domingo, 25 de janeiro de 2009

O prometido é devido

Finalmente...
Há já algum tempo disse que haveria de escrever sobre as mulheres carentes de afecto.
O tema por si só pode parecer uma abordagem machista: então e os homens não têm essas mesmas carências? Claro que sim. Mas não vou dissertar sobre isso. Por vários motivos. Um deles é que estou a dar a minha opinião sobre a visão que tenho das mulheres.
Então cá vai.
Hoje, mais do que nunca, deparo-me, cruzo-me, ouço falar, de uma certa facilidade que os homens têm de conseguir terminar a noite numa cama aquecida por dois corpos. Talvez a idade traga estas "facilidades". Talvez seja pela independência feminina. Ou talvez porque as mulheres se tornam cada vez mais "homens" e procuram exactamente o mesmo que os próprios homens.
Pode ser que sim. Mas a minha visão é outra. E a minha experiência também.
Não sou, nem nunca fui de ter one night stands. Pelo menos com pessoas que acabei de conhecer. Talvez por isso, este assunto tenha, para mim, mais relevância. No meio em que me movo, profissional e social tornam-se quase sempre um e o mesmo mundo. E, neste "meu" mundo, assisto - muitas vezes incrédulo - a uma enorme insatisfação por parte das mulheres. Solteiras e divorciadas, mal casadas e afins! Mas a carência que traz retorno ao mundo masculino é a das solteiras e divorciadas.
Noto que procuram não a relação sexual como a forma de satisfazerem uma necessidade fisiológica, mas como uma forma de compensarem o homem pela noite de sono com companhia. Sim, porque sexo é uma relação intima que pode ocorrer em qualquer lugar, mas uma noite de sono com companhia é o mais privado, o mais intimo de todos os momentos ou exercícios existentes. Podemos trocar olhares, podemos partilhar o quarto-de-banho, podemos partilhar um beijo, mas nenhum destes momentos é tão intimo como o de acordar ao lado de alguém (de preferência abraçado a alguém).
É exactamente isto que acho que as mulheres procuram. É o regaço, é o conforto do abraço e da respiração junto ao pescoço. É o edredon que aproxima os corpos.
Quando uma mulher saudável, solteira ou divorciada, pede sexo, na maior parte das vezes pede afecto. A menos que eu esteja enganado, o sexo não é aquela coisa mecânica de que ouvimos falar, principalmente nós homens (e agora também algumas mulheres). E também não é só loucura. O sexo, no limite, é o afecto. Ou uma forma de o conseguir...

6 comentários:

Anónimo disse...

Estás cheio de razão!

Anónimo disse...

Acertas-te em cheio! Agora só falta as mulheres assumirem isso...

Anónimo disse...

Há dias alguém me disse: "não sei o que é que ganhas em ter este tipo de relacionamento comigo". Por orgulho, não respondi. Mas vou indicar-lhe o teu post.

Anónimo disse...

Mike, eu até costumo concordar contigo e ficar surpreendida com o facto de pensarmos de forma semelhante em tantos pontos, mas desta vez não concordo contigo. O que a maioria das mulheres procura na primeira vez que tem sexo com alguém (seja no dia em que o conheceu ou após o décimo encontro), sem ter já quase a certeza de que está a começar uma relação, é: experimentar algo novo, sentir algo intenso, sentir que é desejável e desejada, brincar um pouco, com sorte rir e brilhar e, no fim, conseguir sair com graça e classe... Essa história de acordar na mesma cama agarrada a alguém, logo assim à primeira e sem grande contexto, só me faz pensar em dores de costas, noite mal dormida e constrangimento... Quem quer só isso, tem é que arranjar um namorado fixo.

LIA disse...

BOA!!!BINGO!!!!Afinal ainda andam por aí uns "gajitos" inteligentes!..;O))

Pequenina disse...

So true... (gostei especialmente do detalhe da respiração junto ao pescoço):-)