sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Mais um desinteressante

Na Quarta-feira fui a Lisboa. Fui em trabalho, para uma reunião. Alguém me tentava vender um conceito, uma ideia e um trabalho. Esse alguém é do sexo feminino, é gira que se farta, tem uma pinta do caraças. Uma postura irrepreensível. Não me vendeu nada. Não me convenceu, não comprei a ideia. Não vou em ilusões. Nem mesmo vindo daquela mulher. Não sou assim vulnerável.


Ontem estava tão bem disposto e hoje estou tão cansado.
Ontem era Quinta-feira e hoje é Sexta-feira.
Era suposto hoje estar bem disposto. Era suposto, porque hoje é Sexta-feira.


Hoje saí de casa e cruzei-me com a minha vizinha - Aquela vizinha que me guardou as chaves. Tem um ar saudável! Fresco. Interessante.
Desci no elevador com ela e quando cheguei à garagem reparei que não levava o telemóvel. Dass.
Mas será que quando me cruzo com a vizinha no elevador me vou esquecer sempre de alguma coisa?
Ela é que se podia esquecer. Sei lá! Podia esquecer que estava no elevador...


A minha querida colega de trabalho disse-me num destes dias que me haveria de apresentar uma amiga dela que, segundo ela, é gira. Fiz questão de lhe perguntar se ela gostava mesmo da amiga. Ela respondeu que sim. Que gostava muito. Logo lhe perguntei se gostava de mim. Resposta afirmativa.
Então fiquei contente. Há esperança. Claro que lhe perguntei se tinha fotos da amiga gira. Não tinha. Pena. Vou ter que confiar no bom gosto da minha colega e esperar pelo dia do meeting. O que me vale é que, não só não costumo criar expectativas elevadas, como o pensamento que mais me ocorre é: "e se não for assim?".


Esta semana a minha irmã foi a uma das lojas de roupa onde também vou duas ou três vezes por ano.
Uma das funcionárias - sim, sei qual é - perguntou por mim. Quando a minha irmã me disse isto perguntei se lhe tinha dado o meu número de telefone. Disse que não. A funcionária estava na caixa e estavam lá mais funcionários e não ficava bem. Parece-me desculpa, mas o que é certo é que não deu. Este fim-de-semana já tenho coisas combinadas. Para o próximo vou lá. E não conto comprar nada...
A minha irmã só me dá trabalho!

Fizeram-me duas propostas para este fim-de-semana. A primeira, há já algum tempo, só tem de positivo o facto de fazer juntar, mais uma vez, os amigos do costume. De resto, envolve Carnaval, máscaras e folia. Quem me conhece sabe que só posso ter ficado doido. A verdade é que entendi que o convite, vindo da R., tinha mais a ver com o facto de nos querer receber na sua casa nova e não poderia recusar. Pelos amigos fazem-se estes sacrifícios. Eu mascarado. Só a mim. A segunda era claramente mais interessante, mas veio mais tarde. Já me tinha comprometido e, pelos motivos já referidos, não ia voltar atrás. Pelo meio, um almoço de família (que entretanto convenci a transformar em jantar) também não ajudava. Vou, pois, para o Carnaval. Acho que vou ter que beber para esquecer, até esquecer.

Já disse que estou cansado. Isso dá-me alguma folga. Desculpa os meus devaneios, justifica este texto. Ou então não.


Voltem sempre, sim?

Bom fim-de-semana!

3 comentários:

ana disse...

Os devaneios são necessários, fazem-nos assentar melhor os pés na terra.

franksy! disse...

entrei neste blog por acaso. parei neste post. li-o na integra. e questiono-me - com todo o respeito e sem qualquer tipo de intenção crítica - estás assim tão desesperado por encontrar uma mulher que te preencha?

Mike disse...

Não. Não estou desesperado por conhecer uma mulher que me preencha. E espero nunca vir a estar, porque no desespero, lá se vai o discernimento. Também não posso negar que se encontrar uma mulher que me preencha, tudo farei por ela, mas sempre com dignidade. Eu luto pelas mulheres que me interessam e lutarei ainda mais pela que me preencha. Não estou errado, pois não??