quinta-feira, 31 de julho de 2008

Mais um grande momento

Insisto na ideia que já aqui deixei de viver a vida ao momento.
Assim foi ontem. Mais um, mais uma noite que ficará para sempre no cantinho das memórias.
Eu, o P., a S. e a P..
Há muito prometido, concretizou-se o tão aguardado jantar. Esforcei-me para que todos os pratos - foram cinco - ficassem quase perfeitos, que harmonizassem bem com os vinhos e, partindo desta base, se atingisse um nível de diversão e prazer digno de ser recordado.
Se eu era o anfitrião e o cozinheiro de serviço, como era esperado, o P. foi o animador de serviço, sempre igual a si próprio, capaz de transformar a mais simples das conversas na mais animada e divertida.
A S. e a P. já me tinham dito que o jantar seria apenas a forma encontrada para matarmos saudades, para estarmos juntos e para partilharmos as novidades e acontecimentos, no entanto eu queria e consegui que o jantar fosse especial. Foi a forma que encontrei de lhes demonstrar o meu carinho por elas.
Reunidos todos estes "ingredientes", resultou uma noite memorável, que para elas terminou ainda antes da uma da manhã e que para mim e para o P. se estendeu até às cinco.
Ficou a promessa de nos voltarmos a encontrar todos depois das férias.
Por mim tudo bem. Enquanto puder coleccionar momentos, fá-lo-ei...


quarta-feira, 30 de julho de 2008

Férias

Em contagem decrescente para as férias, começo a ter a noção de, por vários motivos, ter escolhido mal o período de férias.
Quer dizer, não é um mau período, mas a verdade é que há tantas coisas a começar que o melhor seria ter marcado as férias para a 2º quinzena.
Como se isso não fosse já suficiente, as previsões climatéricas para as datas em que vou estar nas diferentes cidades é de chuva...
Estou tão dividido em relação ao meu sentimento por ir de férias que pareço parvo.
Férias são férias. São para gozar, são para mudar de ares são para ser bem aproveitadas. É o que espero fazer.
Ah! Já agora, ando alegremente cansado... E é bom. Às vezes gosto muito desta vida de pêndulo... (um dia explico porque adjectivei assim a minha vida actual!)



domingo, 27 de julho de 2008

O que somos

Somos sempre o resultado do nosso passado, de onde estivemos, com quem estivemos e o que fizemos. Para os outros, os que estão à nossa volta, o nosso passado não interessa. Alguém gostar de mim ou eu gostar de alguém, é gostar da pessoa que somos no presente e assumir que o que somos é resultado do que fomos.
Todos os erros que cometi, todas as certezas que tive, todas as dúvidas que tive, todos os locais por onde passei, fazem de mim o que sou hoje.
O importante é gostarmos de nós próprios apesar de todo o nosso passado, e, se possível ter crescido e continuar a crescer no futuro. Ser melhor.
Sabemos que vamos mudar - faz parte da evolução - mas devemos sempre mantermo-nos fiéis àquilo em que acreditamos, indiferentes ao que passa à nossa volta, indiferentes às opiniões de quem é diferente de nós.
Devemos sempre assumir o que somos. Porque é mais importante acreditarmos em nós do que acreditar nos outros. E, por muito que tudo nos seja premitido, é sempre melhor seguirmos o nosso caminho.
Não somos todos iguais nem temos que ser. É nas diferenças que evoluimos.


sábado, 19 de julho de 2008

Deixar rolar

É sobre os aspectos da vida pessoal que escrevo hoje. Obviamente que as linhas que se seguem não se aplicariam em situações profissionais porque aí antecipo os problemas e condiciono os resultados pelo máximo controlo que puder ter sobre eles. Aí, nada acontece por acaso.
Dificilmente contrario o desenrolar dos acontecimentos - o destino, diriam outros. Eu não aplico o termo.
Nos últimos anos apenas por uma vez condicionei os acontecimentos a um único resultado possível e parece que fiz bem.
Tenho vindo a deixar as coisas rolarem ao ritmo que devem rolar. Sem condicionalismos. O que tiver que acontecer, acontecerá.
Os condicionalismos que impomos a nós próprios ou ás situações da nossa vida não são mais do que assumir que somos pequenos deuses capazes de fazer as coisas acontecerem ou não.
Aliás, mais depressa forço para que aconteçam do que para que se dissipem no tempo e morram. Não mato os momentos. Vivo-os. Por vezes os resultados são maus - é o preço a pagar pelos resultados bons. Mesmo nos maus, não me deixo ficar e tento ver apenas o que houve de bom.
Acredito nas coisas boas que nos acontecem como sendo o resultado da nossa capacidade de as construir. É evidente que é mais fácil destruir o que já foi construido, mas é bem melhor sentir e ter orgulho no que se constrói.
E por isso, não renego, nem condiciono. Deixo rolar. E se acreditar, não vale a pena dizerem que não vai ser assim. Porque eu não acredito em pequenos deuses.

Morena de olhos baços

Olho-te nos olhos, tentando saber como estás. Não consigo.
Os olhos estão baços. Os meus não te conseguem chegar à alma.
Lá em cima, no céu vemos a lua cheia, mas nem ela te faz brilhar o olhar.
Por mais quanto tempo estarás assim?
Uma vida sem brilho no olhar não é uma vida, é só uma coisa qualquer a que poderemos chamar de vida imperfeita.
Morena dos olhos baços
Velados de não sei quê,
No mundo há falta de braços
Para o que o teu olhar vê.
Fernando Pessoa

Swing from high to deep

Num mesmo dia podemos passar por vários estados de espírito.
Hoje, apesar do imenso cansaço acumulado ao longo de vários dias sempre a deitar tarde e a levantar cedo, que culminaram numa noite de ontem em grande e, por isso, numa curtíssima noite de sono, o dia começou bem.
Depois, bem, depois foi sempre a descer. Ao final da tarde o cansaço e a paciência já tinham voado para longe de mim. Dizem que foram de fim-de-semana.
Foi pena. a falta de boa disposição e o cansaço que não consegui contrariar contribuiram para que o jantar fosse uma seca. Foi pena, repito. Deixou-me ainda mais irritado.
Porque no meio de tanta falta de tempo, a última coisa que se espera é que no dia em que finalmente consegui combinar um jantar na companhia da pessoa mais fantástica e entusiasmante que conheço - a única capaz de me dar na cabeça a cada vez que digo as coisas com certezas absolutas - o estado de espírito não só não se alterou, como o cansaço deixou-me quase inerte. Dizem que é do calor.
Agora vou domir porque amanhã é Sábado e, sendo assim, vou aproveitar este Sol fantástico para ir... trabalhar. Dizem que o gajo é estúpido.



(há desconhecidos que nos conseguem surpreender bem mais do que muitos outros conhecidos. Apesar de quase ter partido um dedo nos correios...)

terça-feira, 15 de julho de 2008

Neste mar que navego

Nas suas já habituais caminhadas de final de tarde junto ao mar reparou naquele objecto que brilhava na praia.
De cada vez que a água beijava a areia, descobria-a mais um pouco.
Dirigiu-se ao objecto. Queria perceber o que era. A pouca distância já havia percebido o que era - uma garrafa de vidro transparente igual ás que se vêem nos filmes - e logo desejou que lá dentro estivesse uma mensagem.
Por momentos, deixou-se ficar a divagar no sonho. imaginou-se a tirar a rolha à garrafa para recolher o papel, já comido pelo sol, húmido e borratado.
Imaginou-se a retirar um papel. Era uma carta velha onde vinha escrito:
"Se no teu sorriso procuro o contágio da alegria sempre presente que me faz sentir melhor, no teu olhar encontro a certeza daquilo que me é importante - o gostar.
Como tenho referido, o gostar simples, aquele gostar das pequenas coisas, dos pequenos prazeres e dos curtos momentos.
Olhar-te nos olhos é, agora, para mim, tarefa difícil. Na verdade, não consigo deixar de olhar, mas rapidamente fujo daí, porque quanto mais dentro vou, mais vontade tenho. E sim, sei bem que a vontade e o desejo não superam o erro, muito menos o consertam.
Acredito que um dia vou poder voltar a olhar sem medo, acredito que tu vais querer que eu olhe para ti sem medo.
Talvez por teimosia, talvez por ter sido sempre assim, mantenho que o melhor das nossas vidas pode não se prolongar no tempo, mas não há medo de errar que me impeça de guardar o melhor que cada momento me dá. Se a duração for a mesma que dura um beijo, então que seja. Por vezes, arranca-se daí mais intensidade, mais vontade e mais prazer. Eu senti-o assim.
Volto ao porto. Iço as velas e parto. Parto, para já sem rumo, e sei que vou encontrar outras paragens. Parto na certeza de que voltarei. Essa certeza de que os ventos que nos levam serão os mesmos que nos fazem sempre voltar.
Nesta viagem solitária, encontro-te no Sol, no mar, na luz da Lua e no vento.
E é por isso que nunca me sinto só."
Pegou na garrafa. Era uma qualquer garrafa de vinho que ali tinha sido abandonada. Pegou nela e levou-a ao vidrão. Soltou-a e logo em seguida ouviu os estilhaços do vidro que cai no meio de tantos outros.
Nesse preciso momento, percebeu que a vida lhe dava bem mais do que uma simples garrafa velha e vazia. Bastava apenas acreditar.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

É sempre assim...

Já deveria estar a dormir, mas ainda estou aqui. Os sonos trocados nunca facilitam o Domingo...


sábado, 12 de julho de 2008

Continuação do post anterior

Já que ninguém tem tido a mínima pachorra para comentar os textos, não sei se valerá a pena este texto, mas cá vai.
Sim. Acredito que o que me foi dito é de facto a verdade. Um tipo simpático é isso mesmo... simpático (ponto).
E sim, as pessoas, por norma, têm-me nessa conta.
Felizmente, sou genuíno na minha simpatia, na minha atenção para com as pessoas, em geral, e para as mulheres em particular.
Para além disso, o que faço é "for free" e, assim sendo, o que recebo em troca é bónus.

Disse a alguém hoje que, para mim, o importante é que cada momento seja excepcionalmente bom. Um jantar de pizza al pommodoro pode ter, para mim, um valor inestimável e tornar-se num momento fantástico. Depois virão outros momentos, em que um gesto de carinho, o toque suave e um beijo bastam para tornar um momento fantástico.

Quero guardar todos os momentos fantásticos que a vida me vai trazendo e, momento a momento, serei mais feliz.
Se a vida é feita de lugares comuns, então que os momentos fantásticos, todos somados, a tornem numa vida quase perfeita.

Um dia vou saber se fui feliz. Acredito que sim. Acredito que todos os momentos fantásticos irão contribuir para que eu possa ser mesmo feliz.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Fim-de-semana

Agora que chegou o fim-de-semana, um fim-de-semana que o é realmente - o primeiro em que não trabalho desde que comecei neste novo desafio profissional - veio a chuva!
Ainda assim, espero que o que eu tinha programado e combinado não sofra alterações.

Hoje, alguém com mais uma década de vida que eu disse-me o seguinte:
«Nunca queiras que as mulheres te achem simpático. É preferível que te achem um sacana ou, melhor ainda, que achem que as tratas com indiferença, a tal ponto de acharem que és Gay. Quando te acham simpático, a única hipotese que terás é de tornares amigo delas, confidente.» O que vos parece? Fica para pensarem durante o fim-de-semana. Eu voltarei ao assunto e darei a minha opinião.

Até lá, desejo a todos um bom fim-de-semana.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Férias

Quando mudei de emprego negociei, desde logo, duas semanas de férias em Agosto. As duas primeiras, para ser mais preciso.
Hoje fechei o itinerário deste ano com o meu amigo e companheiro das férias de há um ano.
Se para uma boa parte das pessoas, férias em Agosto são férias de praia, para mim férias dificilmente coincidem com a praia.
Para este ano escolhemos viver mais uma experiência na senda da de há um ano. Europa Central.
Percurso (a ordem ainda não está fechada): Berlim, Cracóvia, Auschwitz e Varsóvia.
Serão onze dias a percorrer a história. Estou em crer que será, muito provavelmente, uma experiência inesquecível e será daqui a precisamente um mês.

Marketing de serviços

Acredito, desde sempre, que o marketing de serviços não é tarefa fácil. Primeiro, porque um serviço vende um bem intangível, logo um bem que não é palpável, além de que nunca se chega a ter posse. Depois, porque como não se consome e não é perecível - podendo mesmo não ter um ciclo de vida definido - não se recompra num curto espaço de tempo.
Dou-vos, como exemplo, a banca. Todos os bancos vendem o mesmo serviço. A grande diferença está na notoriedade que cada um adquire ao longo do tempo.
Pois eu tenho o meu banco em boa conta, o que me mantém fidelizado ao mesmo.

Hoje recebi uma carta do meu banco. Uma campanha de marketing muito bem pensada. Sinto-me feliz pelo prestígio que o meu banco me atribui.
Senão, vejamos. O meu banco, enviou-me uma carta (será, talvez, melhor aplicar a palavra missiva?), missiva essa assinada pela (reparem na designação da função) Directora Coordenadora Marketing de Comunicação e Estudo do Consumidor.
Nessa carta informaram-me que tenho neste momento um crédito pré-aprovado de um determinado valor.

Estou contente com o meu banco por me ter concedido um crédito para eu gastar no que eu quiser. É uma atitude bonita, a do meu banco. É ainda mais bonita porque o meu banco me concede um crédito de um valor praticamente igual ao valor que eu tenho aplicado no mesmo. É um bocadinho acima, para não dar muito nas vistas.

Então, portanto, deixa cá resumir isto.
O meu banco, por me ter como cliente, por me ter em boa conta, oferece-me a possibilidade de eu ter um crédito pré-aprovado para eu investir em "projectos que são importantes" (é o que vem escrito!) para mim. Assim, se eu quiser invertir em projectos que sejam importantes para mim, o meu banco empresta-me o meu próprio dinheiro. Ah! E ainda pago uma pequena taxa de 11%. Coisa pouca!

É simpático, o meu banco!

O Banco Verde?! Verde fico eu com estes marketeers!