Depois de três horas de sono lá me levantei.
Nada em mim parecia querer funcionar. Resisti. Arranjei-me mais rápido do que é habitual e saí.
Á hora certa cheguei ao local marcado. Não estava ninguém. Ao contrário do que é habitual, fui o primeiro a chegar. Então, comecei a contar os minutos pensando que cada um desses minutos poderiam ter sido mais um minuto de sono profundo. Ao fim de cerca de cinco minutos chegou o primeiro colega, vinte minutos depois, outro e, por fim, já com meia hora de atraso, o último. Pensei como me teria sabido bem essa meia hora. Julgo que daria até para um episódio de um qualquer sonho meu. Seguimos viagem.
Cerca de trezentos quilómetros depois, feitos a um ritmo bastante elevado, lá chegamos. O que fomos lá fazer? Efectivamente, poderia responder «nada». Mas senti que não foi verdade. Sentimos que nestes casos, a presença é importante. Porque dizemos «agora que precisas, nós estamos aqui. Perdeste hoje uma parte de ti, mas nós estamos aqui, para te confortarmos, para te darmos força enquanto sofres.»
E regressamos.
É nestas alturas que me lembro que há coisas mais importantes para fazer na hora do trabalho.
O trabalho fica para depois, quando tudo regressar ao normal.
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