Hoje fui às compras e não me deixei enganar. Substituí isto:
Por isto:
E porquê? - Perguntam vocês. É simples. - respondo eu. É que os primeiros são feitos daquelas famosas frutas que, confesso, por grande ignorância minha, não sei de onde vêm e nunca as vi, que são as frutas concentradas. Parece que existem pomares onde se pode encontrar Laranjas, Pêssegos e Morangos e Ananases concentrados. Se calhar até é fruta mais inteligente, pois que se estão concentradas aprendem melhor e mais rápido. Mas eu, que sou uma espécie de tradicional-moderno (sou eu que me auto-intitulo assim e espero que não tenham nada contra), continuo a preferir a fruta convencional. Bem sei que num país onde se dá muito valor à licenciatura, a fruta tradicional nunca atingirá um status-quo que lhe permita sonhar com o reconhecimento, mas eu que sou um grande defensor de causas nobres, talvez por isso, prefira beber um sumo/batido feito 100% com fruta convencional. A única coisa que, numa primeira abordagem, me deixou intrigado foi o facto de me ter deparado com um SoNatural de Banana. Pensei cá para mim, de que forma os senhores espremeriam as bananas para elas largarem sumo - deveria ser cá uma canseira - pelo que me apressei a pegar na embalagem e para meu descanso, pude verificar que o SoNatural de Banana afinal é feito com uma maior percentagem de maça (se calhar os senhores deveriam ter colocado no rótulo Maça Banana, mas isso é lá com eles). Sendo assim, apesar de ser mais caro, prefiro trocar os "essencial" da Compal pelos SoNatural da GLSA (é uma empresa portuguesa), apesar de serem substancialmente mais caro. Mesmo assim, se é para beber fruta natural, então que seja mesmo fruta natural.
Chegado de Lisboa, cansado, preparo-me para mais uma semana de trabalho. Coisas boas, como o fim-de-semana, como o fim-de-semana em Lisboa, com os amigos retiram a vontade de iniciar mais uma semana. O que passou fica na memória e na cara fica o sorriso. Cá dentro, a vontade que o fim-de-semana nunca acabe ou, de uma forma mais racional, que volte depressa.
Apesar das constantes discussões sem nexo e que nunca têm fim, entre mim, o S. e o N. - numa constante competição para saber quem tem razão, quais putos no recreio da escola - estes fins-de-semana são cada vez mais de puro prazer, trazendo com eles a vontade de continuar.
Para além da diversão, tempo para um momento cultural.
Confesso que depois do que vi, como sempre, levanta-se em mim a dúvida de se tudo o que vejo é arte ou apenas e só uma fraude, um insulto ou uma boa forma de gozar com o público. É que, se há coisas que não se entende, algumas "obras de arte" não só não se entendem, como não fazem sentido, como é o caso de telas pintas de branco ou, pior, videos cheios de coisa nenhuma. Fico com a ideia de que alguma arte ali apresentada terá sido comprada por atacado, ao melhor estilo da barraca dos ciganos de uma qualquer feira. Fraudes à parte, gostei muito do que vi, fiquei impressionado com a quantidade de obras da colecção Berardo, e, neste caso, já estou a excluir as fraudes. Valeu a pena lá ter ido e só foi pena não termos esperado pela hora da visita guiada, pois os nossos conhecimentos sobre a arte não nos permite apreciar melhor ou entender muito do que vemos (mais uma vez, fraudes à parte). Fica a intenção de repetir com guia.
Esta ida a Lisboa serviu também para que a A. me entregasse o cd que lhe pedi que me trouxesse de Madrid e, dessa forma, poder ter e ouvir o novo cd dos Marlango - o fantástico "The Electrical Morning".
Hoje o S. faz anos. Vamos para Lisboa. Vamos festejar. Pelo caminho, almoçaremos na Bairrada - faz anos, teve direito a escolher, e escolheu almoçarmos leitão - vamos lá. Estou atrasado! Já sei onde irei logo à noite, só não sei se vou gostar. Logo veremos. Nunca aqui o disse, mas para além da família e da F., também já morei com o S.. Por isso conhecemo-nos muito bem, quase como irmãos. Ele insiste que eu mudei e que me tornei melhor do que era. Infelizmente, dele tenho uma opinião diferente, tenho a opinião de que está mais revoltado - sempre foi, mas está mais - e continua a não querer empurrar a vida, antes espera que ela o arraste. Apesar de tudo tem um coração muito maior do que o meu. É também a pessoa que eu conheço mais social e com maior capacidade de adaptação ao meio envolvente. Nesse aspecto, tenho-o como exemplo. Tem também a namorada mais paciente que eu conheço, porque o adora, não há dúvida, mas com uma paciência extraordinariamente superior a qualquer outra pessoa. Dando sequência às actividades conjuntas que iniciamos em 2007, vamos até Lisboa.
À velocidade a que as coisas hoje acontecem, temos ainda dificuldade em nos adaptarmos.
Penso que, por isso, ainda seja dificil perceber se as novas formas de comunicação e de socialização com suporte web - como o Messenger, o Hi5 ou os Blogs - assumirão no futuro o papel que antes era assumido pelos cafés, bares e discotecas, um papel de encontros e desencontros, de vidas que se cruzam, de gente que se conhece. Para já, nesta fase da descoberta as pessoas, de uma forma geral, vão-se reservando, ainda que comecem a interagir, a comentar um texto de alguém que não deixa de ser um desconhecido, a trocar e-mails com esses mesmos desconhecidos ou a "conversar" no Messenger. Nasce assim um novo conceito: o conhecido-desconhecido. É alguém de quem já conhecemos algumas características, alguns gostos, algumas opiniões e, até hábitos. De alguns podemos mesmo conhecer as divisões da casa, e o interior do frigorífico ou da dispensa! Apesar de tudo, continuamos a ser desconhecidos, a não saber como sorri, quais as expressões faciais, os gestos, a postura, o comportamento social.
É um processo completamente invertido. Antes, a primeira impressão que tinhamos de alguém era uma impressão fotográfica. Antes, só se conhecia verdadeiramente uma pessoa quando se ficava a saber o que ela guardava lá dentro, o que pensava, quais as suas motivações e gostos. Eventualmente, só mais tarde se viria a conhecer as divisões da casa ou o interior do frigorífico.
O mundo anda estranho. O mundo é das pessoas. As pessoas andam estranhas? Julgo que não.
Andamos a descobrir um novo mundo, cheio de novas possibilidades. Percebendo como funciona tentaremos adaptar-nos! Até lá tudo parece estranho.
Em resultado da minha vida profissional, das minhas relações pessoais ou de circunstâncias várias, tenho vindo a conhecer pessoas – homens e mulheres, embora o texto se vá concentrar nas mulheres – que me parecem pessoas muito interessantes, mas quase todas com uma vida que não é exactamente “quase perfeita”. Ora essas pessoas com que me cruzo teriam tudo para ter uma vida “quase perfeita”, não fosse o caso de uma boa parte delas viverem ainda do passado. Não, não são retrógradas, longe disso, mas agarram-se a um passado que teimam em não largar, mesmo que muitas vezes, o passado também não as largue. São, no meu ponto de vista, extremamente interessantes, adultas, modernas, cultas, com interesses vários e com vidas profissionais mais ou menos bem sucedidas, que lhes permite serem independentes. Refiro-me, claro, a pessoas que estão, de momento, solteiras ou em vias de o serem. Pessoas que tiveram vários relacionamentos, pessoas que já foram casadas, pessoas que têm filhos, pessoas que ninguém lhes conhece relacionamentos recentes. A ver pela amostragem (e por o que outras pessoas me vão dizendo), existe uma fatia cada vez maior de “encalhados no passado”, que de alguma forma, perdem mais tempo a olhar para esse passado do que para o presente e, por isso, não constroem o futuro, ou, pelo menos, constroem-no em função de uma esperança de que o passado volte ou, mais grave ainda, na ausência de qualquer esperança. São pessoas feridas pelos seus passados, as quais não conseguem fazer sarar as feridas, não por serem profundas, porque nem sempre o são, mas porque frequentemente essas pessoas ou até o seu próprio passado colocam lá o dedo, apesar de isso fazer doer, de infectar, de nunca curar. Essas pessoas (neste caso refiro-me exclusivamente às mulheres) tiveram na vida delas um Mike qualquer que as amou, que as convenceu a amarem, que as fez feliz, que foi feliz com elas, que criou expectativas numa vida a dois, mas que depois, um dia, sem que elas percebessem porquê, ou até percebendo porquê, fez cair por terra o futuro, aquele futuro que estava ali, à vista. A quem por aqui passa há pouco tempo, devo dizer que sim, sou um desses tipos que fez alguém sofrer, que quebrou a esperança, que desfez o sonho – talvez hoje seja visto como um pesadelo, como algo que afinal até foi bem melhor assim, não sei… - que deitou fora uma parte do passado, que foi cruel numa decisão inesperada e intransigente. Ser feliz é muito mais do que cumprir sonhos do passado. Ser feliz é criar o futuro, não em função dos sonhos mas das realidades, das expectativas atingidas e das frustradas. É procurar sempre alternativa.
Aqui só está parte do que eu sou. Nuns dias a parte melhor, noutros a pior, mas nunca o que de facto eu sou.
Gosto de ler os outros. Gosto de ler a vida dos outros, os pensamentos do outros, o quotidiano dos outros. Mas só gosto porque me revejo nos outros, ou porque gostaria de me rever.
Aprendo nos outros. Aprendo porque todos aqui partilham alguma coisa, e em cada partilha enriqueço um bocadinho mais.
Ainda que não se conheçam as caras, ainda que por detrás de uma alcunha exista um ser real, ganhamos afecto, carinho - talvez - e admiração e entramos na vida dos outros. Na maioria das vezes apenas entramos na vida que cada um constrói aqui, para si, para nós.
Existe em cada um de nós várias versões do que somos. Existe o eu social - individual e colectivo - existe o eu familiar, existe o eu profissional, existe o eu "blogosférico" e existe o EU que ninguém sabe que sou, aquele que apenas se revela no espaço que construimos para nós, que se revela ainda mais quando estamos sós. Ainda que estes "eus" isolados acabem por ter denominador comum, muito, mas muito pouca gente os descobre em nós para além da medida em que os damos a conhecer, como os damos a conhecer.
Aqui mais do que pessoas, encontramos fragmentos...
Leio este texto. Logo me surgiram algumas questões que, através do pensamento, fui debitando para mim e que aqui partilho. Pensamentos como «das páginas da nossa própria história que queremos esquecer, não haverá sempre algo bom e importante para recordar? Dos momentos maus não conseguiremos destacar nada de bom? Daquilo que deixamos para trás, não haverá nada que queiramos encontrar mais á frente?» Depois continuei a ler o texto e percebi que, ao contrário da teoria que sempre defendi, afinal há momentos que nos fazem esquecer (ou querer esquecer) algo que algum dia tivemos. Percebi também que a minha teoria baseia-se apenas em experiências vividas como ser masculino. Certas situações apenas numa hipótese muito, mas mesmo muito remota me poderiam acontecer. Outras, nem sequer me passa pela cabeça que possam acontecer. Seremos nós, homens, seres mais capazes de fazer alguém sofrer, de destruir, do que de criar algo, do que de construir? Seremos seres inimigos do afecto? Seremos mais imunes ao sofrimento e, por isso, menos sensíveis à preocupação de não fazer sofrer alguém? Não. Não pode ser assim. Ou então, quem somos nós? O que nos fazia ser importantes para alguém desvaneceu-se, ou nunca existiu? Se existiu, se apenas desapareceu, então está cá e somos melhores e nós já não estamos a dar. Então éramos melhores do que nos tornamos. Ou, nalgum momento, a mulher que estava connosco nos terá valorizado ao ponto de nos elevar o ego a um nível que nos fez perder o valor de lutarmos por ela e de a respeitarmos como até aí acontecia?
Mas é certinho que vão marchar todos, quadrado a quadrado, um a um, até que, por fim e para a história ficarão apenas duas coisas, uns quilinhos a mais e este post.
Claro que quando os recebi pensei em partilhá-los, mas não sabia com quem. Decidi, por isso, que os iria partilhar... convosco! E cá estão eles, a ser partilhados!
Ah! Continuo doente, por isso, hoje fui novamente ao médico. Parece que depois de mais uma amigdalite, ou laringite, ou qualquer outra coisa acabada em "ite", neste momento só tenho uma rinite alérgica! Nada como um belo Atarax, qual bomba, para me pôr bom. Mas antes de me pôr bom vai-me pôr a dormir.
É exactamente isso que vou fazer agora. Só espero amanhã conseguir acordar para ir trabalhar a horas decentes. Alguém disposto a ligar-me às 07.30h? Obrigado. Muito Obrigado!
Inicio este texto com grandes reservas face ao resultado que conseguirei alcançar. Como quase todos os textos que escrevo, tentarei fazê-lo em “one shot”, fazendo depois apenas correcções ortográficas ou de sintaxe. Bem sei que “herrar é umano” (ou então é estúpido), mas se há coisa que eu quero é manter uma escrita digna! Isto tudo porque a Inês, provavelmente influenciada pelos ares Madeirenses, decidiu alargar o desafio a várias pessoas – incluindo-me – o que demonstra uma falta de critério selectivo que lhe desconhecia! Considero, no entanto, que se o desafio foi lançado, o devo aceitar, com prejuízo para quem me lê, incluindo a própria Inês! Para quem não lê o blog da Inês e não sabe qual é o desafio, passo a explicar. O desafio consiste em pegar nos títulos dos últimos 10 posts (ora aqui está um estrangeirismo que não gosto mesmo nada de utilizar – acho a palavra “post” inestética) e elaborar um texto onde inclua os mesmos. Para começar, fui verificar os títulos dos meus últimos 10 (estrangeirismo inestético que não vou repetir). O que é que eu faço com isto? – Pensei, embora no pensamento tenham saído algumas palavras feias que não vou aqui reproduzir. Com títulos como “Do fim-de-semana II” não se torna fácil criar um texto onde isso se encaixe. Pensei em fazer uma análise à linha editorial – ou falta dela – deste blog, mas como isto não é um jornal ou uma revista, não faria qualquer sentido. Pensei também em criar um texto ficcional com um diálogo entre o Zézé Camarinha e uma das suas amigas, o que até seria, mais para mim do que para vocês, um exercício engraçado. A minha decisão recaiu em pegar nos títulos dos (estrangeirismo inestético que mais uma vez não vou repetir) em questão e criar um texto sobre mim e a minha relação com a música. Se há coisas sem as quais a minha vida não faria sentido, para além da família ou dos amigos, a música é uma delas. Em casa, após um dia de trabalho, ou no ócio do fim-de-semana, nunca me sinto só, porque na falta do silêncio das palavras ditas, tenho sempre o som de um qualquer álbum de uma qualquer banda, recente ou mais antiga, a fazer-me companhia. Quando descubro bandas novas ou músicas novas, procuro divulgá-las a todos os que por aqui passam. A música deixa-me mais bem disposto, acalma-me e, ou estou completamente errado, ou é um elemento fundamental na vida de cada um, porque marca momentos – quantos e quantos casais não fazem “daquela” música a “sua” música, à qual se vão associar sempre? Por exemplo, no dia de anos da minha mãe pensei: «tenho que encontrar uma música para a minha mãe (que faz hoje anos) como forma de a homenagear». Poderia ter pensado num poema, numa frase, numa imagem, mas a verdade é que sinto que sou mais eu, que tem mais a ver comigo dedicar uma música. E assim foi. Logicamente que não iria para uma música que não fizesse parte do meu universo musical, tipo a “Mãe Querida” do Graciano Saga, que até era mais apropriada, pela letra que é dirigida claramente à mãe. Através da música consigo também mostrar que a ideia de “There’s no second chance to make a first (good) impression” não se aplica. Dou-vos um exemplo. A primeira vez que ouvi Arcade Fire não gostei. Pode parecer estranho, até porque quem me ofereceu o cd tem muito bom gosto, mas talvez porque não coincidiu com um bom dia para mim, não gostei. Hoje adoro e tenho ambos os álbuns. Percebi que tinha cometido um erro de avaliação, e, ou estou (novamente) errado, ou esta banda vai ser uma banda mítica daqui a alguns anos, porque actualmente, também na música se assiste a bandas descartáveis, que chegam com muita qualidade, que todo o mundo fala deles, mas que quando vão, já ninguém se lembra porque só conseguiram criar uma primeira boa impressão, nada mais. Como já vai longo o texto sobre a minha relação com a música, e como já não acrescento nada de novo, quero agradecer à Inês o desafio e, já agora, dizer-vos que com a gripe que estou e com o sono que estou, seria pouco provável conseguir melhor do que isto. Para além disso, não me ocorre nenhum título, de maneiras que fica mesmo o mais óbvio. Agora vou dormir, para ver se recupero. Até amanha.
Ontem à noite, enquanto conduzia de regresso a mais um fim-de-semana de família e amigos, ouvia isto:
Sabe tão bem conduzir quando se tem esta sonoridade como companhia. Como não consegui encontrar nenhuma destas músicas na internet, decidi fazer os uploads para poder partilhar. Do album Thunder Up, de 1987, são para mim músicas intemporais, tal como os seus interpretes - os The Sound. As letras podem ser encontradas aqui, tal como a história da banda e do seu mentor, Adrian Borland.
Porque não o tenho feito e entendo que o deveria fazer, aqui vai de uma forma bem clara e com todo o fôlego:
OBRIGADO A TODOS OS QUE AQUI TÊM DEIXADO COMENTÁRIOS E AOS QUAIS NÃO TENHO RESPONDIDO EM ESPAÇO PRÓPRIO (o espaço dos comentários), NA DEVIDA ALTURA:
- À INÊS, pela participação activa neste blog. MUITO OBRIGADO pela regularidade demonstrada nos comentários e nas visitas a esta casa. É uma honra ter-te por cá e visitar-te. Sempre de bem com a vida! UM GRANDE EXEMPLO!
- À ANA, que também contribui regularmente com os seus comentários. Agradeço à Ana as músicas e respectivas bandas que através dela vou conhecendo. É bom Ler-te de volta.
- À MENINA DA LUA, apesar de não a ver há muito (acho que fez check in para outro lado)
- À MISSANGA, pelo arrojo. Às vezes é preciso um break thru...
- À Rosa, obrigado pela receita dos scones (que ficaram castanhos!). Parabéns pelas receitas e pelo blog (o mais fotogénico que conheço)
- À TASHA
- À PP
- À MARTA
- AO PORTHOS, o mais cordial de todos os rivais!!! :-)
- À MARY, a divertida.
- À FILIPA
- À SAROKAS
- À SUSIE, a ver vamos se o vermelho traz sorte!
- À SENI
- À GIFINHA
- À SWEET
- AO BRUNO
- À CACAU
- À BAIXINHAAA
- À LEONOR MARTINS, a quem desejo um 2008 bem colorido
- À MLEE
- AO DINIZ
- À ARAGANA
- AO GRANDE CARLOS MALMORO, que anda desaparecido. Fazem falta aqueles textos fantásticos
- À MARGARIDA
- À AMANDA
- À CATARINA
- À TSETSE, essa queridíssima...
- À B.A.B.E, que não gosta de frio (mas alguém gosta?)
- À MARIA MIRIAM, outra desaparecida
- À TNT, que continua a bater tanto nos homens...
- À PIM!
- AO JFD
- AO CRAMA
- À MÃOS DE VELUDO
- AO PEDRO
- À MISS DETECTIVE
- À ESPÍRITO DA LUA
- AO KOKAS
- À MOURA AO LUAR
- À ou AO MELGA
- À B.I.T.C.H
- A TODOS OS ANÓNIMOS (uns mais anónimos que outros)
PELOS COMENTÁRIOS QUE FORAM DEIXANDO AO LONGO DESTES MESES. OBRIGADO PELOS CONTRIBUTOS! VOLTEM SEMPRE. AOS QUE, ACREDITO, AQUI VÃO PASSANDO SEM DEIXAR COMENTÁRIOS, AGRADEÇO TAMBÉM A VISITA E ESPERO UM DIA LER UM COMENTÁRIO VOSSO.
(É só para entreter enquanto lêem o texto. Além disso esta menina é gira!)
E pode fazer toda a diferença. Querem ver? Existem pessoas pelas quais criamos uma empatia desde o primeiro momento e existem pessoas pelas quais nunca criamos empatia e que, só com algum esforço, toleramos e aceitamos conviver. Dito de outra forma, existem pessoas que ainda que as acabemos de ter conhecido, sentimos que sempre as conhecemos, tal é o grau de afinidades que encontramos e existem pessoas que são exactamente aquilo que nunca queríamos ser e pelas quais não nutrimos qualquer simpatia. Algumas vezes são questões comportamentais que nos levam a estes sentimentos perante os outros. Mais vezes serão questões irracionais ou emocionais. Porque gostamos da pessoa ou então porque não gostamos e acreditamos que dificilmente viremos a gostar, o que nos levará a uma aproximação ou a um afastamento. Em muitos destes casos há ainda outros elementos – a ilusão ou o encanto – que nos fazem gostar de alguém que apenas conhecemos muito superficialmente. Ora porque nos cruzamos profissionalmente, ora porque nos cruzamos em ambientes sociais, mas sem grande troca de palavras, sem grande contacto. Quem nunca, na sua vida, conheceu uma determinada pessoa que considerou ser interessantíssima, quando aos olhos de todos à sua volta, ela não passa de uma pessoa vulgar ou fútil? Penso que aqui, muitas vezes criamos na nossa mente uma espécie de alter-ego dessa mesma pessoa, que mais não é do que uma outra pessoa, que não aquela, que só nós vemos porque só nós a criamos e imaginamos assim. Isto parece-me ser, à luz de alguma experiência que já tenho no contacto com o sexo oposto, aquilo que normalmente acontece numa mulher em relação a um homem. Só ela vê aquilo que mais ninguém vê e não aceita estar errada. Procura naquele homem os sinais que quer ver, mas que mais ninguém vê. Num estágio mais avançado, entramos na paixão, mas num estágio inicial, pode acontecer com qualquer pessoa e em relação a qualquer pessoa, paixões à parte. Não quero com isto dizer que nos homens não aconteça o mesmo em relação às mulheres. Acontece, mas somos mais discretos. Diria mesmo que os homens vivem sempre em eterna paixão, mas sempre por mulheres diferentes. Todos os dias nos apaixonamos, e, num dia, podemos apaixonar-nos por mais do que uma mulher, pelo que esta ilusão e encanto é constante e não é verdadeiramente uma paixão. Mais tarde percebemos que não. Que a pessoa não é nada assim, que estávamos errados, que os outros tinham razão. E aí, o encanto que essa pessoa tinha, esmorece. Com alguma sorte será uma pessoa que toleraremos, ou, pior, passará a ser uma pessoa que nos irrita e perto da qual não nos sentiremos bem. Por tudo isto, a primeira impressão conta. Num exercício inconsciente de acção-reacção, a primeira impressão levar-nos-á a para um caminho, mas nunca sabemos qual. É confuso?
Ver dois meios-filmes (diferentes) porque se adormece ou quase, passar horas deitado no sofá neste dormitar e, na noite de Domingo para Segunda-feira, estar até às 3h.30m a ver ténis na Eurosport porque não se tem sono...
Sair para um jantar, beber, ter que ir à rua fumar, beber mais, voltar à rua para fumar, ser estúpido e conduzir, dormir e ressacar. Acordar ao outro dia e não ter o corpo e a roupa impregnada do fumo de tabaco. Sou grande fã desta lei!
E não é que até os não fumadores vão à rua socializar, só para não ficarem sozinhos?!
Ou então eu sou estúpido! Isto porque depois de uma semana inteira de dieta saudável, passei toda a noite a beber Whisky. Mais estúpido ainda foi ter sonhado com tanto disparate que, do que me lembro, meteu quase toda a gente que trabalha comigo e para finalizar, ter sonhado com o meu fígado!!!! É verdade! Imaginá-lo a trabalhar para se libertar de todo aquele álcool, em contrações múltiplas (eu nem sei como é que funciona um fígado!!), em grande esforço. Depois acordei e vim beber àgua, muita. Nunca percebi como é que depois de se beber tanto, ainda se pode ter sede! Para levar a estupidez ao limite, vim a conduzir para casa (porque depois de ter pedido boleia, decidi que não queria aquela boleia). Hoje não me sinto lá grande coisa. Mas nada como um banhinho revigorante, roupa quente e sair para a rua. É já a seguir. Até mais loguinho, sim?!
Se alguém quiser dar uma sugestão para o título, eu agradeço.
O meu amigo N. (seguramente, o maior fãs de The Cure que se conhece) gravou-me (ups! Srs. da ASAE, não era isto que eu queria dizer. Não foi bem gravar, foi emprestar, ouviram? Emprestar. É tudo original, tem as impressões digitais do Robert Smith e tudo!) uma colectânea constituída por 4 cd's com as músicas que ele considera serem as melhores desta banda. Pois eu, que sou um rapazinho que não gosta nada de música, nem de The Cure, passei toda a semana a ouvir, no carro, esta colectânia.
Hoje, enquanto me deslocava de carro
(Quando tirei esta foto estava mesmo Sol)
Na autoestrada
Ouvi 5 vezes (ou 6, não sei bem) esta música.
O dia não estava solarengo, como se pode ver na foto da autoestrada, mas para mim estava.
Em Março lá estarei, no Pavilhão Atlântico, para os ver. Até lá, espero que 2008 continue a dar-me vontades destas.
... ou a minha sinceridade afasta as pessoas de mim.
Não sou um sonhador, já o disse, e não pinto a vida a azul e rosa.
Digo o que penso, baseado em argumentos e, certo ou errado, ajo de acordo com o que penso e digo.
Não prometo o mundo quando não consigo dar mais do que um punhado de coisa nenhuma. Prefiro, isso sim, dar pouco a pouco o que de melhor eu tiver para dar.
A minha sinceridade leva-me a ser frio, a não dizer as coisas apenas para agradar a quem ouve, a não alimentar sonhos e a não dizer que sim quando penso que não, ou a não dizer que não quando penso que sim.
Não forço nada. Quando sei que existem dúvidas, faço por as esclarecer, mostrando que nem tudo é rosa, que nem tudo é como parece. Perco com isso, perco por ser honesto. Muitas vezes a minha honestidade fere, mas a verdade é que não quero ser o erro de ninguém. Eu avisei!
No fim, sei que perdi mais do que ganhei, mas durmo muito melhor à noite.
Gosto de estar bem com a minha consciência, apesar de saber que as mulheres gostam mais de bad boys!
... ou um relacionamento, para mim, só faz sentido quando as coisas que unem as pessoas - sejam filosofias de vida, sejam formas de pensar e de agir, sejam gostos - são em muito maior número do que as diferenças entre entre duas pessoas.
Ah e tal, mas o amor é mais importante do que as semelhanças ou as diferenças!
O tanas! Mandem o amor para o raio que o parta!
Como é possível uma relação durar se as pessoas tiverem que deixar de ser quem são, se as pessoas tiverem que escolher entre o que gostam ou a pessoa de quem gostam? Alguém me explica como é que se é feliz se se tiver que afastar do que se gosta de fazer ou das pessoas com quem se gosta de estar, "apenas" porque teve que escolher entre isso e a pessoa com quem se está?
Então se um gosta de férias na praia e o outro gosta de férias na cidade, como se concilia? E se um gostar de ficar em casa e o outro gostar de sair? E se um gostar de passar o ano na rua com os amigos e o outro gostar de ficar em casa com a família?
Poderia dar tantos exemplos quantos os necessários, mas o essencial é mesmo aquilo que une as pessoas. E o que une as pessoas está muito para além do amor.
Mas afinal o que é o amor, se não a partilha? Então e se o que motiva cada um dos elementos numa relação é diferente, o que se partilha?
E se assim não é, não me apetece amar, porque não me apetece deixar de lado o que gosto, as coisas que gosto de fazer ou as pessoas com que gosto de estar.
Aí, acredito muito mais na paixão. Porque vem e vai, mas enquanto dura faz-me gostar do momento, mas deixa-me espaço para voltar a gostar do que sempre gostei.
Não sou um sonhador. A vida é real e vivo-a como tal.
Quero partilhar com quem me der espaço para viver novas experiências, para aprender a gostar de outras coisas, para que me mostrem outras coisas, outras ideias, outros pensamentos, outras experiências, mas nunca, por nunca, ter de renegar as coisas de que gosto ou as pessoas de quem gosto. Isso não faz parte de mim. Vai ser difícil? Que se foda! Mais vale tentar! É exactamente assim que eu sou.
Mas será que me vão continuar a rogar pragas em 2008????
1º Fiquei preso no trânsito à saída da cama!!! Levantei-me eram 9.30h! Doido, fiquei doido! Tinha uma reunião marcada pelo chefe para as 10h, que afinal só aconteceu às 10.30h porque aqui o Mike ficou a dormir! Bo-ni-to!
2º Primeira coisa que ouço na reunião: «Então Mike, ouvi na rádio que já não vai haver Dakar?!» «Passou-se! Este gajo passou-se!» Pensei eu. Até que me explicaram o que as notícias desta manhã veiculavam. Continuei a achar que só poderia ser treta dos jornalistas. Então agora não ia haver Dakar?!
3º 11.50h. Um colega, numa pausa da reunião diz «Para os interessados, acabei de receber uma sms do Pai do Tiago Monteiro. Está confirmado. Não há Dakar. Vão comunicar à imprensa dentro de 10 minutos.» O quê???????????????????????????
4º Chegaram os cartões Galp Frota. Chegaram para todos menos para mim! Bonito! Estou maravilhado! Ainda bem que tenho o depósito quase vazio...
Posto isto, vou ficar por casa à espera de um fim-de-semana de merda. Um fim-de-semana prolongado (pois que eu tinha marcado um dia de férias para 2ª feira e não o anulei) cheio de nada para fazer, a definhar. Assim faço a vontadinha a quem me vai rogando pragas, pode ser que me deixem em paz. Ou então não... ou então não...
Amanhã, ao final do dia e até à próxima 2ª feira estarei algures a ver passar a caravana do Dakar.
Quais as motivações de um tipo de 30 anos (habitualmente responsável) para ir para o meio do frio, da chuva e da lama, ver passar motos, carros e camiões?
Pois é! Não sei explicar. Mas terá alguma coisa a ver com aquilo que as mulheres sempre se queixam de nós homens: somos eternamente putos, motivamo-nos com as coisas mais inusitadas, como qualquer criança, sem qualquer explicação aparente!
As minhas motivações para o desporto em geral e para o do desporto motorizado em particular (e mais ainda quando é todo-o-terreno) são muito grandes - e muito estranhas, tenho que concordar).
Talvez vá para lá pelo convívio. Talvez vá por voltar a sentir o gozo de cumprir aquele ritual que já descrevi num outro post há uns tempos atrás. O ritual de preparar a mochila com os mantimentos necessários, com a merenda, de levar os mapas dos troços que vêm no Autosport, o ritual de ir de mapa das estradas (e agora, coisa moderna, de GPS também!), o ritual de levar uma mochila com apenas o essencial para as 3 noites que passarei fora.
Sei que estou novamente com aquela excitação que qualquer criança tem quando se aproxima um acontecimento importante para ela - seja a noite de Natal, seja o passeio da escola - sei que isso é estúpido. Sei que desta vez até poderia ter como opção um fim-de-semana bem mais interessante. Sei que escolhi, há algum tempo, ir com o M. e com quem mais quisesse ir ver a prova. Seremos três. Seremos os suficientes.
Até Segunda-Feira estarei entre Samora Correia, Quarteira e Portimão.
Podia-me dar para pior...
... mas enquanto ainda aqui estou, deixo mais uma música que vai connosco na viagem, espero eu!
Pois é! 2008 já chegou e, para já, o que tenho a dizer é: "Bem vindo!".
Foi de facto bem vindo. Começou em grande, no meio da multidão na praia da Nazaré.
Foi uma noite em grande, apesar de tudo...
Com a chegada do novo ano há que olhar em frente e, num misto de esperança, convicção e sentido de dever, penso em aproveitá-lo, dia-a-dia (este ano tem mais um dia), até ao último.
A família. Os amigos. As amigas. O amor. A paixão. O Trabalho. O descanso. A música. O Futebol. Aquele golo. Um bom jantar. Um bom vinho. O programa preferido. A série preferida. As férias. As viagens. Os cd's. Os livros. Os filmes. O que me lembrei. O que me esqueci. Tudo o que faz parte da minha vida. Tudo o que gostava que fizesse parte da minha vida. Tudo passa por aqui...