domingo, 30 de dezembro de 2007

Votos

Para quem não tiver paciência para ler o post anterior até ao fim...
A TODOS DESEJO O MELHOR POSSÍVEL PARA 2008. DESEJO A MELHOR SAÚDE, A MELHOR ALEGRIA, A MELHOR RELAÇÃO FAMILIAR, PESSOAL E PROFISSIONAL. DESEJO OS MELHORES SONHOS, AS MELHORES REALIDADES, OS MELHORES PROJECTOS E OS MELHORES SORRISOS.

sábado, 29 de dezembro de 2007

Highlights

Este foi, para mim, um ano diferente.
Depois de um 2006 que terminou com mudanças profundas na minha vida, 2007 foi um ano de arrumação. Arrumei o passado no lugar onde merece estar - um lugar de destaque, de respeito e de pena por ter falhado.
Passei a primeira metade do ano a olhar para trás, assumindo para mim próprio as culpas que me cabem no falhanço. Foi um período difícil, de angústia, que foi melhor superado com a ajuda dos amigos. Foram eles que me deram a mão e, se sempre achei que os meus amigos são do melhor que a vida me poderia proporcionar, passei a dar-lhes mais importância, a disponibilizar mais tempo para eles e a querer que eles fizessem ainda mais parte da minha vida.
A segunda metade do ano foi vivida a olhar para a frente, com um positivismo muito grande - embora nem sempre o tenha feito transparecer nos textos. Tenho tido uma vida social muito activa, mas mais do que activa, preenchida por actividades mais enriquecedoras. Temos, eu e os meus amigos, aplicado parte do nosso tempo em actividades que apetece sempre repetir ou pelo menos relembrar. Tenho conhecido novas pessoas e tenho ganho com isso. Hoje não tenho tempo para o que não me interessa. Se não acontecer nenhuma hecatombe, fecharei o ano em grande, rodeado pelos amigos em duas noites para mais tarde recordar. Estou até mais excitado com a noite de amanhã do que propriamente com a do reveillon. Pena ficar a faltar uma pessoa lá no meio.


Para 2008 espero poder cumprir com algumas coisas em que tenho falhado. Mais tempo para a minha irmã mas, principalmente, para os meus sobrinhos, com especial atenção para o mais velho, o meu menino!
Com os amigos as coisas deverão manter-se a este nível. Já temos alguns fins-de-semana programados. Quanto às férias, ainda em aberto, logo se verá como e para onde vamos e quantos seremos.
Para mim próprio algumas coisas estão já pensadas. Revelá-las-ei à medida que as for cumprindo. São pessoais e para já intransmissiveis. Fica aqui um desejo explícito: gerir melhor o dinheiro para conseguir cumprir um sonho: ter a minha casa paga antes do meio de 2009. Não vai ser fácil, mas também não é nenhum absurdo. A ver vamos.


É impossível dissociar o pessoal do profissional na medida em que para mim o meu trabalho é uma parte da minha vida, de mim, do que sou e do que o me proporciona. Também aí o ano se dividiu em dois. O primeiro semestre vivido de forma desmotivada pelas alterações a que assistimos, pela pressão de andar para a frente sem estratégia definida. Superamos as dificuldades e, mais uma vez, fomos a prova de que somos insuperáveis. Em Julho apareceram dois cenários diferentes de mudança: a saída da empresa para abraçar um novo projecto e logo de seguida a oportunidade de assumir novas tarefas, com novas responsabilidades dentro da empresa e do projecto. Acabei neste segundo cenário, e, seis meses depois, o balanço que faço não poderia ser mais positivo. Era bom no que fazia - não, era mesmo o melhor - e hoje sou bom no que faço. Mais, lido muito bem com a pressão, adoro projectos, adoro desafíos e adoro cumprir com o que me pedem. Talvez por eu ser boa pessoa - sim, considero-me mesmo uma boa pessoa e, como alguém já me disse, um bom menino - tenho para mim que a tafera foi facilitada porque todas as pessoas têm sido impecáveis comigo. Simpáticas, solícitas e paciêntes. Eu retribuí e retribuo sempre com humildade, simpatia e respeito pelo trabalho de cada um.
Do trabalho espero um 2008 ao nível deste segundo semestre. Apenas duas alterações: ver o meu salário ser justamente corrigido (senão lá se vai o plano de pagar a casa) e trabalhar menos horas, ter mais tempo para viver à semana, à noite, seja para ir ao cinema, seja para ficar em casa a ler ou a ouvir música. Talvez lá para o final de 2008 seja hora de mudar de vida, de abraçar novos projectos fora da empresa, ou finalmente, tirar uma pós-graduação ou mestrado - o que eu entender ser o melhor para mim - mas aí sim, ficando mais algum tempo na empresa.
Quanto ao VIDA QUASE PERFEITA, vai continuar por cá com o Mike nos comandos. O Mike terá que melhorar, terá que ser capaz de ser mais coerente na forma e no conteúdo. Terá que ser capaz de transmitir mais em menos espaço. Terá que seleccionar mais e melhores músicas e continuar a melhorar a escrita, o vocabulário e a semântica. E a agradar.
Quanto a mim, espero continuar a encontrar-vos por cá, aqueles que tradicionalmente vão deixando comentários. Gostava que quem por cá vai passando anonimamente deixasse comentários, nem que fosse apenas para eu saber que passaram, para vos descobrir e, se for o caso, para descobrir os vossos blogs.
Obrigado a todos os que contribuiram para que este espaço, nestes quase 10 meses de existência crescesse e melhorásse.
A TODOS DESEJO O MELHOR POSSÍVEL PARA 2008. DESEJO A MELHOR SAÚDE, A MELHOR ALEGRIA, A MELHOR RELAÇÃO FAMILIAR, PESSOAL E PROFISSIONAL. DESEJO OS MELHORES SONHOS, AS MELHORES REALIDADES, OS MELHORES PROJECTOS E OS MELHORES SORRISOS.
R.C. (este não é o Mike que assina)

Bob Sinclair

Ontem fui ao Centro Hípico de Leça à primeira das três noites de festa da passagem de ano da Rádio Nova Era.
Confesso que não sou um habitué das discotecas actuais - as comerciais, entenda-se - e dispenso bem a house music. Ir ver Bob Sinclair só se proporcionou porque tinha convite para entrar no recinto, pois de outra forma não teria ido. A verdade é que gostei. Não fazia a mínima ideia do que seria uma actuação de um DJ internacional de primeira linha. Chemical Brothers ou kruder & Dorfmeister fazem parte da minha CDteca porque como confirmei ontem fazem parte de uma "onda" diferente, mas de Bob Sinclair só conhecia os hits. Gostei pela animação que foi, gostei porque é impossível parar de dançar durante o "set". Negativo, apenas o facto de me ter deitado perto das 5h da manhã e me ter levantado às 11h. Mais negativo ainda, os decibéis que me deixaram completamente abananado e ainda a esta hora tenho os ouvidos a "chiar". Era escusado, era dispensável tanto decibél, e os meus ouvidos agradeciam. Aquilo não dá saúde a ninguém.



Era suposto hoje ter trabalhado. Não fui capaz, tinha a minha vida meio atabalhoada e tinha que me organizar. Ainda não consegui fazer todas as tarefas, pelo que a minha manhã de Domingo será a trabalhar - que é inevitável, pois há que fechar o ano e não me posso livrar de fazer aquilo que é minha exclusiva responsabilidade.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Do Natal

Das sms que recebi – que todos recebemos – no Natal, consigo classificá-las por vários níveis:

1. As sms que não vêm assinadas
Recebi várias, muitas delas vindas de números que nem sequer tenho memorizado no telemóvel. Acho impecável. Assim, fico sem saber quem mas enviou, fico grato a essas pessoas, até porque não tenho que devolver.
2. As sms que não são editadas antes do envio
As minhas favoritas. Principalmente pelo cuidado que as pessoas que as enviam, empregam no seu envio. «Ora deixa cá ver. Esta sms que o Pedro me enviou é mesmo gira, vou aproveitar para enviá-la a toda a gente» e assim nasce a fabulosa sms do Manel que depois de um texto que pretende ser cómico ou profundamente filosófico, vem assinada pelo… Pedro. Mas quem raio é o Pedro??
3. As sms “pau p’ra toda a colher”
É para despachar. De pessoas não muito próximas e que terminam com «beijos e abraços». Fico na dúvida se esta pessoa que eu conheço das minhas relações profissionais que se lembrou de me acrescentar ao grupo de envio me quer enviar beijos ou abraços! Seja como for, no dia-a-dia no máximo dá-me um aperto de mão e no Natal inclui-me numa sms em que envia beijos e abraços. Beijos e abraços p’ra ti também, ó caramelo!

Dos e-mails que recebi:

1. Os e-mails “filosóficos”
São muito bons. Se fosse de uma concorrente a Miss Universo, tenho quase a certeza que o prémio estava “no papo”. Gosto desses e-mails profundos, são quase tão bons como os e-mails em cadeia. Utilizo a mesma tecla para todos esses. A tecla “del”.
2. Os e-mails de 6 Mb enviados por pessoas das relações profissionais
Ó meus amigos, 6 Mb para desejar um bom Natal? Mas a minha caixa de e-mail lá suporta isso? É pá, isto não é o gmail, é mesmo o meu e-mail profissional! Melhor mesmo, é quando esses e-mails são enviados pelos próprios colegas. Vocês usam o mesmo servidor que eu, certo? O que vos passou na cabeça? Ah! Nada! Como sempre, aliás.

Das prendas:

Todos os meus amigos sabem que adoro música. Todos têm, por isso, a vida facilitada. Portanto, chegada a hora da troca de prendas, o que é que eles me deram? Cd’s? Não. Livros. Gosto de ler, é verdade, mas não tenho a minha vida organizada para ter muito tempo disponível para dedicar à leitura e os meus amigos sabem disso. Se um dos livros é o do RAP, das crónicas da Visão, até se lê bem e rápido, já os outros, com a quantidade de páginas que têm, e, pasme-se, todas elas escritas, fico com a sensação que ao ritmo a que leio, terminarei no próximo Natal. Por isso, podem sempre dar-me mais no próximo Natal. Mas pelo preço que custaram, não teria sido mais fácil comprarem um cdzito? Isso sim, era coisa de amigo!

A prenda mais personalizada que recebi, aquela que foi feita mesmo para mim, aquela que não há seguramente outra igual, foi a dos meus pais – um cheque, com o meu nome e tudo! É mesmo personalizada.
Tentei dissuadi-los. Tentei fazer-lhes perceber que darem-me dinheiro não foi propriamente a decisão mais sensata que tomaram. Primeiro, porque, felizmente, não preciso. Depois porque eles acham que eu vou dar-lhe o melhor destino possível. Tenho a sensação que estão enganados. Tenho para mim que cd’s, roupa ou férias não é o conceito de “melhor destino possível” dos meus pais.

Da comida:

Ando enjoado. Sopa ao almoço e canja ao jantar é o mais provável menu para mim esta semana. Ontem já foi assim, hoje deverá repetir-se. Ainda assim, sinto que tenho dentro de mim um barril de crude (porque raio me fui lembrar de um barril de crude?!) tal é o mal estar que sinto. Pequeno-almoço: 1 Actimel e a sensação que os mil milhões de Lcasei Imunitas ainda estão na garganta, em fila de espera, como na loja do cidadão.

Da televisão:

Na Noite de Natal, por volta da 1h da manhã na SIC Radical passava uma reportagem sobre a noite de Amesterdão. Red Light District, o que tem mais em comum com o Natal, é mesmo a luz vermelha, como as da árvore de Natal.
Na Praça d’Alegria actuou o coro de Santo Amaro de Oeira. Tinha a ideia que estariam todos na casa dos 30 anos, já casados e com filhos. Afinal não. Parece que como qualquer praga, se reproduzem como coelhos. E lá aparece um coro cheiinho de crianças.

domingo, 23 de dezembro de 2007

...

Vou ali empanturrar-me e já volto (ou então não! se calhar sou gajo pra ir também jantar com os meus amigos de sempre e beber uns copos).
E amanhã vou recolher-me em casa, para voltar a empanturrar-me com a família (e beber mais uns copos), de maneiras que... volto quando já estiver bem enjoado!

Bons empanturranços, boas ressacas e
BOAS FESTAS! Sempre em família!

sábado, 22 de dezembro de 2007

Enquanto recupero da infecção na garganta (da amigdalite)...

... fico-me por casa, no sofá, a navegar nos pensamentos.
Surge-me uma ideia. A ideia batida de que é Natal e de que o Natal é das crianças.
Surgem-me memórias da criança que fui. Surgem-me memórias dos tempos que fui. E recordo.
Recordo-me do meu avô, esse meu companheiro, que há anos vi partir, no seu sofrimento, pouco digno do homem que para mim ele foi. O companheiro que me ajudou a aprender a andar de bicicleta, o companheiro que me ajudou a construir um atrelado super-espectacular para a minha bicicleta. Um atrelado de madeira, com duas rodas de triciclo - do meu triciclo de metal que entretanto já não servia para nada.
Recordo-me de ter crescido perto dele, recordo-me do caderno onde fazia a contabilidade das despesas da casa, das compras que a minha avó fazia - ele era forreta, ou talvez não. Recordo-me da lareira, de me sentar com ele e com a minha avó na lareira a ouvir rádio. A rádio renascença em onda média. Do rádio que apanhava as emissões da BBC e de uma rádio de lingua estranha que eu achava ser uma rádio soviética!
Recordo-me de assarmos castanhas à lareira. Recordo-me de ficar com eles, sempre à lareira até os meus pais sairem do trabalho para me irem buscar. Recordo-me de ir crescendo e de o meu avô me dar um complemento da "mesada". Recordo-me de o visitar no hospital quando ele adoeceu, recordo-me de o visitar todos os dias quando a cama passou a ser o seu espaço. Recordo-me de o ver perder a lucidez. Recordo-me de ouvir o seu incomodativo e ruidoso respirar já perto do seu fim, quando eu já não tinha coragem de o ver, mas ainda de o ouvir.
Soube mais tarde que nos seus últimos tempos de lucidez, pediu à minha avó que nunca deixasse de me dar "aquele dinheirito" que ele me dava, porque quando fora adolescente como eu, conhecera a tristeza de não ter dinheiro para as coisas que gostava. E a minha avó cumpriu, sempre, até à sua partida.
O meu avô partiu quando eu tinha quinze anos, a minha avó partiu no ano em que terminei o meu curso. Tenho um enorme orgulho em ter uma foto em traje académico com a minha avó. E sinto muito a falta deles. E sinto que eles têm orgulho em mim.
Isto tudo para dizer que o Natal é das crianças...

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Porque é Natal...

.. e para mim o Natal começou em Julho, chego a esta altura completamente saturado. Ando exausto e as falhas sucedem-se. A cada dia que passa tenho mais tarefas em atraso.. Todos à minha volta estão já a relaxar, a viver o espírito da época, à espera do novo ano, enquanto que eu nem o dia 26 vou poder ter livre. Não abdico do 24 e do 31. Vou deixar transitar para 2008 duas semanas completas de férias!
No entanto, o que acabei de escrever não é e nem pretende ser um lamento. É fruto de uma opção minha. De uma opção de vida. Certa ou errada, foi a que fiz, e é tão válida como qualquer outra opção.

As prendas de Natal foram compradas em tempo útil, faltando apenas a do meu pai. Será útil para ele, mas acima de tudo é simbólica e representa mais do que qualquer outra coisa, o meu amor por ele. É o que faço em todas as prendas. É assim que se pretende que seja, pelo menos na minha família. Depois então aparecem os outros critérios, mais relacionados com o orçamento que defino para cada um, com o valor (entenda-se utilidade) que cada um lhe dará. Mais coisa menos coisa, bate sempre certo.

Outra questão que se prende com o Natal são os jantares de Natal. Este ano apenas estarei presente em dois: o da minha unidade de negócio (equipa de trabalho) e o dos amigos do peito. Todos os outros recusei, por falta de tempo, de paciência e de espírito. O de equipa será na próxima quinta-feira, e, mais do que um jantar de Natal vai também ser um jantar de comemoração do sucesso, de celebração do fantástico ano que tivemos, depois de vermos cumpridas todas as metas a que nos tinhamos proposto. Estou orgulhoso por todos nós, e sei que o chefe também está orgulhoso por nos chefiar.
O jantar dos amigos do peito é, também ele, um jantar que ultrapassada o espírito do Natal, na medida em que é também o jantar de comemoração do aniversário do N.. É, como sempre tem acontecido, na noite de 23 para 24, e anteriormente era o jantar do reencontro. Era, mas já não é, porque este ano tivemos a felicidade de nos mantermos unidos ao longo de todo o ano. Fico feliz por isso.

E pronto, posto isto, resta-me celebrar convosco, que reservam nem que seja um segundo do vosso tempo para passarem por aqui - alguns param mais do que um segundo, o que é bom - anónimos ou não, desconhecidos ou não, e que, de alguma forma, ajudam a construir este espaço.
Para celebrar convosco, fiz uns uploads (eu a fazer uploads! é digno de se ler e registar para os anais da história!) de umas músicas que tirei do baú e que acho que ficam bem aqui. Tem a boa disposição que eu tento sempre ter e transmitir aqui no "tasquinho", têm o espírito do Natal e as duas primeiras não se encontram com facilidade e são para mim verdadeiras pérolas. É a minha prenda para vocês.

A TODOS DESEJO UM ÓPTIMO NATAL E FAÇAM O FAVOR DE SER FELIZES!











(Espero que os Srs. da Comercial não levantem problemas!!!)

domingo, 16 de dezembro de 2007

Nunca gostamos o suficiente

- Vou embora.
- Já?
- Sim. Tenho que ir.
- Tens mesmo ou queres?
- Já te tinha dito que tinha decidido ir-me embora.
- És egoísta.
- Sou egoista porque tomo decisões?
- Não. És egoísta porque tomas decisões individuais. Ir é uma decisão que só tu podes tomar. Ficar é uma decisão que ambos teriamos que tomar, em conjunto. Nunca me deste essa opção.
- Teria valido a pena?
- Agora nunca vais saber...
- Tu e os teus jogos... nunca gostei disso em ti. Disse-to várias vezes.
- Houve tanta coisa que nunca gostaste em mim...
- ... e no entanto fiquei contigo todo este tempo...
- E no entanto ficamos juntos pelo que gostavas em mim e pelo que eu gostava em ti, apesar do que não gostavamos, para além do que não gostavamos.
- Algum dia gostaste de mim o suficiente?
- Não. E espero que também não tenhas gostado de mim o suficiente. Quando...
- ... tu és...
- ... espera. Deixa-me terminar. Quando se gosta de uma mulher extraordinária como tu, nunca se gosta o suficiente, porque por muito que se goste não vai ser suficiente, nunca se consegue gostar no valor total do que a pessoa é ou representa para nós. É também por isso que espero que também não tenhas gostado de mim o suficiente, apenas porque gostava que me considerásses um homem extraordinário.
- Tu e as tuas teorias! Impressionante, nunca te cansas de criar novas teorias! Mesmo neste momento...
- É o momento ideal. Uma despedida traz-nos novas aprendizagens, por isso novas teorias. Foi difícil aprender a lidar contigo. Hoje vai ser preciso aprender a viver na tua ausência.
- Acho que estás enganado, mais uma vez. Pareces sempre mais preocupado em aprender com as situações do que em vivê-las...
- ... achas que não te vivi?...
- ...agora sou eu quem te peço que não me interrompas. Viveste sim. Eu disse pareces, não disse que efectivamente o fazes ou fizeste. Talvez à posteriori o faças, de facto. Puxas a cassete atrás e crias as tuas teorias baratas...
- ... barat...
- ... não me interrompas. Ouve-me até ao fim. É a tua forma de ser que, já te disse, não gosto, mas aprendi a respeitar, precisamente porque me viveste e permitiste que eu te vivesse. E gostei muito do que vivemos, da forma como nos vivemos e, sobretudo, do que convivemos.
- Tens mesmo de ir?
- Tenho. Não porque esteja cansada de cá estar, mas porque não quero ir quando já estiver cansada. Nessa altura já alguma coisa não vai estar bem. Não quero isso.
- Falavas tu de teorias baratas?!...
- Não é uma teoria, mas um modo de estar.
- Baseado numa teoria!!
- Mais a mais, sabes que eu sempre fui assim. Quando cá cheguei vinha de algum lado. Vinha de outro lado.
- Achas que algum dia vais ter vontade de ficar para sempre num sítio?
- Não sei. Não me parece.
- Mas gostavas de um dia vires a ter essa vontade?
- Nunca pensei nisso. E com certeza que também não será agora que vou pensar...
- No que é que vais pensar agora?
- Em ti!
- !!! Isso faz lembrar aqueles romances dos filmes melodramáticos em que quem vai fica a pensar em quem fica, por pena ou compaixão. Espero que não te passe ter pena de mim.
- És tão idiota! Claro que não. Penso em ti porque penso na tua teoria de que não gostei de ti o suficiente.
- Afinal gostas das minhas teorias!
- Algumas fazem sentido, sim. Esta não sei se faz, mas que me parece bem, lá isso parece. E nesse sentido sim, de facto não gostei nunca o suficiente de ti!
- Do que é que mais vais sentir falta?
- Do que haveria de ser? De ti...
- Não é isso. Obviamente que ambos sentiremos a falta um do outro, mais do que qualquer outra coisa. Refiro-me a rotinas, a lugares, sei lá!
- Existem várias coisas que me farão certamente pensar mais nelas. O calor do Algarve e a praia, o sol e a luz de Lisboa, a humidade e o cinzento do Porto. Num país tão pequenino, um contraste tão grande. O cheiro da tosta mista, os aromas das comidas tradicionais, o cheiro a peixe grelhado na brasa no Verão. Parece estúpido, são coisas simples, mas tão características de cá. Tudo o resto existe em qualquer parte do mundo.
- Nunca tinha pensado nisso!
- Olha, o táxi já chegou. Tenho de ir.
- Adeus Jane. Boa sorte. Vai dando notícias. Portimão terá sempre um lugar para ti.
- Adeus, Zézé Camarinha. Até um dia...

sábado, 15 de dezembro de 2007

Epitáfio

Daqui a muitos, muitos anos, quando eu me for, se ainda souberes quem sou, se ouvires falar de mim, se ouvires dizer que me fui, lembra-te desta música.
Põe-na a tocar e sorri... in silence.



(Não tenho parado de ouvir esta música. Há alturas em que uma música faz toda a diferença).

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Control



E porque nem tudo vai mal no reino do Mike, fui hoje ver este filme

E adorei.

Um filme que retrata a curta vida do vocalista dos Joy Division, Ian Curtis.
Muito bem realizado e com uma fotografia genial, conta a história, numa mistura de humor e drama.
Vale a pena. Vale MESMO a pena.
No Porto pode ser visto nos cinemas do Shopping Cidade do Porto.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Lembrete

Depois chegam estes dias em que o tempo tem que ser de mudança...
São dias em que percebes que assim não faz sentido, que tens de te restruturar, ou pelo menos restruturar a tua vida.
Foste até onde te deixaram ir e agora mandaram-te parar. É tempo de perceber o que andas a fazer.
Vais escolher um novo caminho, vais escolher um caminho em que a prioridade sejas tu.
Acalma o ego e pensa bem para onde queres ir. Faz escolhas racionais e, depois, deixa-te levar pelas emoções, só para variar. Não percas mais tempo com o que não interessa. Concentra as tuas energias no que interessa, em quem interessa.
Faz valer o que tens de melhor.

domingo, 9 de dezembro de 2007

#2 Geração "Dinki" (ou dos e-mails que recebo) (continuação)

Coca-Cola e hedonismo.

Os "Dinkis" vivem o presente e regem-se segundo uma força centrífuga. Procuram o "eu" ideal e buscam o elixir da juventude. Por isso, as actividades diárias são comparadas a uma guerrilha. A uma selva urbana, havendo uma tendência para o esforço-recompensa. E quais são as compensações reclamadas pelos jovens sem filhos? Viagens e férias. São a fuga à prisão de asfalto. Significam a redescoberta da natureza e a conquista de culturas exóticas. E o regresso ao paraíso.O próprio lar é concebido como "um refugio, um oásis no deserto, o descanso do guerreiro."
E porque procuram boa vida, os "Dinkis" apontam a marca Coca-Cola como uma das predilectas. É o símbolo da partilha de bons momentos. "E o antídoto para a sociedade perigosa". (…)As campanhas da gigante de bebidas são das preferidas destes jovens. Quais os motivos? "Criatividade, cores apelativas e música", justificam.

Os "Dinkis" são apreciadores assumidos de "marketing" e publicidade. Dos 130 anúncios publicitários de televisão mencionados no estudo, o reconhecimento foi elevado em marcas como a Nike, Citröen, Peugeot, Heineken, Toyota, Pepsi, Skoda, Johnie Walker, Dove, Axe, MasterCard e Doritos. Destacam também a "juventude e irreverência" da William Lawsons e o "humor e a originalidade" da Vodafone.

Os "Dinkis" frequentam ginásios e fazem cirurgias plásticas. A estética e o corpo andam de mãos dadas. Motivos para fazer da Nike uma marca de eleição. Para este segmento, a marca simboliza heróis no mundo do desporto e está associada à inteligência muscular. Lidera e determina. "Just do it", diz a marca e dizem os "Dinkis".

Os filhos são vistos pelos "Dinkis" como um "entrave" ao divertimento e ao gozo da vida. Por isso, adiam a responsabilidade de educar. E optam por animais de estimação. Aproveitar cada segundo é o lema. Patente na escolha da Swatch. "Tem o tempo de vida ideal: dura dois anos. Depois já passou de moda. E compra-se outro relógio", justificam. (…)
Mentes abertas, os "Dinkis" dizem "sim" ao sexo, às uniões de facto, à homossexualidade e às famílias monoparentais. "Vai ser raro ver o pai, a mãe e o filho, todos na mesma casa e ao mesmo tempo", afirmam.(…)

Lanidor executiva.

Os jovens dos 25 aos 35 valorizam o progresso profissional. Não se realizam sem ele. Até porque significa ter mais dinheiro. E por isso, o sexo feminino projecta-se na Lanidor, associada a "jovem executiva. Também gostam da Zara, "informada e atenta às tendências da moda". Mas é considerada mais "roupa de fim-de-semana". E, além disso, está associada a "mau atendimento e fraca qualidade". Diferentes são as mulheres, dos 25 aos 35 anos, com filhos. Optam pela MassimoDutti. "A marca tem classe e está na moda", dizem. Para elas, os filhos estão em primeiro lugar. E por isso, querem as melhores marcas. O preço não é o factor mais importante. Escolhem marcas como a Chicco. Afinal é "carinhosa, amigável e protectora". (…)Os casais jovens com filhos gostam de conforto e honestidade.

Para telemóvel escolhem a marca Vodafone. Sinónimo de "credibilidade". (…)

Audi é cara.

(…) Marca que se encontra no terceiro nível de marcas preferidas para os "Dinkis". (…)O custo elevado da Audi simboliza um dos maiores medos dos "Dinkis": o endividamento. Cartões de crédito, hipotecas e prestações fazem parte do dia a dia destes jovens casais. Atitudes, muitas vezes impulsivas, que geram preocupações e aumentam o pacote dos receios, onde já estão fantasmas como o desemprego, instabilidade, divórcio, doença e morte. Endividamento, hipotecas e cartões de crédito.

Tendo como pano de fundo estas mudanças e valores, preocupações e anseios, os jovens casais sem filhos, dos 25 aos 35, chamados "Dinkis", definem-se a si próprios com adjectivos ou frases tais como: "Qualidade de Vida", "Ambição", "Falta de Tempo" e "Consumismo".

De acordo com o estudo da Millward Brown, os símbolos que melhor representam estes jovens são o carro (80%), as hipotecas/empréstimos (63%) e os cartões de crédito (52%).
Jornalista: LÚCIA CRESPO

sábado, 8 de dezembro de 2007

Fim-d€-S€mana

Que melhor forma de começar o fim-de-semana do que a gastar dinheiro???






Hoje de manhã, com a minha irmã e a lutar contra o relógio, já que o pequenino ficou com a avô, mas precisa da mãe para se alimentar (de 3 em 3 horas!!!), pelo que foram duas horas bastante intensas... a gastar dinheiro.


Agora vou passar a tarde, a noite e o dia de amanhã à chamada Big Navy - Marinha Grande, para quem não sabe estrangeiro!

#1 Geração "Dinki" (ou dos e-mails que recebo)

Recebi um e-mail sobre este tema, que aborda uma nova definição do esteriotipo para uma nova geração - a nossa - e que, para já, deixo aqui uma parte. Espero que gostem, mas acima de tudo que comentem, concordando ou não, identificando-se com as atitudes e comportamentos aqui descritos, ou então não.
O texto, no e-mail vem assinado pela jornalista Lúcia Crespo.

Na chamada geração "dinki" tudo é feito para durar pouco pelo que os hábitos de consumo são também descartáveis.

Marcas como IKEA, Sony e Nokia dominam.
Dos 25 aos 35. A geração do consumo descartável. Tudo parece ser descartável para os "Dinkis". São jovens casais entre os 25 e os 35 anos que não têm filhos. Em busca de prazer constante, mudam o que for preciso para ficar bem. Vão ao Ikea e transformam a casa. Compram tecnologia Sony e andam com relógios Swatch no pulso. O tempo é um valor.


SE NÃO DÁ, NÃO DÁ. Procura-se outra casa, procura-se outro emprego, arranja-se outro marido.

E assim são os "Dinkis", os jovens casais sem filhos, com idades entre os 25 e os 35. São dominados pela cultura "chaiselongue" (estética e "design") e Prozac (ansiedade e falta de tempo). São exigentes e querem viver a vida ao máximo. Hedonistas e individualistas, buscam o prazer em cada segundo da sua existência. E, por isso, mudam, transformam e reconstroem. Algo que podem fazer no Ikea, de relógio Swatch no pulso e tecnologia Sony no bolso. Estas são algumas conclusões do estudo: "Mudanças, Tendências e Marcas", realizado pela empresa de estudos de mercado Millward Brown, do grupo WPP. Uma análise efectuada em 20 capitais de 18 países da Europa e América Latina. Na capital portuguesa, o estudo foi apoiado pela consultora de comunicação Hill & Knowlton e pelo Banco Espírito Santo. Teve por base 200 indivíduos com idades entre os 25 e os 35 anos, casais heterossexuais de classe A/B/C 1, com um estilo de vida considerado activo e moderno.

Ikea à medida.

Casas informais, dinâmicas e com muita luz, áreas abertas e onde impera o "design". É esta a demanda dos "Dinkis". A estética tem que estar presente em casa. E na vida. São devoradores de decoração. E gostam de mudar.
Para eles, "tudo é feito para durar pouco tempo". Até a casa. Preferem tudo o que é descartável. E por isso compram no Ikea. Afinal, o Ikea é "funcional e prático", dois valores que os "Dinkis" exigem das marcas. Representa o novo conceito de casal. Efémero, com produtos fáceis de usar e que poupam tempo, trabalho e espaço.

Sony muito à frente.

Verdadeiros adeptos do "home cinema", os jovens casais sem filhos adoram sistemas inteligentes e equipamentos activados por voz. Plasmas, computadores e DVD fazem parte da mobília. A Sony é apontada pelos inquiridos como a
proposta para um escape audiovisual. (…) É uma marca que, segundo os "Dinkis", "está muito à frente" em termos de inovação.

A Nokia aparece também nas marcas eleitas. (...) Afinal, "quem tem um, sabe trabalhar com todos". E a cultura da facilidade em acção. (…)

(Continua...)

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

A alma

Olha para mim e diz-me o que vês.
Espreita bem cá dentro, desce até à alma.
Não, não dessa maneira. Não me julgues.
Observa só. Fá-lo como se fosse um objecto.
Consegues ver? Consegues ver o que cá está?
Então agora diz-me o que viste. Diz-me se é bom.
Diz-me se é bonito. Diz-me se é colorido.
Diz-me se é calmo e tranquilo o que cá está.

Viste como sou? Agora diz-me quem eu sou.




Eels - Novocaine for the soul

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Hoje supostamente teria acordado às sete da manhã. Adormeci e acordei às oito.
Atrasei-me e tive que vir à pressa e o mais rápido que pude para Lisboa. Cheguei, obviamente atrasado.
Perto da hora de almoço um colega ligou-me.
Em Julho, quando mudei de carro, ele ficou com o que era meu. Hoje foi multado por não ter o selo do imposto de circulação afixado e nem na posse dele. O selo, ao que parece, foi-me entregue a mim. Não me lembro. Mas o que é certo é que sou o responsável e por isso, vou ter que pagar a multa, vou ter que procurar o selo e ele amanhã terá que parar o carro.
É-me impossível continuar a este ritmo. É-me impossível pensar no que mais me poderá estar para acontecer.
É oficial, a maré é de azar!!!!

Preciso de descansar, mas não sei quando. Tenho metade das férias por gozar, faltam quase tantos dias para terminar o ano, como os dias que ainda tenho de férias.
É-me impossível continuar assim, e no entanto continuo.

Vou olhar em frente e seguir, mas desta vez sem alarmes e sem surpresas.

(A música já é aqui repetida, mas gosto dela tanto que a poderia ouvir eternamente).

Passei o dia a ouvir isto...


Nothing so bad - Cousteau


One good reason - Cousteau


Your day will come - Cousteau


Sadness - Cousteau

Depois de ouvirem, talvez não percebam porquê, mas quando ouço Cousteau, fico animado! Eu também não sei porquê...

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Desencontrado

Amanhã vou novamente para Lisboa e ficarei para Quinta-Feira.
Sabendo disto, ligo a um amigo para lhe comunicar o facto e combinar jantarmos juntos.
O amigo não antende.
Uma hora depois, o amigo devolve a chamada e começa por dizer que ainda bem que eu tinha ligado porque precisava mesmo de falar comigo. Como lhe liguei e habitualmente já só lhe ligo quando estou em Lisboa, pergunta-me se estou lá. Respondo que vou amanhã.
Ele solta um palavrão. Diz-me que o que tinha para me dizer era precisamente que viria ao Porto amanhã e estava a contar que jantaríamos juntos.
Já não nos vemos há algum tempo. Por incrível que pareça temos mesmo andado desencontrados.
Ando mesmo a viver uma fase estranha, de grandes desencontros.
Tenho que dar a volta a isto. Vou procurar o caminho.
Alguém quer jantar amanhã à noite em Lisboa?

domingo, 2 de dezembro de 2007

Sem Título (ou então fodasse!)


NÃO TENHO GRANDES DÚVIDAS - ALGUÉM ME ROGOU UMA PRAGA!

Uma sequência de acontecimentos estragou-me por completo o fim-de-semana. Felizmente, não estragou o dos amigos, que se divertiram, apesar de algumas readaptações necessárias. Mas a mim... enfim... deixou-me completamente de rastos.
Entre outras, o que mais me aborreceu foi mesmo mais um assalto ao meu carro ontem à tarde. Um vidro partido, o roubo da carteira "apenas" com os meus documentos todos, mais uma participação à polícia e a certeza de que amanhã o dia de trabalho será substituido por uma visita à Carglass e outra à loja do cidadão.
Estou triste e aborrecido. Não era suposto este fim-de-semana trazer-me este estado de alma, quando tudo, mesmo tudo se conjugava para ser quase perfeito.
Revolta-me hoje não poder estar feliz!