sábado, 16 de junho de 2007

To be or not to be... gay - O REGRESSO

Embora tenha alguns posts para editar e publicar, este passou a ser absolutamente prioritário.
A quem por aqui passa com alguma regularidade, seguramente se lembram do título deste post.
Ontem, quando fui ver o e-mail associado a este blog tinha lá um comentário sobre o referido. Como o autor não se identificou, decidi carinhosamente tratá-lo por Gaynónimo.
Porque sou muito dado e não sei guardar o que é bom só para mim, partilho esta pérola com os queridos clientes deste tasco. Aqui fica (nem sequer corrigi os erros e gralhas):

«lol, vc tem uma doença psicosocial, os corpos sao diferentes, a finalidade é amm, dar prazer, e isso td a gente tem quer com um ou outro. os gays nao kerem ser mulheres, eu sou gay. simplesmente vc gosta de meloa e eu de banana, qual é o drama? tds a gente é tutifruti


Meu caro Gaynónimo,
O texto que escrevi era apenas uma tentativa de, num registo descontraido e divertido, brincar com uma situação e não com as opções de cada um. Aliás, a minha pretenção era a de elogiar e valorizar as mulheres enquanto seres que admiro e venero.
Não tenho nenhuma doença psicossocial, nem sou homofóbico. Aceito as opções de cada um e frequento espaços onde todos convivem harmoniosamente, e, desde que ninguém ultrapasse a distância social, tudo muito bem - é claro que, comigo, as mulheres estão sempre à vontade para ultrapassarem essa distância social!

Quanto a dar prazer, eu esforço-me por o dar - o prazer, entenda-se - às mulheres, os outros dão-no a quem quiserem, desde que seja uma opção livremente assumida.

No que toca ao pomar, por muito que goste de fruta, a analogia entre a mulher e a meloa não me parece que tenha sido feliz. Quando falamos de mulheres, se quisermos falar de fruta então a expressão que melhor se aplica é que as mulheres "são outra fruta"!

Para mim são resultado de fruta transformada em vinho. Senão, vejamos: Têm aroma intensos, são suaves e elegantes e na boca são doces e com um final longo e persistente. E para não ser deselegante, nem vou referir que se conservam melhor na horizontal e com pouca luz, nem vou dizer que é preciso abri-las e dexar respirar para sentir melhor os aromas.

Toda a gente ser "tutifruti" também me parece dúbio. Nem toda a gente é fruta. É verdade que os há que são morangos (com açucar), os que são adstringentes como os diospiros antes de amadurecer - quem nunca provou? - e também conheço os que são mesmo bananas! Há ainda os maçãs-podres, que são aqueles que fazem apodrecer toda a fruta que se encosta a si. Mas há muita gente que não pode ser fruta, porque são marisco, fresco e a saber a mar, ou carne tenra e suculenta, e ainda os que, como eu, são fibra (ok! ok! estava a brincar! Não quero dar uma imagem daquilo que não sou.).

Por isso, meu caro Gaynónimo, fruta que é fruta não se quer do pacote.



Agora vou dormir porque deitei-me tarde e levantei-me cedo para ir à festa do infantário do meu afilhado (digam lá que eu não sou um padrinho exemplar?) e hoje a noite avizinha-se novamente longa, para mal dos meus pecados. Pode ser que não! Pode ser que a malta não esteja em estado de poder sair hoje e, assim, deixarem-me sossegado!

Próximos textos: Um olhar sobre a baixa e Protagonismo (não obrigatoriamente por esta ordem)

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