sábado, 31 de maio de 2008

Um texto sem sentido

De repente, dás-te no meio de uma cena tão marada, tão marada, que nem sabes para que lado te vais virar.
Se fosse possível juntar o melhor das partes para construir o todo... mas infelizmente não é possível...
Depois temos que escolher, temos que tomar decisões. Percebemos que as decisões emocionais continuam a ser piores do que as racionais. Mas o que está feito já não tem volta. Escolher objectos necessários ao bem estar do dia-a-dia tem que ser, acima de tudo, racional. Eu decidi de forma emocional.
Isto, comigo, passa-se todos os dias.
Às vezes não me entendo, mas continuo a gostar muito de mim. Egocêntrico? Penso que não. Apenas orgulhoso por, apesar de tudo, não adiar nada. Decidi, bem ou mal, decidi!

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Tristeza ou Vergonha?

De há uns tempos a esta parte, tenho tido a possibilidade de conversar ou assistir a conversas com mulheres com mais de 30 anos, as quais vivem hoje a ressaca de um desamor. Essas mulheres de 30 vivem ou viveram relações que as fizeram deixar de acreditar no sonho cor-de-rosa de uma vida quase perfeita.
Se por um lado, eu faço parte do lote de "bons malandros" - desculpem lá o eufemismo, mas hoje não estou virado para o vernáculo! - por outro lado, gostava de poder olhar para essas mulheres e, eu próprio, acreditar que ainda vamos todos a tempo de viver vidas quase perfeitas.
Olho para elas e, enquanto homem, continuo a vê-las como mulheres bem interessantes que são, embora numa boa parte dos casos, elas já não se sintam assim interessantes, não se sintam seguras e muito menos acreditem que haja homem algum que as faça voltar a sonhar.
E, afinal, onde está o erro? Porque é que estas coisas acontecem? Porque é que acontecem assim tantas vezes?
Porque ninguém, homem ou mulher, está hoje disposto a fazer sacrifícios, a ceder e a perceber quem está do outro lado. E não, não são só os homens os culpados. Embora os homens sejam, de facto, mais culpados! As mulheres, apesar de lutarem mais, de serem mais sofredoras e de serem capazes de perdoar mais vezes ou mais facilmente, também não percebem que do lado de lá está alguém que continua, nos padrões actuais da sociedade, a ter a vida a jogar mais a seu favor e por isso a facilitar mais, a desleixar-se mais, a distrair-se mais, mostrando, erradamente, menos interesse na construção do sonho de ambos.
Além disso, há a liberdade. Tal como em toda a história do mundo, a liberdade, depois de conquistada é, muitas vezes, mal empregue ou empregue de forma extrema. Por isso, a liberdade pela qual as mulheres tanto - e bem - lutaram, é extremada, acabando por ser usada para vincar posições e mostrar que têm direito à sua própria liberdade, desistindo de lutar por aquilo que, afinal elas também querem, que é uma relação saudável e assente em valores.
À medida que o tempo avança, dou por mim a pensar em como nós homens somos ou fomos capazes de fazer alguém sofrer. Em primeiro lugar, nós não merecemos. Em segundo lugar, era suposto as pessoas excluirem de dentro de si e das suas vidas as coisas piores que lhes acontecem ou aconteceram, mas as mulheres não o fazem. Sofrem, sofrem porque nós as desiludimos, sofrem porque acreditaram e sofrem ainda porque perceberam que acreditaram mais do que nós. Por fim, percebo a sorte que temos quando vejo uma mulher sofrer por um homem e percebo que esse homem não o merecia e percebo-o melhor quando esse homem não sou eu.


Resumindo, envergonho-me de fazer parte do lote e fico triste por nós, homens, termos esta imensa capacidade de magoar pessoas que, afinal, durante algum tempo foram muito importantes nas nossas vidas.



(A úlima conversa que tive sobre o tema foi na 2º feira, no regresso de Lisboa! Uma viagem animada, debaixo de chuva!)

domingo, 25 de maio de 2008

Porto-Lisboa-Algarve-Porto-Lisboa

Sexta-feira.
Viajo para Lisboa. Almoço. Reunião.
Viajo para o Algarve. Evento/Jantar.
Sábado. Formação. Almoço.
23h. Estou de regresso a casa. Doem-me as costas.
Duche. Comer qualquer coisa. Sair. A vida é curta.
Domingo. Vou às compras. Encho o frigorífico.
Preparar apresentação para amanhã.
Amanhã. Lisboa. Apresentação/formação. Os formandos sabem mais do que eu. Tenho que estar à altura...
Música.


sexta-feira, 23 de maio de 2008

Nada em troca

Quando faço algo por alguém, não o faço à espera que me retribuam, nem cobro o que faço. Faço porque gosto da pessoa, ou porque entendo que determinada pessoa merece que o faça. E dá-me prazer fazê-lo. Dá-me prazer ajudar alguém a ser mais feliz, a ficar mais contente, a sentir-se um bocadinho melhor. Obviamente que não sou "o bom samaritano", não sou escuteiro, nem me ocupo a fazê-lo todos os dias.
Isto tudo até pode ser muito bonito, até pode ser muito bom, até pode fazer de mim melhor pessoa ou, ainda, por o afirmar aqui, criar uma imagem de mim de um tipo porreiro, que vive a vida feliz a fazer o bem. Nada disso. Não sou assim. Há muita gente que é até capaz de afirmar o contrário, tenho essa ideia!
Lembrei-me de escrever sobre este tema, mas não porque queira evidênciar algum gesto ou acção que tenha feito que comprove o que digo. Não. O que me faz escrever este texto é sentir, cada vez mais, que as pessoas dão cada vez menos valor á medida que fazemos mais e mais por elas. Ou seja, um gesto isolado tem muito valor, mas muito gestos repetidos no tempo têm menos valor. Pior ainda, quando esperamos que as pessoas, num determinado momento, façam algo por nós, não como troca, nem como forma de pagamento, mas apenas pelo prazer, aquele mesmo que sentiram quando fizemos algo por elas.
Nunca vou cobrar por o ter feito, mas é pouco provável que continue a fazer as coisas, da mesma forma, com o mesmo prazer, a uma pessoa que, quando eu precisei de ajuda, por mais complicado ou simples que tenha sido, não tenha mexido um único dedo.
Ao mesmo tempo, não me arrependo de ter feito o que quer que fosse para ver alguém melhor, mas não quer dizer que se a situação se repetir eu o volte a fazer.
E sabem o que é que me aborrece mais? É que como felizmente (Graças a Deus!!!) preciso tão poucas vezes, de tão pouca coisa, quando preciso noto bem as ajudas que aparecem. As voluntárias, claro. Se aparecem!
É também possível que eu esteja completamente errado!...

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Este anúncio está fantástico...





Fica aqui a versão completa.
Se gostarem da música, comentem. Eu posso disponibilizar o mp3!

Almoço

Hoje esqueceram-se de mim ao almoço. Esqueceram-se de me perguntar se ia com eles. Ou então não me quiseram convidar, não me quiseram perguntar se eu queria ir com eles. Sim, coloco ambas as hipóteses, não sou assim tão presunçoso.
Poderia ficar aqui a lamentar-me. Mas não. Esse esquecimento pode ter trazido novas perspectivas. Dava jeito que sim. Vamos a ver. Vamos forçar. Ah! O almoço foi agradável, a conversa foi interessante, não me senti deslocado, apesar de tudo. De tudo...
No início da tarde fui ter com eles/elas para saber quem se tinha esquecido de me convidar para o almoço. Descobri os culpados. E tive vontade de lhes agradecer o esquecimento, mas o meu momento fui-vítima-do-vosso-esquecimento-e-quero-que-vocês-saibam-disso-e-peçam-desculpa-porque-isso-não-se-faz já não teria a mesma piada. Um gajo quando quer também saber agir como as gajas...

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Coisas que enchem o coração

- Padrinhoooooo!
- Meu meninooooo!
- Padrinho, sabes, já não tenho chupetas. Cheguei a casa e eu e o papá metemos a chupetas no lixo e eu disse: «adeus chupetinhas, até p'ó ano!!!!». Compras-me uma prenda?
- O que queres que eu te compre?
- Não sei, tu é que sabes. Pode ser uma prenda grande e pesada.
- Grande e pesada?
- Sim. Muito grande e muito pesada.

Eu eu comprei!!!

E ele gostou muito!!!

- Padrinho, tens que vir que eu preciso que me ajudes a montar as torres. A mamã e a vóvó não sabem e eu também não consigo.
- Então e o vuvu não te ajuda?
- Não porque ele também não sabe.
- E o papá?
- O papá não está. Vens padrinho? Vens?
- Vou. Vou já p'raí! Espera-me.

Quando lá cheguei o papá já tinha chegado e ajudado. E ele estava todo excitado com a prenda nova! E eu e ele estavamos felizes!...

domingo, 18 de maio de 2008

Ombros

Na sexta-feira fui ao Twins. Não é dos meus locais de eleição, mas é um local com boa pinta. Passado o período de "ponto de encontro" dos cinquentões à procura das quarentinhas e das trintonas e quarentinhas à procura de... g€nt€ d€ b€m na vida (o que é bem diferente de gente de bem com a vida), o Twins pareceu-me agora o local de divertimento noturno com uma miscelanea de faixas etárias, mas acima de tudo, um local de pessoas com bom aspecto ou pessoas que aspiram a isso.
O exercício de observação é um exercício que eu levo ao extremo. Defeito ou feitio, é exercício que me agrada muito, principalmente em locais com mulheres bonitas, como foi o caso do Twins.
Nós gajos, como toda a gente sabe, quando vemos uma mulher gira, ficamos alheados dos mundo. De imediato, tiramos a fotografia completa. Completa?? Bem, mais ou menos. A cara, as mamas, o rabo (não obrigatoriamente por esta ordem). Certo, meninas? Sim, todos nós reparamos de imediato neste triângulo, seja lá por que ordem for. Digamos que serve de rastreio. A avaliação difere de homem para homem e, por isso, não poderei definir aqui um género, mas apenas o meu gosto. As que passam no teste da foto serão depois "vítimas" da observação pormenorizada. O cabelo, a anca, a barriga, o umbigo (quando à vista), as pernas, os pés, os lábios, as mãos, as unhas, o sorriso e... os ombros (de preferência à vista). Cada um de nós irá, mediante os próprios gostos, observar cada parte, avaliando depois o todo.
Não sei quantos homens avaliam os ombros das mulheres, mas para mim é parte fundamental. A cara deve ser de mulher, não de menina, nem de boneca - se é que me faço entender - as mamas preferencialmente pequenas, bem como o rabo, as pernas esguias (nas mulheres altas) ou bem proporcionadas (nas mulheres baixas), os ombros devem ser sempre bem torneados. Entendo que não será fácil explicar aqui o que isso é, nem porque me cativa, mas que gosto muito de ver uns ombros, lá isso gosto! E sim, reparo em cabelos bem tratados, de preferência sem franja (é trauma, por durante muitos anos ter visto a minha irmã com franja), em unhas bem tratadas e femininas, pintadas, de preferência. Gosto de um sorriso inocente e brilhante. Depois vem a postura. Há quem goste de mulheres espampanantes, que chamem a atenção. Eu gosto delas discretas mas desinibidas, confiantes, mas não presunçosas. E o andar, feminino, com um ligeiro mas marcado abanar de anca, confiante, a transpirar auto-estima. Gosto.
Muito fútil? Não. Nada disso. Dou valor a muitas outras coisas, mas como não são físicas, não as consigo encaixar neste texto. Fica para outra altura.

No meu vagar

Isto por aqui tem andado pouco activo, eu sei.
Não poderei dizer que seja falta de tempo, porque os 30 minutinhos do costume continuam a existir.
O que acontece, na verdade, é que estou a integrar-me na minha nova empresa, e a absorção da informação, a adaptação a uma nova realidade (bem diferente, por sinal), me deixa sem grande inspiração para escrever uma linha que seja. Mas à medida que o tempo for passando, isto voltará ao normal, tenho a certeza.
Portanto este texto é, oficialmente, o novo arranque. Até já!
ADENDA: Um dos blogs de leitura habitual passou a ter acesso restrito. Fiquei surpreendido!

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Esta é repetida

Mas hoje faz sentido!!!

domingo, 11 de maio de 2008

É uma pena... mas o meu obrigado!

Hoje é o último jogo dele.
Ele foi o melhor jogador que alguma vez vi jogar no Benfica.
Ele foi desde sempre o jogador que mais admirei.
Ele é, ainda, o melhor jogador que o Benfica tem.
Partilho com ele o primeiro nome e o amor ao maior clube português.
Um dia, os meus sobrinhos vão-me perguntar quem foi ele. Vou ter um enorme orgulho em lhes explicar que foi o melhor.
Tenho pena que o final da carreira não tenha sido abrilhantado pelos troféus que ele merecia levantar, nesta última passagem pelo revaldo do Estádio da Luz.
Tenho pena que ele não continue, pelo menos, mais um ano. A magia que espalhou e espalha no campo de jogo é intemporal e seria muito bom vê-lo sair com um troféu.
O número 10 pertence-lhe a ele. Dizer que um determinado jogador joga "na posição 10" é dizer que um jogador joga na posição "Rui Costa".
A bola nos seus pés faz tudo parecer tão simples, tão perfeito.
Ele é o maestro.
E esta é a minha homenagem. Ao melhor. Ao sempre grande Rui Costa.
(obrigado também a quem colocou este video no youtube. a música não poderia ser melhor)


Parece que sim



Parece que estou de volta.
Penso por onde vou começar. Escolho. Madrid. Começo por Madrid.
Então cá vai...

A capital do país vizinho é grande, gira, limpa, com grandes espaços verdes, ruas e avenidas largas e movimentadas.

Começo pelo Parque del buen retiro. Colossal. Cheio de pessoas, de famílias, de casais, de amigos, que aproveitavam o enorme espaço verde para se divertirem, para conviverem ou para fazerem desporto. Nunca a um Domingo tinha visto tanta gente a partilhar o mesmo espaço público.

O Centro de Arte Reina Sofia também me fascinou. Primeiro, o edifício, lindo, de uma arquitectura fantástica numa perfeita união entre o edifício antigo e a nova ala. As peças de arte que lá encontrei... bem... variaram entre alguns clássicos de sonho - dos meus sonhos, como o Guernica - ou algumas esculturas fantásticas, aos já habituais embustes a que chamam arte. E não me venham os iluminados dizer que estou errado. Não estou. Por mais que eu não perceba nada de arte - que não percebo - parece-me demaisado evidente que qualquer pessoa com a mínima formação em artes consiga fazer igual. Mas voltando ao espaço, foi um dos mais fantásticos museus que já visitei.

A estação de Atocha, linda, mas infelizmente manchada pela memória do 11 de Março.

O Palácio Real, onde se pode ver recolher mais um pouco da história que é transversal a toda a Europa, onde se cruza a história de Portugal e Espanha ou a história de Espanha e dos Habsburgs. A sala de armas leva-nos para dentro da história.

O Convento de las descalzas reales e a arte sacra que, por norma não aprecio, mas que desta vez, talvez pela explicação da guia, me pareceu muito interessante. E saber que exite lá uma noviça, de 19 anos... Pensei que já não havia disso!!!!!!

O Museo del Prado. Enorme, cansativo. Uma exposição temporária de Goya, com uma grande parte da sua obra. Os famosos quadros "El dos de mayo" e "El tres de mayo" que relatam as invasões francesas. Algumas das mais famosas obras de Velasquez, como a obra "Las Meninas".

Depois, de uma forma geral, toda a cidade. As ruas, as praças, a Movida, as fachadas dos prédios, a comida, as tapas, as cañas, os bocadillos, tudo. Gosto de tudo. Só falta o mar. Por muito que goste da cidade, Madrid não tem mar, nem rio. Mas gostei e hei-de lá voltar...

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Mudança

Pois é! A mudança de emprego tem destas coisas.
Ainda não tenho o computador completamente operacional, pelo que não o posso levar para casa e aceder à internet a meu bel-prazer.
Assim, a actividade blogosferica tem estado suspensa. E assim continuará até à próxima semana, para que aí, sim, possa contar as novidades. As férias em Madrid (com fotos), a adaptação à nova empresa e aos novos colegas e a vida em geral.
Assim vai a minha vida, por estes dias...