Entre uma qualquer esplanada na foz e um passeio pelo parque da cidade, conversamos sobre muitas coisas.
Eu, prestes a completar trinta anos, ele, cento e vinte dias mais velho. Conhecemo-nos - nenhum de nós sabe precisar - algures entre os três e os cinco anos de idade. Estudamos juntos até ao oitavo ano, sempre bons alunos, ele melhor do que eu. Ele tinha um talento revelado desde cedo, eu, nem por isso - pelo menos até à data nunca foi descoberto. Ele faz o que gosta. Eu gosto do que faço. Ambos somos bons no que fazemos. Eu já tive a oportunidade de o demonstrar, ele ainda não.
A vida tem-me sorrido muito mais a mim do que a ele, mas ele não desiste e luta. Admiro-o muito, pela paixão com que fala das coisas que sabe e que gosta, mas que ainda não conseguiu demonstrar. Eu ouço-o. Ainda que muitas vezes não perceba o que diz, ouço-o. No fim, aprendo sempre algo novo, diferente.
Mas o que fica é sempre igual. Uma amizade que dura enquanto nós durarmos. É assim que se vê a força de um nó.
2 comentários:
Fica-te bem esta forma de ver a vida... Espero que não percas nunca a vontade de atar outros nós! Beijo meu
Muito bonita uma amizade assim :)
Obrigado pela visita ao meu blog. Acertaste que fazia parte de uma banda sonora ;) Vou passar pelo teu com mais calma porque algo me diz que vou gostar.
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