Este foi, para mim, um ano diferente.
Depois de um 2006 que terminou com mudanças profundas na minha vida, 2007 foi um ano de arrumação. Arrumei o passado no lugar onde merece estar - um lugar de destaque, de respeito e de pena por ter falhado.
Passei a primeira metade do ano a olhar para trás, assumindo para mim próprio as culpas que me cabem no falhanço. Foi um período difícil, de angústia, que foi melhor superado com a ajuda dos amigos. Foram eles que me deram a mão e, se sempre achei que os meus amigos são do melhor que a vida me poderia proporcionar, passei a dar-lhes mais importância, a disponibilizar mais tempo para eles e a querer que eles fizessem ainda mais parte da minha vida.
A segunda metade do ano foi vivida a olhar para a frente, com um positivismo muito grande - embora nem sempre o tenha feito transparecer nos textos. Tenho tido uma vida social muito activa, mas mais do que activa, preenchida por actividades mais enriquecedoras. Temos, eu e os meus amigos, aplicado parte do nosso tempo em actividades que apetece sempre repetir ou pelo menos relembrar. Tenho conhecido novas pessoas e tenho ganho com isso. Hoje não tenho tempo para o que não me interessa. Se não acontecer nenhuma hecatombe, fecharei o ano em grande, rodeado pelos amigos em duas noites para mais tarde recordar. Estou até mais excitado com a noite de amanhã do que propriamente com a do reveillon. Pena ficar a faltar uma pessoa lá no meio.
Para 2008 espero poder cumprir com algumas coisas em que tenho falhado. Mais tempo para a minha irmã mas, principalmente, para os meus sobrinhos, com especial atenção para o mais velho, o meu menino!
Com os amigos as coisas deverão manter-se a este nível. Já temos alguns fins-de-semana programados. Quanto às férias, ainda em aberto, logo se verá como e para onde vamos e quantos seremos.
Para mim próprio algumas coisas estão já pensadas. Revelá-las-ei à medida que as for cumprindo. São pessoais e para já intransmissiveis. Fica aqui um desejo explícito: gerir melhor o dinheiro para conseguir cumprir um sonho: ter a minha casa paga antes do meio de 2009. Não vai ser fácil, mas também não é nenhum absurdo. A ver vamos.
É impossível dissociar o pessoal do profissional na medida em que para mim o meu trabalho é uma parte da minha vida, de mim, do que sou e do que o me proporciona. Também aí o ano se dividiu em dois. O primeiro semestre vivido de forma desmotivada pelas alterações a que assistimos, pela pressão de andar para a frente sem estratégia definida. Superamos as dificuldades e, mais uma vez, fomos a prova de que somos insuperáveis. Em Julho apareceram dois cenários diferentes de mudança: a saída da empresa para abraçar um novo projecto e logo de seguida a oportunidade de assumir novas tarefas, com novas responsabilidades dentro da empresa e do projecto. Acabei neste segundo cenário, e, seis meses depois, o balanço que faço não poderia ser mais positivo. Era bom no que fazia - não, era mesmo o melhor - e hoje sou bom no que faço. Mais, lido muito bem com a pressão, adoro projectos, adoro desafíos e adoro cumprir com o que me pedem. Talvez por eu ser boa pessoa - sim, considero-me mesmo uma boa pessoa e, como alguém já me disse, um bom menino - tenho para mim que a tafera foi facilitada porque todas as pessoas têm sido impecáveis comigo. Simpáticas, solícitas e paciêntes. Eu retribuí e retribuo sempre com humildade, simpatia e respeito pelo trabalho de cada um.
Do trabalho espero um 2008 ao nível deste segundo semestre. Apenas duas alterações: ver o meu salário ser justamente corrigido (senão lá se vai o plano de pagar a casa) e trabalhar menos horas, ter mais tempo para viver à semana, à noite, seja para ir ao cinema, seja para ficar em casa a ler ou a ouvir música. Talvez lá para o final de 2008 seja hora de mudar de vida, de abraçar novos projectos fora da empresa, ou finalmente, tirar uma pós-graduação ou mestrado - o que eu entender ser o melhor para mim - mas aí sim, ficando mais algum tempo na empresa.
Quanto ao VIDA QUASE PERFEITA, vai continuar por cá com o Mike nos comandos. O Mike terá que melhorar, terá que ser capaz de ser mais coerente na forma e no conteúdo. Terá que ser capaz de transmitir mais em menos espaço. Terá que seleccionar mais e melhores músicas e continuar a melhorar a escrita, o vocabulário e a semântica. E a agradar.
Quanto a mim, espero continuar a encontrar-vos por cá, aqueles que tradicionalmente vão deixando comentários. Gostava que quem por cá vai passando anonimamente deixasse comentários, nem que fosse apenas para eu saber que passaram, para vos descobrir e, se for o caso, para descobrir os vossos blogs.
Obrigado a todos os que contribuiram para que este espaço, nestes quase 10 meses de existência crescesse e melhorásse.
A TODOS DESEJO O MELHOR POSSÍVEL PARA 2008. DESEJO A MELHOR SAÚDE, A MELHOR ALEGRIA, A MELHOR RELAÇÃO FAMILIAR, PESSOAL E PROFISSIONAL. DESEJO OS MELHORES SONHOS, AS MELHORES REALIDADES, OS MELHORES PROJECTOS E OS MELHORES SORRISOS.
R.C. (este não é o Mike que assina)