meu subconsciente, esse, eu não controlo.

Posto isto, partilho agora alguns anúncios que considero estarem muito bem feitos e que gosto muito de ver.

Espero que gostem, espero que comentem, mas acima de tudo, espero que partilhem os vossos anúncios preferidos, que os sugiram para eu os possa colocar aqui.

Filme #1:

Anunciante: Fiat
Produto: Novo Fiat Bravo
Campanha: "Meravigliosa Creatura"
Marca: Fiat
Observações: Apesar de ser pioneira em muita da tecnologia hoje utilizada pelas mais conceituadas marcas, a FIAT está conotada com menor qualidade. Depois da situação de pré-falência, tenta agora apresentar produtos de qualidade inquestionável.



Filme #2

Anunciante: Adidas
Produto: -
Campanha: "Impossible Is Nothing"
Marca: Adidas
Observações: Uma das marcas com mais notoriedade em todo o mundo, divide a liderança do mercado com a concorrente Nike. "Acordou" há poucos anos para as grandes campanhas de comunicação, depois de se ver ultrapassada pela Nike na liderança do mercado.
Nesta campanha, os atletas relatam situações das suas vidas, contando experiências pelas quais passaram que transformaram ameaças das suas vidas em oportunidades.
A campanha é composta por vários anúncios. Deixo aqui apenas alguns.















Anunciante: Chanel
Produto: Chanel Nº5
Campanha: "Her Perfume"
Marca: Chanel
Observações: De acordo com o Internet Movie Database é o comercial mais caro já filmado na indústria do high fashion world, envolvendo 30 milhões de dólares em jóias.
Este anúncio traz-nos a mulher mais famosa do mundo e um dos homens mais sexy do mundo, segundo a revista People.


sábado, 17 de novembro de 2007

Um dia, quando a minha vida for perfeita, vou poder dizer...



... e isto...


... e mais isto...


... e ainda...




... hoje não é o dia!

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Com quem então é fácil???

Algum jeito que eu possa ter para a cozinha é facilmente descompensado pela falta de jeito que tenho para a "cozinha doce". Pois é, como pasteleiro sou "A Nódoa"!

Ora, se há uns dias, de uma forma muito simpática a Rosa, a meu pedido, disponibilizou a receita de Scones, era para eu experimentar!

Mas para experimentar, primeiro, tinha que comprar os ingredientes. Já aí começou a correr mal, pois eu só tinha lido uma única vez a receita e quando cheguei ao supermercado não tinha a certeza do que teria que comprar. Com algum feeling comprei farinha, fermento e ovos. Sabia que em casa tinha açucar, sal e manteiga. Quando cheguei a casa, mal pude, liguei o computador e fui ver a receita. Descobri logo algumas coisas interessantes: a minha memória já não é o que era, os ovos serviriam para fazer uma omolete (a receita não leva nenhum ovo!) e faltava leite (eu não bebo leite)! Fazer scones ficaria para outro dia.

No dia seguinte fui a casa da minha irmã e trouxe de lá um litro de leite. Já tinha todos os ingredientes! Por falta de tempo, acabei por ir adiando... até hoje.

Juntei os ingredientes de acordo com a receita, comecei a amassar à mão e, a determinada altura, a minha mão, a massa e o recipiente eram um só!
Alguém me explica como é que se faz bolinhas com uma massa assim pegajosa?
Ultrapassadas as dificuldades técnicas, lá sairam umas coisa como as que a foto documenta, que apesar do mau aspecto, sabem bem (no momento em que escrevo já só existem três!).

O que me vale é que nunca arriscaria convidar alguém a comer scones feitos por mim sem ter testado primeiro.
Terei que melhorar, e, até lá, mais vale continuar a ir à Xicara, na foz ou esperar que a Rosa ofereça uns scones bem jeitosos!

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Canideo

Perante o cenário que vi hoje na agência, de um canideo rafeiro a ser sobejamente tratado pelas meninas, que o recolheram da rua, com direito a colinho, e a ser o centro das atenções, e tendo em conta o aspecto das meninas, pondero na próxima reunião levar uma coleira ao pescoço.
Com sorte, recebo o mesmo tratamento!


Porto-Lisboa

Acordo antes do despertador e deixo-me ficar. Espero pela hora certa. Seis da manhã. Levantar.
Na televisão que me acompanha toda a noite, as notícias são as mesmas de quando me deitei.
Não tenho sono, mas não estou bem disposto. Enfim, talvez o que comi ontem me tenha deixado assim.
Sigo as rotinas matinais, com a calma suficiente para não me atrasar. Quase sempre pela mesma ordem.
O pequeno-almoço, ainda que simples, tomo-o sentado. Parece que houve um acidente na A1 que está a provocar constrangimentos no trânsito.
Ainda bem que decidi ir de comboio. Não há atrasos, não há trânsito, nem necessidade de atenção.
Apesar da antecedência com que acordei, chego à estação em cima da hora. Estaciono e sigo em passo apressado.
Já sentado no comboio, dou pela falta dos óculos de sol. É a certeza de uma viagem com o sol a bater-me directamente nos olhos.
De frente para mim segue uma mulher. Com os olhos postos num documento, vai tirando apontamentos. Parece-me ser advogada.
Olha! Chegou o revisor…
Mostro-lhe o bilhete. Ele pede-me o cartão da empresa – o acordo permite-me ter desconto, mas parece que é preciso comprovar que de facto sou funcionário. Digo-lhe que me esqueci dele. Diz-me que por ele não haverá problema, mas adverte-me para o facto de alguns colegas poderem levantar problemas. Aceno-lhe que sim e agradeço.
Portanto, óculos de sol, cartão da empresa e headphones (esquecimento ultrapassado pela oferta por parte da CP).
Já passei Aveiro. É hora de começar a trabalhar. Duas horas, é o tempo que tenho até à Gare do Oriente.
Bom dia a todos!

sábado, 10 de novembro de 2007

Inventamos o Tempo

Inventamos o tempo
Inventamos as palavras e experimentamos
Experimentei-te, experimentaste-me
Criamos novas cores, sons e sabores
O cheiro, a sensação dos aromas, fomos nós
Dividimos as horas, fizemos crescer os minutos
Pintamos os sonhos em cores nunca imaginadas
Roubamos do céu as nuvens e do mar as ondas
Cortamos o vento em pequenos pedaços de brisa
Construimos caminhos para um novo futuro
Caminhos onde nunca nos cruzamos
Inventamos o mundo, fomos nós
Criamos, experimentamos, construimos
Soubemos sempre a resposta. Paramos
Paramos e perguntamos: valeu a pena?
Havemos de inventar a resposta
Um dia, quando nos encontrarmos


The Bravery - Time Won't Let Me Go

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Assim vão os dias neste Portugal dos pequeninos

Na Segunda-Feira fui até ao Douro.
O Douro, por si só, é uma região lindíssima. Para qualquer lado que olhemos apetece pegar numa máquina e repetidamente disparar uma foto e outra e mais outra. É fotogénico, é grandioso, é imponente, os patamares esculpidos nas encostas são harmoniosos. O Douro tem charme.
Para mim, a beleza natural do Douro atinge a perfeição nesta altura do ano. O Outono pinta o Douro de tons castanhos, vermelhos, dourados e, aqui e acolá, ainda algum verde. O Sol ilumina as vinhas, nas escarpas até aos rios. O Douro, o Tua, o Távora, o Corgo.
A viagem é ainda mais interessante quando não somos nós quem conduz. Temos tempo de olhar, de gozar a paisagem, de reparar no pormenor. Aquela adega que nunca vimos mas que ouvimos falar, a casa senhorial daquela Quinta, a Capela, lá no alto, que sabemos ser daquela outra Quinta. Ficamos a saber que é dali que vêm as uvas para o vinho “xis” ou para o Vintage “tal”.
Nesta altura, o frio que se faz sentir no Douro é sempre muito. Dentro das adegas sente-se o frio e a humidade a invadirem os ossos. Mas sabe bem, e sabe bem provar os vinhos, que hoje sabem mal, mas que no futuro irão ser belíssimos vinhos. Apreciar as cores vivas, o lilás que se vê quando voltamos o copo para aquela nesga de luz que entra pelas pequenas janelas e com um gesto, fazemos rodar o vinho nas paredes do copo. Depois, quando se leva o copo ao nariz sentimos aromas estranhos que não são aqueles que habitualmente encontramos nos vinhos. O pior fica para o fim. Provar um vinho nesta altura é tão estranho quanto isto: já alguma vez comeram uvas antes de estarem maduras? Sabe mal, não sabe? Provar vinho nesta altura é provar algo que sabe mal, mas que para quem entende – e não é seguramente o meu caso – permite prever o que dali vai sair, lá mais para a frente, quando estiver na altura. Mas sabe bem acompanhar este processo. É enriquecedor. E é por isso que o partilho aqui.
Deixo o Douro para trás.

Terça-Feira trouxe-me outra novidade. Não, não foi a derrota do Benfica – infelizmente, nos dias que correm deixou de ser novidade.
Ontem tive um convite para jogar futebol ao final do dia, precisamente na hora do futebol. Aceitei.
Cerca de um ano e meio após ter deixado completamente, voltei a jogar futebol. O meu joelho esquerdo – o qual já foi aqui apresentado – fez-me deixar de jogar e, apesar de tudo, ainda não sei o que tem o meu joelho.
Como tal, entendi que apesar da dor incomodativa que por vezes tenho, deveria ir jogar e fui. Infelizmente apanhei uma grande desilusão. Não com o joelho, porque esse fez saber que estava lá, mas não complicou. A grande desilusão veio com a minha falta de força, a minha falta de rapidez e a minha dificuldade em acompanhar o ritmo dos outros. Fiquei claramente aquém das minhas expectativas, mas também das dos outros, que no final fizeram questão de me dizer que «já te vi fazer bem melhor!». É pá! Obrigadinho! Eu tenho plena noção disso, não preciso que mo venham dizer!
Posto isto, e dado que o assunto do joelho está agora emperrado na Medis, o melhor é recomeçar a fazer desporto e dizer que sim, que contem comigo para as próximas jogatanas. Já percebi que o joelho não se desintegra, e, no máximo, vai-me ficar a doer nos dias seguintes, só que desta vez, todo o meu corpo fica! Há que fazer jus à velha máxima de que “o futebol não é para meninas”.

Não quero terminar o texto sem trazer aqui a primeira notícia que ouvi ao acordar.
Parece que na sequência dos acidentes rodoviários dos últimos dias, hoje destacava-se o esforço que o governo irá fazer para diminuir a sinistralidade – equipar as forças policiais com novos alcoolímetros e novos radares e em maior quantidade!
Sim senhor, melhorar a sinalização das estradas ou até mesmo melhorar o estado das vias, não, isso não. Nem pensar, isso não faz sentido nenhum. Porreiro, porreiro (como diz o nosso Primeiro), é comprar alcoolímetros e radares. Muitos. E para quê? Para irem aos nossos bolsos!
Então e qual é a medida profilática do governo? Nenhuma. Porque ver passar a 150 km/h e disparar um flash não vai evitar nenhum acidente. Vai aumentar as receitas extraordinárias do Estado, isso sim, ajudando a cumprir a barreira do défice! Mandar a brigada seguir aqueles que circulam sem luzes, ou com os pneus carecas, ou que fazem a A1 na faixa da esquerda quando a direita vai vazia, ou os que em Grijó ou em Alverca circulam na terceira e quarta faixa deixando a primeira e a segunda sempre livres. E os que falam ao telemóvel, tentando disfarçar o indisfarçável? Será que só eu é que vejo? É mais fácil pendurarem-se numa árvore ou esconderem-se numa ponte e disparar flashes.
Somos terceiro mundo, temos o que merecemos ou merecemos o que temos, não sei.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Ainda em obras

A remodelação que eu pensava definitiva, afinal, revelou-se apenas transitória.
Tendo recebido várias críticas, tentei interpretá-las da melhor forma e voltei às obras no tasco.
Espero que agora a transformação tenha resultado melhor.
Fico a aguardar os comentários dos melhores fregueses do mundo - os meus, claro!

P.S.: hoje fui ao Douro visitar alguns centros de vinificação. Era para ter feito um texto sobre isso, mas as obras de remodelação levaram-me o tempo todo. Amanhã conto-vos como foi.

Ah! Não se esqueçam de votar no inquérito que se encontra aqui à esquerda!

Até lá, deixo-vos um momento musical!



The Pierces - Secret
P.S.2: Este (e outros cd's) que comprei no Amazon devem estar para chegar, até lá, nada como ir ouvindo no youtube!

domingo, 4 de novembro de 2007

Doente

Quatro ou cinco filmes, um sofá, comprimidos e sono, muito sono.
É assim o fim-de-semana de um enfermo.
Dormir de duas em duas horas, ver tv ou um dvd, comer, beber, dormir novamente.
No Sábado, abandono total – durante todo o dia não recebi um único telefonema – é que nem da família.
Depois, decidem todos ligar à hora do jogo do Benfica! Já pensaram que eu poderia não ter chegado vivo ao fim do dia?
Ninguém se importou, mas na hora do futebol, sim, a essa hora façam o favor de incomodar, de perguntar tudo o que não perguntaram num dia inteiro. Se estou bem? Estava, até me interromperem a visualização do jogo. Uma tarde inteira, pá! Uma tarde inteira e ninguém se importou, mas agora que o Rui Costa acaba de assistir o Rodriguez para o primeiro golo, façam o favor, eu conto-vos o que fiz todo o dia, não se incomodem, tenho o tempo todo!
Não bastava já não ter ido para Londres?

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

O que nos torna mais fortes (ou o que nos torna melhores)




Olhar para trás e não acreditar, olhar para o lado e não acreditar. Olhar à nossa volta, olhar os outros e não acreditar. Não acreditar, não lutar, desistir. Parar e recomeçar.
Olhar em frente e não ver. Decidir esperar, saber esperar. Acreditar mais em nós do que nos outros, alguns. Reagir, dar um passo atrás, dar um passo ao lado, seguir em frente.
É um ciclo, é assim, é sempre assim, porque somos frágeis, porque acreditamos, em nós e nos outros. Damos mais de nós, damos tudo, porque acreditamos. E depois já não acreditamos. Porque somos frágeis, porque somos frágeis.



Já o disse aqui. Tenho tido sorte, a vida tem-me corrido bem. Não é sorte avulso. Luto porque acredito que só assim faz sentido, exijo muito de mim, o máximo. Assim ninguém me poderá exigir nada, ninguém me poderá exigir mais do que eu já terei exigido e por isso as coisas correm bem.
Acredito que quando a vida flui positivamente, nos tornamos mais frágeis. São as dificuldades que nos tornam mais fortes e tenazes. Essa tenacidade de quem transpõe obstáculos, essa robustez natural que as dificuldades criam àqueles que estão sempre a cair, ou a deparar-se com esses novos obstáculos, fá-los mais fortes. Sou, por isso, mais frágil.
Nos momentos de maior susceptibilidade emocional fecho-me em mim e, numa atitude racional, analiso e percebo onde estou, como sou e, até, quem sou. É nesse momento que percebo que me venho transformando numa pessoa menos racional, menos frio e com menor capacidade de autocrítica, menor força anímica e mais sensível. Menos capaz de dar aos outros e com maior necessidade de receber. Por fim, o sentido de humor fica congelado.



Depois chegam dias como o de ontem, em que os amigos, sem saberem, nos fazem ser apenas alma, apenas emoção. Chega o telefonema que nos faz, de uma forma instantânea e irrecusável, mudar os planos, e ir a correr para lá.
A recompensa não tarda, porque somos bem recebidos, porque nos tratam bem, porque se tem uma noite “daquelas” e, em conversa atrás de conversa, hora após hora, se concretiza a certeza de que tem que haver sempre lugar para os amigos, estes com quem estamos e que contam connosco, que puxam por nós, que nos aceitam tal como somos, com as nossas forças e fragilidades. Às tantas, dou por mim a pensar que não quero que a noite acabe, não esta, não esta em que os amigos, sem o saberem, desempenham na perfeição o papel que lhes foi, há muito, atribuído. Naquelas horas em que falamos dos outros, mas também de nós, em que damos opiniões, em que recebemos críticas e elogios partilhados por quem está ali connosco, percebo que me venho transformando numa pessoa melhor – a todos os níveis, segundo os amigos. E é tão bom.



A noite acabou.
Fui dormir. Dormi melhor e acordei melhor.
Hoje apetece-me ser ainda melhor pessoa, e dar mais às pessoas que me querem bem. Apetece-me estar mais vezes mais perto de quem me trata bem, de quem cuida de mim sem saber que o está a fazer.
Apetece-me estar com as pessoas que não vejo há muito tempo, e que continuam a ver em mim a criança de outros tempos, talvez por as fazer sentir mais longe do fim. Hoje vou ao cemitério, hoje vou recordar aqueles que nunca esqueço, hoje vou estar mais perto deles e, por momentos, orgulhar-me da pessoa que eles veriam, se cá estivessem.
Hoje vou ser quase perfeito.


(Texto escrito ao acordar)