sábado, 29 de setembro de 2007

Cantinho do Inimigo

No blog das queridas TNT e Tsetse há, de há três semanas a esta parte, uma iniciativa semanal designada por "Cantinho do Inimigo", que mais não é do que a divulgação de textos escritos por homens convidados a escrever sobre as mulheres. Esta semana o texto que aparece é meu.
Fica aqui um excerto:

Trilogia da Pressão

Divido essa pressão em três, poderia dividir em mais, mas o post ficaria demasiado longo.

O que passo a apresentar é apenas uma visão, a minha, do que são as mulheres, do seu sofrimento e das suas falsas expectativas. Não é nenhuma teoria, mas bem o poderia ser, faltam-me apenas os dados estatísticos!
Convido-vos a passar por lá e, já agora, a deixar comentários.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Carta Aberta Ao Sr. Jumbo

Exmo. Sr. Jumbo,

Serve a presente para solicitar a sua atenção para o facto de o vosso gingle do anúncio da feira de vinhos conter uma pequena imprecisão.
No referido gingle, a determinada altura ouve-se "branco, verde ou tinto".
Gostaria que entendesse que os vinhos podem ser brancos, rosés ou tintos, mas nunca verdes. Verde é uma região - Vinho Verde - e não uma cor de vinho.
Os Vinhos Verdes, assim como os Maduros (maduro também é um termo usado na gíria vinícola, dado que o termo correcto - ainda que irritante - é Tranquilo, o que não quer dizer que os Verdes sejam agitados, não, apenas contêm CO2, o que os torna mais vivos), mas como dizia, os Verdes e os Maduros podem, em ambos os casos, ser brancos, rosés ou tintos.
Sr. Jumbo, já sei que não é fácil trabalhar com as agências de comunicação pois, segundo sei, nem sempre interpretam bem os briefings, ao mesmo tempo que, só porque as agências têm criativos não quer dizer que sejam criativos sapientes. Como sabe, criatividade e cultura não é uma e a mesma coisa. Ainda assim, penso que deveria o Sr. ter supervisionado o trabalho que estava a ser feito para comunicar a feira de vinhos dos seus supermercados. Se o Sr. Cunha do minimercado Cunha ou a D. Fátima da mercearia Fatita não têm a possibilidade de fazer estas acções e por isso, não incorrem nestas imprecisões, já o Sr. Jumbo deveria tomar mais atenção.
Já agora, para evitar imprecisões futuras, fique o Sr. a saber que, os vinhos brancos, Verdes ou Maduros, têm um método de produção diferente dos tintos. Os brancos fermetam sem contacto com a película (casca) da uva e o tinto fermenta em contacto com a película. Quanto aos Rosés, mais não são do que o resultado de uvas tintas fermentadas como as brancas, e, por isso, não adquirem a cor que é transmitida pela película, como é o caso dos tintos. Em nenhum destes processos, posso-lhe assegurar, teremos como resultado um vinho de cor verde.
Informo-o ainda que me encontro à sua inteira disposição para adicionais esclarecimentos.
Sem mais, de momento, e na esperança de ver esta situação corrigida no futuro, despeço-me, com a mais elevada estima e consideração.

Atentamente,

Mike

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Hoje é o dia do Mike...

... o meu dia!

Nasci no seio de uma família modesta. Financeiramente modesta, mas com uma riqueza enorme, no que ao amor concerne. Materialmente, nunca me faltou nada, mas nunca tive tudo. Os meus pais ensinaram-me a fazer por merecer o que lhes pedia. Nunca negociaram comigo as boas notas ou o transitar de ano - era minha obrigação, diziam-me sempre. Eu poderia ter feito melhor, mas lá fui cumprindo.

Tenho uma irmã, mais velha, que tem para comigo uma atitude maternal enorme. Eu, sempre fiz tudo por ela, e ao meu estilo, sempre fiz o que me pediu (o meu estilo é reclamar antes, mas depois fazer, sempre, o que me pedem!). Também tenho um cunhado, que é como uma extensão da minha irmã, como que um irmão. Os dois deram-me um sobrinho, que afinal é afilhado! É o meu menino e, a este ritmo, será o meu herdeiro! Outro sobrinho vem já a caminho!

Os meus pais, nas suas dificuldades para criar uma família, transformaram sempre as fraquezas em forças. Se o amor existe, é na cumplicidade dos meus pais que o encontro, não sei se saberei seguir-lhes o exemplo, mas que é um bom exemplo, lá isso é! Ensinaram-nos, a mim e á minha irmã, a partilhar tudo. Ensinaram-nos a tomar as decisões em família, todas as decisões, para que nos pudessemos ajudar mutuamente quando as decisões tomadas não davam os melhores frutos. Ensinaram-me muito daquilo que eu sou enquanto homem, cidadão, pessoa. O que não me podiam ensinar, pagaram para eu aprender - a educação académica, claro!

Tentei sempre corresponder, umas vezes com resultados menos bons, outras, com algumas decepções que lhes dei, poucas. Quase sempre puderam orgulhar-se de mim, hoje ainda mais.

Fiz-me homem e, por não ser rico, tive que trabalhar... e lutar por fazer bem, por fazer da melhor maneira. Se tenho que o fazer, então que o faça bem, correcto?

Profissionalmente, a minha vida corre-me bem. Tem corrido quase sempre, embora tenha começado por baixo, ou talvez por isso, não sei, lutei para que corresse bem. Na minha idade, não me posso lamentar, tudo o que tenho foi o trabalho e a sorte que me o deram, que me fizeram ter.

No plano pessoal, a vida também me tem corrido bem. É uma vida rica, de amigos, de pessoas que gostam de mim, de pessoas que acreditam em mim. Faço por retribuir-lhes e julgo que tenho conseguido estar à altura.

O amor, o das relações, esse, já correu melhor, já teve bons dias, mas acabou. Acabei com esse amor - foi duro! Ainda dói!
Durou cinco anos e, desses cinco anos, guardo só o que teve de melhor.
Há-de voltar a correr, tenho essa esperança...



ESTA É A HISTÓRIA DO MIKE! A MINHA HISTÓRIA!

HOJE, É O DIA DO MIKE! HOJE, É O MEU DIA!

HOJE FAÇO TRINTA ANOS, TRINTA!

HOJE CONTEI-VOS A MINHA HISTÓRIA!

É SIMPLES, E ESTE SOU EU.



Estou contente com o balanço que faço aos primeiros trinta.

Que continue assim e que venham mais trinta.

E por falar em balanço, sou Balança. Começa hoje o período do meu signo.


Ora então, um brinde a mim, à minha saúde, à saúde de todos!

Viva o Mike.

VIVA EU!

domingo, 23 de setembro de 2007

Cena de filme (frames)

Um restaurante, uma mesa de jantar, um grupo de amigos.
Ele encontra-se sentado de frente para a entrada. Está divertido. Solta gargalhadas com os amigos.
A certa altura ela entra. Ele vê-a chegar e deixa cair o sorriso. Uma nova sensação apodera-se dele. O ar é agora de espanto. Acompanha com o olhar todos os movimentos daquela mulher. Naquele movimento de ancas, naquele passo seguro a contrastar com o ar frágil que a expressão facial revela, no perfume que liberta ao passar, ele vê o que nunca tiva visto, ele sente o que nunca tinha sentido.
Os pensamentos atropelam-se. O coração bate mais forte. Aquele momento mudar-lhe-á a vida. A partir dali, nada mais será igual...

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Tinha que ser

Eu sabia que um dia teria que ser.
Eu sabia que um dia a empresa iria receber uma notificação para identificar o condutor. Eu sabia e confirmou-se.
Parece que no dia 05 de Junho, algures na E.N. 111, passei por um radar a 83 Km/h. Parece também que o limite era de 50 Km/h. Não vi nenhuma viatura suspeita, mas se calhar também não estava lá nenhuma. Esta autentica caça à multa a que eu tinha vindo a escapar ileso tem permitido aos senhores das calças gay fazer trinta por uma linha (como eu adoro esta expressão!), faltando só que os senhores se empuleirem (também acho esta palavra fantástica!) nos postes de alta tensão ou nos ramos das árvores a tirar fotografias a quem passa. São uns voyeurs, é o que é!
E logo eu que não costumo aparecer nas fotos - habitualmente sou eu quem tira as fotos - tinha que aparecer de costas!
A empresa ainda não me passou a informação, por isso, até ao momento o que vos relato é o que sei. Apenas posso acrescentar que já nem sequer tenho aquele carro!
Tinha que ser assim. Sempre disse que dificilmente poderia ser multado nas auto-estradas, pois normalmente circulo com o cruise control ligado entre os 140 km/h e os 150 km/h, velocidade habitualmente imune ao radar, é que os senhores das calças gay só o fazem disparar a partir dos 150 km/h. Já nas estradas nacionais e nas localidades sou bem capaz de circular a 120 km/h. Não, não sou louco, sou só um gajo apressado, tenho para mim que o meu tempo tem que ser bem aproveitado, por isso tento chegar depressa para aproveitar mais e melhor. Obviamente que aí há um preço a pagar. E desta vez vou mesmo pagá-lo.
Como é a primeira vez, vai doer, mas é só na carteira! Pelo menos assim espero.



Amanhã vou a Lisboa.

Tenho uma reunião em Lisboa (é giro dizer "tenho-uma-reunião-em-Lisboa", pareço logo um tipo à maneira!). Embora seja uma reunião com as chamadas "pessoas importantes" o meu chefe fez questão que eu estivesse presente. Fiquei contente, claro. É bom ter um chefe que não quer os louros só para ele. Só por isso ele já os merece.
A cada dia que passa sinto-me mais à vontade com ele (parece uma frase bastante panasca, mas não é!), na forma como comunicamos, na autonomia que me dá e na confiança que demonstra ter em mim. Eu também tenho feito por merecer essa confiança e essa autonomia.
Penso que já aqui disse que gosto de ir a Lisboa e tenho pena que seja sempre de passagem. Gosto de Lisboa, gosto da nossa Capital, da nossa única cidade de cariz europeu/internacional. Gosto das ruas, da luz, das lisboetas que passam no passeio enquanto espero que o semáfero passe a verde, gosto da forma como vestem, dos seus passos seguros, do charme, da forma cosmopolita como vivem.
Não quero com isto dizer que não gosto das mulheres do Porto, gosto, mas são mais fechadas, e, tal como a cidade, mais sombrias. E são também mais desconfiadas. Mas gosto muito, até porque como bom democrata que sou, aceito-as a todas, cada uma no seu estilo, sejam do Norte, do Centro ou do Sul, do litoral ou do interior. Pena que elas não me aceitem também!

Amanhã vou a Lisboa e espero não ser multado! Nem é bom pensar nisso!

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

All-in-one

Decidi, para me facilitar a escrita e para facilitar a leitura dos “meus queridos clientes”, fazer o texto que se segue no género tudo-em-um.
Isto porque desde o último texto várias coisas são dignas de registo. Ou então não!

Assim, por pontos, aqui vai:

1) Treze de Setembro e o Horóscopo

Começando pelo comentário feito pela B.a.b.e ao texto anterior, a minha vida move-se em função da realidade. O mundo virtual que é a Internet e os blogues permite-nos cruzar com outras vidas, vidas essas sem rosto e/ou sem nome, que nos aproximam, mas que não nos unem. Permite-nos também interagir com os mundos de cada um, sem que isso traga grandes progressos para a nossa vida. Tenho pena que muitas vezes os comentários que fazemos nos blogues de cada um sejam apenas um princípio de coisa nenhuma pelo facto de serem virtuais! Mas que a B.a.b.e. é gira, lá isso é!
Para que as coisas corram, na minha ou na vida de outros/as como eu, é efectivamente necessário sair, não na ânsia da procura, mas na abertura para o encontro. Eu estou aberto a isso, a uma vida social activa, e de conhecimento em conhecimento sei que um dia a (aquela pessoa, entenda-se) vou conhecer ou reconhecer ou até reencontrar.
E sim, o Sr. Paulo Cardoso esteve acertivo!
(Para o Malmoro – não correu mal, se tiver em conta que me deitei às 3h da manhã por ter estado em amena cavaqueira com duas mulheres interessantíssimas. Uma é minha amiga e a outra é interessante! :-))

2) O Fim-de-semana

Na Sexta-feira o dia de trabalho começou muito tarde. Depois das conversas da noite anterior que me fizeram deitar depois das três da manhã, não me consegui levantar a horas. O chefe não me disse nada, nunca diz, porque também nunca tenho horas para sair, e, às solicitações dele a qualquer hora ou dia, tenho respondido sempre com disponibilidade total. Como o dia não tinha começado cedo, não consegui que acabasse cedo. Tinha combinado com o V. ir ver Jorge Palma e acabei por andar à pressa para cumprir o combinado, consegui e foi muito bom ver Jorge Palma em boa forma, num cenário – o parque da cidade – muito bonito.
No Sábado, após a magnífica vitória do Benfica, com o GRANDE RUI COSTA mais uma vez a demonstrar que tem o vigor dos vinte anos (pena que o Petit se tenha lesionado!), fui ver os The Gift. Estiveram grandiosos. As músicas tocadas tiveram, quase todas, novas roupagens face ao que nos é apresentado no álbum “Fácil de Entender”. A Sónia Tavares está com uma energia em palco invejável. Longe vão os tempos de uma Sónia estática nos concertos do Vinyl…!

3) O V.
A minha vida e a minha amizade com o V. fundem-se na minha memória. Desde sempre, desde que me lembro de mim, que somos amigos. Tudo o que eu fui na infância, foi com ele que vivi e partilhei. Os tempos em que nos transformávamos nos heróis dos desenhos animados ou das bandas desenhadas, em que encarnávamos os ídolos que tínhamos no futebol. As subidas às arvores, as brincadeiras na mata lá no nosso lugar, o lugar onde fomos felizes e onde todas as pessoas cuidavam de nós, com a mesma preocupação das nossas mães ou das nossas avós, como se todas essas pessoas fossem a nossa família. Dói-me saber que a vida dele está longe de ser uma vida quase perfeita, está, até, longe de ser uma vida recheada de coisas boas, como a minha. Dói-me na alma e custa-me saber que nada posso fazer…

4) S de Só

Enquanto estou só agarro-me ao que tenho… ou ao que consigo ter. Não sinto este só de uma forma negativa, mas de ausência em mim. O que consigo ter é tão só o que consigo ver. E aí, vejo o teu sorriso e tomo-o como meu, num sentido de posse clandestina. O teu sorriso, esse que te arranco de vez em quando, que não faz parte de ti, porque esse sorriso és tu e não apenas parte de ti. Deverias ser sempre assim. Faz-me falta não o ver sempre, porque faz-me falta não o ter, para sempre.
(Não tenho moleskine, por isso escrevo no telemóvel. Foi ontem à noite, quando me deitei.)

5) A Mighty Heart

Fui hoje ver este filme. Apesar de estar com o corpo e a mente possuídos pelo sono, resisti. Consegui ver o filme com atenção, pelo menos a necessária para apreciar o desempenho da sensual Angelina Jolie. E que desempenho!
Lembro-me de ter visto as notícias sobre a captura e decapitação de Daniel Pearl, mas ver o filme que relata a história do ponto de vista da mulher do jornalista tem outro impacto. Gostei muito e recomendo.

6) 4.999…



Á hora em que termino este texto e o publico, este espaço já terá ultrapassado as 5.000 visitas. Tenho orgulho por isso. Claro que comparado com outros espaços que conseguem num dia o que eu consegui desde Março até hoje, poderá não ter valor nenhum. Acontece que não me quero comparar com ninguém. Este é o meu espaço, quem aqui vem, sente o que é a “Vida Quase Perfeita” do Mike. Talvez não seja o paradigma da vida quase perfeita, talvez aos olhos de cada um não tenha nada de quase perfeito, mas é seguramente uma vida cheia de amizade, de família, de trabalho, de sorte, de risos e de sorrisos, de festa e de viagens, de partilha, de música, de partilha de música, de filmes, de tudo ou de nada.
Resta-me avançar para algo mais, porque quem aqui passa merece o melhor do Mike. Assim que tiver tempo vou fazer obras no tasco, vou melhorá-lo, vou proporcionar mais e melhor a quem cá passa. Esse será o meu agradecimento e, entretanto, vou prometer também mais qualidade na forma como exploro os temas, vou apresentar outros temas, outras ideias e outras visões. Agradeço a todos o tempo que dedicam ao Mike.

Uma boa semana para todos!

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

De manhã, enquanto estava no trânsito...

... ofereceram-me o jornal Meia Hora.
Como tenho o hábito de folhear os jornais e as revistas da última para a primeira página - não me perguntem porquê; e sim, sei que é uma coisa esquisita - dei logo de caras com o horóscopo.
«Deixa cá ver o que o Sr. Paulo Cardoso me reservou para hoje!» pensei eu!
Reservou-me isto:
Estará com uma excelente disposição e pode ter um contacto interessante com uma mulher. É uma boa altura para lidar com pessoas do sexo feminino.
Considerei logo o Sr. Paulo Cardoso uma pessoa fantástica e um verdadeiro especialista em astrologia que me conhece profundamente!
Agora que faço o balanço do dia, posso dizer que de facto estive bem disposto, tive contacto (ainda que profissional) com mulheres: antes do almoço tive duas reuniões - a primeira com uma mulher com idade para ser minha mãe, a segunda, com duas mulheres, uma com aspecto "arrelampado" e outra que até é bem interessante e simpática!
Mas como o dia ainda não acabou e o chamado "contacto interessante" ainda não aconteceu (ou então já e eu não dei por nada!), vou comer a minha sopinha e vou sair que até à meia-noite ainda tenho muito tempo para contactar!!
É que não era nada mau que o Sr. Paulo Cardoso estivesse absolutamente certíssimo!


Responsabilidade

O meu chefe emprestou-me hoje uma colecção de cd's de David Sylvian que é uma raridade. Se já é difícil encontrar à venda cd's de David Sylvian, imaginem quão difícil será encontrar uma caixa para coleccionadores que inclui um cd com músicas inéditas!
Claro que sim, claro que os estou a gravar para mim. claro que se algum elemento da ASAE for cliente aqui do tasco, ainda vou dentro, mas acredito que toda a gente me compreende. Não é crime gravar cd's que não conseguimos comprar porque não estão há venda! Mas isso também não interessa nada!
O que interessa é que é uma enorme responsabilidade ter comigo esta colecção. Espero não ser assaltado! Se alguma coisa acontecer a estes cd's, tenho a certeza que passo a ser cliente do centro de emprego mais próximo.

Para além desta colecção, emprestou-me também dois cd's de Koop. Mas aviso já os senhores da ASAE que estes são só para ouvir, ok? Só para ouvir!

Deixo-vos aqui uma musiquinha de David Sylvian e outra de Koop. Espero que se deliciem.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

POST (muito) PRIVADO

Foi há um ano.
A seguir ao almoço, um telefonema que já ia longo. De repende deixei de te ouvir. Voltei a ligar e percebi... assustei-me.
Felizmente foi só um susto e umas cicatrizes para recordação.

Good Friends Are Hard To Find



I wish you the most success
More than I could ever have
I wish you the most happiness
And good friends are hard to find
Don't make the mistakes I've made
And if you do don't be afraid
The greatest lie that there is
Is to believe what they all say

Social loners and deadbeat hacks
I open my arms for you
Cynical romantics want their money back
And you know much more
Than I ever knew
Even though I pretended to

Churchgoers wait for the bells to chime
And I'm in a non-defeatist state of mind
I know you'll shine in the limelight
God knows you've done it before
All the girls who dig all your mental scars
And the boys who pat you on the back
You and I may take a different path
But I'll still be cheering you on

You know much more
Than I ever knew
Even though I pretended to

I wish you the most success
More than I could ever have
I wish you the most happiness
And good friends are hard to find
Good friends are hard to find

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Para partilhar

Ontem fui ao Alentejo.
Fui ver como estavam a decorrer as vindimas.
Nunca tinha assistido às vindimas no Alentejo. Actualmente, a vindima já é feita de forma mecânica, com máquinas e não com pessoas. Foi giro perceber como funciona e a rapidez com que é feita. Foi triste perceber que a evolução traz destas coisas e, com ela, traz também o fim das tradições. Nas adegas, de uma forma geral, já não se pisam uvas a pé. Substitui-se também essa tradição por robots mecânicos que simulam a pisa a pé.
Pude provar uvas das diferentes castas. Perceber as diferenças não só no tamanho dos bagos, mas também no tamanho dos cachos. Pude provar uvas de quase todas as castas conhecidas e usadas no alentejo, desde as Trincadeira, às Aragonês, Syrah ou Cabernet, da Touriga Nacional ao Zinfandel.
Foi bom perceber que a vida no Alentejo continua a correr devagar, que a gastronomia continua a ser absolutamente deliciosa e inesquecível, que as pessoas continuam afáveis e prestáveis.
Foi engraçado pisar os solos e ver levantar nuvens de pó junto aos pés, sentir o calor dos 30 graus em dia que ameaçava chuva e trovoada.
Na adega, pude provar os mostos. Para quem não souber o que está a provar, não consegue acreditar que de tão amargos que são, um dia se vão tornar em grandes vinhos.
Inquientante para mim, foi pensar que todo este trabalho, o saber e a paixão do enólogo, e toda a atenção dedicada a este líquido, só poderão ser reconhecidos quando a rolha for retirada da garrafa e o vinho cair nos copos... lá para meados de 2009!
Regressamos ao norte.
Mil e tal quilómetros depois de ter deixado a cama regresso a ela, mais cansado, mais contente e mais rico do que quando dela me tinha separado!
Hoje o dia custou a passar. Contava sair cedo mas ainda estou na empresa. Não quis sair sem antes partilhar a minha mais recente riqueza.
Agora vou.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Não era nada "boring"...

... encontrar por aí umas meninas assim como estas, que estivessem



disponiveis para serem amadas!

É que não era mesmo nada "boring"!

Por isso, e porque no fundo no fundo, tenho esperança de que há-de haver por aí alguém assim, disponível para mim, vou sair!

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Jantar

(Para ler este texto, aconselho que, primeiro, ponham a música a tocar...)


Chego a casa.
Recebo e faço dois ou três telefonemas.
Ligo o computador para enviar um último e-mail. Dou o dia de trabalho por terminado.
Dou uma volta pela blogosfera.
Decido que hoje vou fazer o meu jantar.
Lenvanto-me, pego num cd dos Tindersticks e ponho-o a tocar. Arrasto uma coluna na direcção da cozinha para melhor ouvir a música.
Entro na cozinha, à esquerda, o fogão, a banca e o lava-loiça. À direita, o frigorífico e a mesa.
Procuro todos os ingredientes de que vou precisar. Ponho a àgua a correr e, quando a sinto quente, pego no tacho e encho-o. Apenas o suficiente para cozer o fuzilli.
Vou ao frigorífico, pego na embalagem de tomate cereja, na embalagem do queijo mozzarella, na embalagem de manjericão e no quarto de cebola.
Vou ao armário, tiro a embalagem de fuzilli e pego na garrafa de azeite. Coloco o avental.
Adiciono um fio de azeite à àgua e um pouco de sal e, enquanto espero que a àgua ferva, lavo os tomates, a cebola e o manjericão. Corto os tomates e a mozzarella, pico a cebola e o manjericão. Coloco-os num recipiente e adiciono um grande fio de azeite, a flor de sal, um pouco de pimenta. Os Tindersticks tocam só para mim.
Espreito o frigorífico. A única garrafa de vinho branco repousa lá - é uma garrafa de Vinha da Defesa. Pego-lhe, pego no saca-rolhas e abro-a. Cheiro a rolha - está em condições. Verto o vinho no copo. A cor tem tonalidade amarela esverdeada, brilhante. Levo o copo ao nariz para sentir os aromas. São complexos, mas sobressai a lima e alguma fruta tropical - destaco, talvez o ananáz. Levo o copo à boca. Alguma acidez, mas bem equilibrada, transmite frescura. Tem um belo final de boca, persistente.
Preparo a mesa. Entretanto o fuzilli cozeu. Passo-o três vezes em àgua fria. Não só ajuda a manter a consistência "al dente" como o arrefece rapidamente. É isso que pretendo. Junto os ingredientes, numa alquimia de sabores. Polvilho um pouco mais de flor de sal.
Sirvo o meu prato e vou para a mesa. Ficou perfeito, na textura e no sabor - sou muito crítico em relação a mim mesmo, procuro sempre melhorar, mas sei reconhecer o meu mérito!
Sirvo-me novamente e, ainda mais uma vez. Exagerei, mas estava-me a saber mesmo bem. Neste meu egoísmo, desfruto sozinho daquilo que deveria ser a dois. O vinho corre-me e refresca-me, mas penso que, talvez, um Grandjó ou um Vinha das Garças «casariam» aqui melhor, por serem mais leves e mais doces, mas não está mal.
Termino. Ainda tenho vinho no copo - e mais metade da garrafa que, penso, ficará para amanhã. Levanto-me e vou buscar um cigarro. Enquanto fumo e termino o vinho.
Arrumo tudo. Escrevo este texto e espero pelo dia de amanhã...

A ouvir em modo repeat

Comprei ontem o novo álbum dos Linkin Park, Minutes To Midnight.
Ouvi-o todo, seguido, enquanto conduzia pela cidade. Gostei do álbum em geral, mas uma música saltou logo para dentro de mim.
Intitulada Leave out all the rest, e com esta letra…

I dreamed I was missing
You was so scared
But no one would listen
Cuz no one else care

After my dreaming
I woke with these fear
What am I leaving
When i am done here?

So if you're asking me -
I want you to know

When my time comes
forget that wrong that I've done
help me leave behind some
reasons to be missed........

And dont resent me
And when you're feeling empty
keep me in your memory
leave out all the rest.......

Leave out all the rest......

Dont be afraid
I've taken my beatings
And shared what I've made

I am strong on this surface
Not all the way through
I've never been perfect
But neither have you

So if you're asking me -
i want you to know

When my time comes
Forget the wrong that I've done
Help me leave behind some
Reasons to be missed

And dont resent me
And when you're feeling empty
Keep me in your memory
Leave out all the rest

Leave out all the rest

Forgetting... all the hurt
inside you've learnt to
act so well
pretending... someone else
cant come and save me from
myself
I cant be who you are

When my time comes
Forget the wrong that I've done
Help me leave behind some
Reasons to be missed

And dont resent me
And when you're feeling empty
Keep me in your memory
Leave out all the rest

Leave out all the rest

Forgetting... all the hurt
inside you've learnt to
act so well
pretending... someone else
cant come and save me from
myself
I cant be who you are

I cant be who you are...........


... partilho-a aqui

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Ontem vi este filme...




... E para além dos bons actores e actrizes tem isto:

«Como alguém um dia disse, existe uma diferença entre um fracasso e um fiasco.
Um fracasso é apenas a ausência do êxito. Qualquer idiota pode alcançar o fracasso, mas um fiasco… um fiasco é um desastre de proporções míticas.
Um fiasco é uma lenda contada a terceiros… que faz as outras pessoas sentirem-se mais vivas por não lhes ter acontecido a elas.»
(…)
«Os homens vêem as coisas numa caixa quadrada e as mulheres vêem numa sala redonda»
«Não há nada melhor do que decidires na tua vida que as coisas são pretas ou brancas».
«E esse teu homem, que decididamente te tem como garantida, que tira partido de ti, é mau! E isto que eu te digo é bom, tu não deves ser a substituta de ninguém. Esse tipo deveria estar agora, aqui a fazer isto…»
«E não te preocupes, porque com o aspecto fantástico que estás hoje estás segura comigo!»
«Eu gastei tanto tempo à procura da resposta para o problema, que acabei por esquecer qual era realmente o problema.»
(…)
«Tens cinco minutos para te entregares às delícias da infelicidade.
Goza-a, abraça-a, livra-te dela… e segue em frente.»
«A tristeza é mais fácil porque é uma forma de rendição. Eu sugiro que arranjes tempo para dançar sozinho… com uma mão em movimentos livres.»
«ÀS VEZES A ESTRADA ADIANTE É PAVIMENTADA APENAS POR BOAS INTENÇÕES.
Não te percas.»
(in Elizabethtown - legendagem portuguesa com retoques meus!)


Eu sei, "lugares comuns", eu sei. Mas pergunto a quem por aqui passa e me lê, lê a minha vida, lê um pouco de mim... de mim que tenho uma vida repleta de lugares comuns, eu pergunto-vos: e a vossa vida? Também ela é cheia de lugares comuns, ou será só a minha?
E porque raio é que todos nós, eu e vocês, dizemos "lugares comuns" com sentido pejurativo? Será a nossa vida, também ela, assim tão pejurativa?

É só um filme...

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Quem nunca foi feliz?

Naquele tempo a vida corria devagar.
Era tempo de sermos felizes sem pressas, de vivermos intensamente, de sonhos grandes, muito grandes, de perspectivas e futuros brilhantes.
A descoberta, a experiência partilhada, a inocência que achávamos que não tínhamos. Era tão simples!
Sair à noite era sair toda a noite, nas festas de fim de período do liceu, nas festas académicas da universidade, nas discotecas ao fim-de-semana, com os amigos.
Os rituais que se criavam, primeiro, para sair de casa, depois no grupo de amigos. Era o tempo da afirmação.
Ouvia-se e dançava-se música foleira, mas com ritmo, com letra, e o amor era o tema universal – ainda é! – e a música foleira era aquela que todos sabiam cantar. Foi sempre assim.
No calor da noite, ao ritmo da música foleira, éramos os maiores…

Afinal, a música foleira é e será sempre o nosso passado!


segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Estivemos lá!

A minha expectativa sobre o Red Bull Air Race era alta. Tinha para mim que seria um evento imperdível.

Lá fui, com a R., o S. e o G.. Tinhamos a noção que iamos tarde e que seria difícil deixar o carro perto, por isso decidimos estacionar o carro no parque do Silo. Caminhar, para nós, era tarefa facilmente executável.
À medida que nos iamos aproximando da ribeira, iamo-nos enquadrando com o cenário - pessoas aos milhares. Aí, tivemos a noção que realmente tinhamos ido tarde.
Ao fim de muitas tentativas de chegar a um bom lugar e alguns quilómetros percorridos, lá encontramos um lugar. De difícil acesso, obrigou-nos a recorrer às técnicas usadas na infância. Valeu a pena, a vista era óptima!
Confesso-vos que tive alguma dificuldade em recolher imagens, dada a velocidade a que os aviões passavam e dada a minha inabilildade com a máquina fotográfica. Como ainda não editei as fotos, não vos deixo aqui nenhuma e ainda bem, porque assim poupo-vos a ver as minhas fracas fotos.

Quanto ao evento propriamente dito, a espectacularidade é maior na televisão do que ao vivo, pois as passagens são muito rápidas e parecem sempre iguais. Orgulho-me por lá ter estado, porque fiz parte da multidão, porque fui um dos 600.000 mil que lá estavam e que embelezaram o evento, dando-lhe a dimensão e a magia que, na minha opinião, teve.

O melhor de tudo, no entanto, foi sem dúvida, o G. ter ficado para jantar. Permitiu, por isso, que após um jantar em grupo - com amigos dele que cá estavam e que tornaram o jantar engraçadíssimo e amigos dos amigos deles que eram aborrecidos - pudessemos sair, os dois e conversar, sobre tudo, sobre o estado da relação dele, sobre o estado das minhas não-relações, sobre os projectos, os objectivos e sonhos de cada um. É uma amizade muito antiga, a nossa, mas sempre muito actual, sempre com coisas novas nas nossas vidas, sempre com aquela cumplicidade que vem dos tempos de criança, sem segredos e sem eufemismos. Dizemos o que sentimos e o que pensamos sem rodeios, de forma genuína, com a certeza que o que fica por dizer é, mesmo assim, percebido pelo outro.
Tudo isto numa noite convidativa, entre a esplanada do Casa Agrícola e o sofà vermelho, no canto junto ao balcão, do Plano B. Sim repeti os locais nas duas noites, mas com amigos diferentes!
A única coisa que não gostei foi ter ficado a saber que, muito provavelmente, o G. não estará cá nos meus anos e isso não estava nos planos!
Se se confirmar, ficará essa ausência física e só física, porque, na verdade, os amigos estão sempre presentes!

Hoje (Domingo), estive na preguiça quase todo o dia!
Ao final da tarde fui às compras. Tinha o frigorífico vazio, não tinha àgua para beber, não tinha ingredientes para cozinhar! Trouxe umas coisas novas para experimentar fazer uma salada diferente. Não sei se vai resultar, mas como a cobaia, à partida, serei eu próprio, não haverá problema!

Pior, só mesmo ter-me lembrado de ir jantar a casa dos meus pais! Esqueci-me que, ao Domingo, os domingueiros regressam a casa antes do jantar. Quero com isto dizer que a minha viagem até casa dos meus pais, em vez de um prazer, tornou-se num suplício, deixou-me num absoluto estado de nervos e sem paciência para ninguém! Ou seja, reduzi a minha habitual resposta ao inquérito da minha mãe e da minha irmã a escassas respostas.
Ah! Comi como um animal, o que me deixo (e ainda estou) mal disposto! Mas soube bem e acalmou os nervos!

Termino este post escrevendo sobre o Benfica e a vitória de hoje.
Gostei. Gostei da vitória, da exibição na segunda parte, mas acima de tudo, e porque não me canso de o dizer e escrever, ver o "nosso maestro" a jogar a este nível, é uma coisa que não se descreve, mas que se sente. Grande Rui!

Boa semana a todos!

sábado, 1 de setembro de 2007

Air Race



Afinal vou mesmo tentar arranjar um espacinho no meio do maralhal e vou com a R. o S. e o G. ver o RBAR.
Nunca percebi porque é que para ir trabalhar é o cabo dos trabalhos para sair da cama e para estas coisas me levanto na boa, sem esforço!?

Aproveito ainda para deixar aqui esta cantilenazinha!



Bom Fim-de-Semana!!!!!!

Plano B

O meu plano para esta noite era ir ter com os amigos.
Liguei ao S. para saber se estava lá pela terra, a nossa. Disse-me que não, que estava no Porto com a R.. Combinamos ir tomar café.
A noite estava -a ainda está - convidativa.
Fui buscá-los, andei às voltas até nos lembrarmos (na verdade foi o S. que sugeriu) onde ir. Lá fomos ao Casa Agrícola - é um óptimo bar para início de noite, eu até gosto muito de lá ir, mas às vezes esqueço-me que existe e lá vou à procura não sei de quê para Matosinhos - conversamos, tomamos café, conversamos, bebemos (eu bebi aguinha, que só me faz bem) e, a seguir, sugeri o Café Lusitano, que é um bar muito giro, onde só temos de aprender a partilhar o espaço com a gayzada toda, mas na boa! O S. e a R., no entanto, perguntaram se eu sabia onde era uma tal de uma discoteca que tinham ouvido falar que era gira e que tinha óptimo ambiente e que a T. já tinha falado nisso e que passa por lá muita malta de belas artes e mais-não-sei-o
-quê. Eu respondi que sim, que sabia qual era e que até gostava de lá ir, mas que não era nenhuma discoteca, era um bar e sim, poderiamos lá ir.
Cheguei agora de lá. Foi hoje a reabertura, está melhor, o ambiente continua bom - por acaso hoje estava mesmo muito bom - e pena foi o concerto do Legendary Tiger Man. É que a ideia do homem até pode ser muito boa, mas a música não me cativa, gosto de menos ruído, confesso. Estava-se bem, conversamos bastante, ainda encontrei por lá o P., com quem trabalhei há uns anos atrás e que continua baixinho, como sempre (!!) e ainda está nessa mesma empresa, e, surpreendentemente, também encontrei a S., que conheci no Festival das Marés Vivas e hoje reconheci, o que até foi engraçado, dado o lastimoso estado alcoólico com que terminei aquela noite.
Desta forma, se passou hoje a noite, no Plano B.
Agora vou dormir e quando acordar vou com a R. e o S. ver os aviões.
Vamos lá ver se nos cai algum em cima. Não vinha nada a calhar... digo eu!