sábado, 13 de setembro de 2008

O tempo que não chega

Este blog é o reflexo da minha falta de tempo.
Passo por cá para dar uma vista de olhos a ver se alguém comentou os últimos textos. Apenas um comentário. Passo por outros blogs para ir vendo as actualizações. Apenas os imprescindíveis. Vou acompanhando o que se passa e, até, percebendo que o novo programa da Teresa Guilherme é uma coisa nunca vista. Ouço alguém comentar, mas já tinha lido aqui nos blogs.
Vou aproveitando para dividir o meu tempo entre o costume. Trabalhar, trabalhar, trabalhar, jantar com as pessoas do costume em dias diferentes. Ir ás habituais futeboladas. Desmarcar com quem apetece estar menos para estar com quem apetece mais. Combinar programas que depois não se cumprem - nunca se cumprem - e, depois, com muita tristeza e sentimento de que estou a falhar, perceber que não estou com a minha irmã e os meus sobrinhos há mais de duas semanas. Sempre a adiar o que mais que uma obrigação, é um grande prazer. «Talvez passe hoje. afinal não, prometo passar amanhã... Não consegui sair mais cedo. Fica prometido para amanhã. Amanhã não estão cá? Fica para... para... para Domingo à tarde, pode ser?»
E assim se vai levando tudo ao limite. O deitar tarde e dormir mal. O trabalho que acumula porque as solicitações são mais que muitas. «Tudo bem. Combinamos para Sábado. Fazemos isso no Sábado. Eu levo o computador. E a reunião? A reunião fica para terça, porque segunda já tenho uma marcada. Mas afinal que convocatória é aquela para reunião na quarta? Com quem? Mas sobre o quê? Tenho mesmo que estar presente?» Quase tudo se torna adiável.
Sair do trabalho depois das nove, ir jantar, aproveitar para estar com aquela pessoa e acreditar que apesar do cansaço e da falta de paciência, nos vai fazer bem. Não tenho fome. A conversa não flui. «Não puxes por mim, por favor. Estou cansado. Só quero estar, mais nada.»
Voltar a avançar. Ficar na dúvida. Estar bem. Sentir orgulho por estar bem. Fazer tudo bem. Ter vontade de continuar a fazer bem.
Fim-de-semana. Final de dia de trabalho. Um momento especial. Um jantar desmarcado e outro que aparece no momento certo. A companhia que apetece, mais aquela que não apetece mas que é bem vinda. Um serão calminho, mas divertido.
A certeza de que amanhã, mesmo que conseguisse planear de forma científica, seria difícil encaixar tudo de forma a não me atrasar para o jantar. A correr bem, chegarei com uma hora de atraso. Não digam a ninguém...


2 comentários:

Maresia disse...

Eu não digo a ninguém... Mas sempre vou dizendo que o tempo é o que fazemos dele e que devemos tê-lo para aquilo que é realmente importante.

Maresia disse...
Este comentário foi removido pelo autor.