domingo, 24 de maio de 2009

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Para a m., que nem sabe que este blog existe e que hoje faz 34 anos...



Parabéns, minha querida!!!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Rótulos

Para quem, como eu, trabalha com bens de grande consumo, sabe a importância da embalagem, do rótulo e a expectativa que se tem sobre um determinado produto de uma determinada marca.
Vem isto a propósito de uma conversa que tive hoje e é quase uma sequência do último texto que aqui coloquei.
Tirando os meus amigos, que são pouco mais de meia dúzia, pouca gente sabe alguma coisa da minha vida que vá muito para além do banal. O que faço, em que cidade moro, ou outras trivialidades e não mais do que isso.
Acho curioso saber que sou hoje avaliado, fruto de novos relacionamentos, e que algumas pessoas que me conhecem da vida social da minha terra, não têm uma opinião formada sobre mim. Fico muito contente que assim seja, porque sempre fiz a minha vida de forma discreta e longe de lá, embora os meus amigos sejam maioritariamente de lá.
Pelo menos dois quintos da minha vida passeios fora de lá, pela necessidade de procurar oportunidades profissionais e por não me sentir capaz de evoluir num meio demasiado pequeno. Opções perfeitamente normais!
Percebo, no entanto, que aos olhos deles sou um "zé-ninguém"! Era coisa que já sabia, mas que hoje pude confirmar. Curiosamente, na minha terra as pessoas dividem-se em empresários e zés-ninguém! E é precisamente aos olhos dos zés-ninguém que eu sou um zé-ninguém!
Claro que sou, eu sei disso! Só não percebo porque é que alguém que não me conhece, à falta de melhor definição para mim, dá a entender que é isto que pensa? Quer dizer, é quase como eu dizer que o meu vizinho do lado, que na realidade nem conheço, é uma pessoa!
Mas será que se eu disser que não conheço a pessoa, tenho ainda assim, que a definir?
Adoramos rótulos, é o que é! Todos! Até eu, que me dei ao trabalho de escrever este texto para rotular uma pessoa que também mal conheço.
E adivinhem lá qual foi o rótulo que lhe dei?...

I wanna say that...

I really like this song!!!!
Traz-me à memória tempos idos, sabe-se lá porquê... talvez pelo ritmo, sei lá!


domingo, 17 de maio de 2009

Quem vê caras...

Somos todos assim, damos muito valor à aparência.
Da mesma forma que uma embalagem apelativa nos leva, mais rapidamente, a comprar esse produto, também uma cara bonita, um corpo bem feito e uma roupa catita nos leva a olhar mais para alguém, nos aproxima mais dessa pessoa e nos faz querer ouvi-la.
A beleza interior é que conta? Não. A beleza interior conta, mas é o equilibrio entre o interior e o exterior que realmente conta.
A nossa expectativa é que define o peso que daremos a cada coisa.
Ah! E quanto à inteligência? A inteligência não é definida por padrões universais, é definida por padrões pessoais. Eu vou achar mais inteligente alguém que domina vários temas que eu domino ou não, mas na verdade, quando ultrapassa os nossos próprios limites/padrões até poderemos perder algum interesse. O que interessa que domine na perfeição o tema política internacional, ou literatura russa do séc. IXX? Para mim até pode tornar-se aborrecido ouvi-la falar sobre isso.

O que quero com isto dizer é que o que conta é o equilíbrio. O que conta é saber se aquela pessoa nos preenche, se está ao nosso alcance e se poderemos entrar numa relação que não se torne monótona por falta de assunto, ou por falta de feedback.

Assim sendo, poderemos definir os nossos padrões?

Sim, mas não os assentamos num papel. Deixemos rolar. O tempo encarregar-se-á de nos mostrar que estamos no bom caminho. O tempo une as pessoas. O que as desune é a pressa de ver as coisas acontecer, ou a vaidade, ou a teimosia. "para cada testo há uma panela". Ou mais. O que interessa é que tudo funcione. Não interessa se somos ou não, bonitos e inteligentes, ou bonitos ou inteligentes...