Decidi dar este título ao post porque considero que na vida, eles existem. Este existiu e vou contar-vos como foi.
No Verão de 2005 o meu chefe - na altura, o PA - convidou-me para almoçar como, de resto, tantas outras vezes o fizera. Nesse dia, depois de enquadrar a situação, perguntou-me se estaria interessado em mudar de funções. Não era exactamente esse o papel dele, pois a mudança de funções levaria a que eu deixasse de trabalhar na equipa de trabalho que ele chefiava, mas também não era uma abordagem oficial, tudo isto teria que se passar de forma oficiosa.
Alguns dias depois, após analisar os prós e os contras da mudança, decidi comunicar-lhe que não estaria interessado em tal mudança.
Ele transmitiu internamente a minha vontade em manter-me na função que desempenhava.
Decidiram, por isso, na empresa, avançar para um processo de recrutamento externo, no mercado de trabalho.
Alguns meses depois, entrava um novo colega para ocupar a função. Inicialmente o clima era de desconfiança, quem seria, como seria, seria capaz, seria um bom colega e um bom profissional? Bastou pouco tempo para todos percebermos que sim, que era exactamente o que ansiavamos.
Integrou-se bem, e rapidamente ganhou a confiança de todos. O PM é aquilo que se espera sempre de um colega. Mais, é uma pessoa comunicativa, sociável, e que consegue facilmente criar empatia. É um motivador, um positivista, talvez até, um lider, ainda que não tenha desempenhado um papel de chefia ou liderança, tem esse perfil.
É também humilde e capaz de assumir e reconhecer as suas fragilidades e os seus erros, e é também um lutador.
Hoje é o seu último dia de trabalho. Teve um convite de uma outra empresa para desempenhar um cargo de direcção, uma função desafiante, que ele não poderia recusar. Vai e faz bem.
Eu vou substituí-lo. Vou desempenhar as funções que ele estava a desempenhar. É um novo desafio para mim, porque é bastante diferente da minha anterior função, mas acima de tudo porque estava a ser muito bem desempenhada pelo PM. Pelo que me tem sido dado a perceber nesta fase de passagem de pasta, o trabalho de base está feito. Não existia, foi o PM que o desenvolveu, com minúcia e com rigor, com o profissionalismo que lhe reconheço.
Mesmo a disponibilidade e preocupação por ele demonstra nesta fase é irrepreensível. Não é sequer habitual acontecer desta forma, com alguém que está de partida. Nestes últimos dias, como sempre, tem correspondido em tudo o que lhe é solicitado, como se a vida dele dependesse disso.
A partir de segunda-feira estarei por minha conta, o PM vai de férias antes de rumar a outras paragens.
Nunca perdi muito tempo a olhar para trás, a tentar perceber se as decisões que tomei foram as mais correctas. Da mesma forma, não o fiz em relação à minha decisão no verão de 2005, mas nos últimos dias tenho pensado nisso e, na verdade, sinto que só o facto de um dia ter trabalhado com o PM, de o ter conhecido, de ter lidado de perto com ele e de agora o ir substituir me dá uma satisfação enorme, quase indescritivel.
Desejo sorte para ambos, para mim, porque quero corresponder à confiança que o meu director depositou em mim e para ele, porque vai para um novo e difícil desafio onde a fasquia vai estar alta. Ambos precisamos apenas da sorte, pois a capacidade de trabalho é-nos reconhecida, penso que disso ninguém tem dúvidas.
Acredito que um dia, profissionalmente, nos voltaremos a cruzar. Até lá, vêmo-nos por aí, como amigos, assim o espero!
No Verão de 2005 o meu chefe - na altura, o PA - convidou-me para almoçar como, de resto, tantas outras vezes o fizera. Nesse dia, depois de enquadrar a situação, perguntou-me se estaria interessado em mudar de funções. Não era exactamente esse o papel dele, pois a mudança de funções levaria a que eu deixasse de trabalhar na equipa de trabalho que ele chefiava, mas também não era uma abordagem oficial, tudo isto teria que se passar de forma oficiosa.
Alguns dias depois, após analisar os prós e os contras da mudança, decidi comunicar-lhe que não estaria interessado em tal mudança.
Ele transmitiu internamente a minha vontade em manter-me na função que desempenhava.
Decidiram, por isso, na empresa, avançar para um processo de recrutamento externo, no mercado de trabalho.
Alguns meses depois, entrava um novo colega para ocupar a função. Inicialmente o clima era de desconfiança, quem seria, como seria, seria capaz, seria um bom colega e um bom profissional? Bastou pouco tempo para todos percebermos que sim, que era exactamente o que ansiavamos.
Integrou-se bem, e rapidamente ganhou a confiança de todos. O PM é aquilo que se espera sempre de um colega. Mais, é uma pessoa comunicativa, sociável, e que consegue facilmente criar empatia. É um motivador, um positivista, talvez até, um lider, ainda que não tenha desempenhado um papel de chefia ou liderança, tem esse perfil.
É também humilde e capaz de assumir e reconhecer as suas fragilidades e os seus erros, e é também um lutador.
Hoje é o seu último dia de trabalho. Teve um convite de uma outra empresa para desempenhar um cargo de direcção, uma função desafiante, que ele não poderia recusar. Vai e faz bem.
Eu vou substituí-lo. Vou desempenhar as funções que ele estava a desempenhar. É um novo desafio para mim, porque é bastante diferente da minha anterior função, mas acima de tudo porque estava a ser muito bem desempenhada pelo PM. Pelo que me tem sido dado a perceber nesta fase de passagem de pasta, o trabalho de base está feito. Não existia, foi o PM que o desenvolveu, com minúcia e com rigor, com o profissionalismo que lhe reconheço.
Mesmo a disponibilidade e preocupação por ele demonstra nesta fase é irrepreensível. Não é sequer habitual acontecer desta forma, com alguém que está de partida. Nestes últimos dias, como sempre, tem correspondido em tudo o que lhe é solicitado, como se a vida dele dependesse disso.
A partir de segunda-feira estarei por minha conta, o PM vai de férias antes de rumar a outras paragens.
Nunca perdi muito tempo a olhar para trás, a tentar perceber se as decisões que tomei foram as mais correctas. Da mesma forma, não o fiz em relação à minha decisão no verão de 2005, mas nos últimos dias tenho pensado nisso e, na verdade, sinto que só o facto de um dia ter trabalhado com o PM, de o ter conhecido, de ter lidado de perto com ele e de agora o ir substituir me dá uma satisfação enorme, quase indescritivel.
Desejo sorte para ambos, para mim, porque quero corresponder à confiança que o meu director depositou em mim e para ele, porque vai para um novo e difícil desafio onde a fasquia vai estar alta. Ambos precisamos apenas da sorte, pois a capacidade de trabalho é-nos reconhecida, penso que disso ninguém tem dúvidas.
Acredito que um dia, profissionalmente, nos voltaremos a cruzar. Até lá, vêmo-nos por aí, como amigos, assim o espero!
2 comentários:
Gostei de ler.
E acertaste na "mouche" no título.
Obrigado porthos!
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