quinta-feira, 3 de julho de 2008

Marketing de serviços

Acredito, desde sempre, que o marketing de serviços não é tarefa fácil. Primeiro, porque um serviço vende um bem intangível, logo um bem que não é palpável, além de que nunca se chega a ter posse. Depois, porque como não se consome e não é perecível - podendo mesmo não ter um ciclo de vida definido - não se recompra num curto espaço de tempo.
Dou-vos, como exemplo, a banca. Todos os bancos vendem o mesmo serviço. A grande diferença está na notoriedade que cada um adquire ao longo do tempo.
Pois eu tenho o meu banco em boa conta, o que me mantém fidelizado ao mesmo.

Hoje recebi uma carta do meu banco. Uma campanha de marketing muito bem pensada. Sinto-me feliz pelo prestígio que o meu banco me atribui.
Senão, vejamos. O meu banco, enviou-me uma carta (será, talvez, melhor aplicar a palavra missiva?), missiva essa assinada pela (reparem na designação da função) Directora Coordenadora Marketing de Comunicação e Estudo do Consumidor.
Nessa carta informaram-me que tenho neste momento um crédito pré-aprovado de um determinado valor.

Estou contente com o meu banco por me ter concedido um crédito para eu gastar no que eu quiser. É uma atitude bonita, a do meu banco. É ainda mais bonita porque o meu banco me concede um crédito de um valor praticamente igual ao valor que eu tenho aplicado no mesmo. É um bocadinho acima, para não dar muito nas vistas.

Então, portanto, deixa cá resumir isto.
O meu banco, por me ter como cliente, por me ter em boa conta, oferece-me a possibilidade de eu ter um crédito pré-aprovado para eu investir em "projectos que são importantes" (é o que vem escrito!) para mim. Assim, se eu quiser invertir em projectos que sejam importantes para mim, o meu banco empresta-me o meu próprio dinheiro. Ah! E ainda pago uma pequena taxa de 11%. Coisa pouca!

É simpático, o meu banco!

O Banco Verde?! Verde fico eu com estes marketeers!

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