domingo, 30 de dezembro de 2007
Votos
sábado, 29 de dezembro de 2007
Highlights
Para 2008 espero poder cumprir com algumas coisas em que tenho falhado. Mais tempo para a minha irmã mas, principalmente, para os meus sobrinhos, com especial atenção para o mais velho, o meu menino!
É impossível dissociar o pessoal do profissional na medida em que para mim o meu trabalho é uma parte da minha vida, de mim, do que sou e do que o me proporciona. Também aí o ano se dividiu em dois. O primeiro semestre vivido de forma desmotivada pelas alterações a que assistimos, pela pressão de andar para a frente sem estratégia definida. Superamos as dificuldades e, mais uma vez, fomos a prova de que somos insuperáveis. Em Julho apareceram dois cenários diferentes de mudança: a saída da empresa para abraçar um novo projecto e logo de seguida a oportunidade de assumir novas tarefas, com novas responsabilidades dentro da empresa e do projecto. Acabei neste segundo cenário, e, seis meses depois, o balanço que faço não poderia ser mais positivo. Era bom no que fazia - não, era mesmo o melhor - e hoje sou bom no que faço. Mais, lido muito bem com a pressão, adoro projectos, adoro desafíos e adoro cumprir com o que me pedem. Talvez por eu ser boa pessoa - sim, considero-me mesmo uma boa pessoa e, como alguém já me disse, um bom menino - tenho para mim que a tafera foi facilitada porque todas as pessoas têm sido impecáveis comigo. Simpáticas, solícitas e paciêntes. Eu retribuí e retribuo sempre com humildade, simpatia e respeito pelo trabalho de cada um.
Bob Sinclair
Era suposto hoje ter trabalhado. Não fui capaz, tinha a minha vida meio atabalhoada e tinha que me organizar. Ainda não consegui fazer todas as tarefas, pelo que a minha manhã de Domingo será a trabalhar - que é inevitável, pois há que fechar o ano e não me posso livrar de fazer aquilo que é minha exclusiva responsabilidade.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
Do Natal
1. As sms que não vêm assinadas
Recebi várias, muitas delas vindas de números que nem sequer tenho memorizado no telemóvel. Acho impecável. Assim, fico sem saber quem mas enviou, fico grato a essas pessoas, até porque não tenho que devolver.
2. As sms que não são editadas antes do envio
As minhas favoritas. Principalmente pelo cuidado que as pessoas que as enviam, empregam no seu envio. «Ora deixa cá ver. Esta sms que o Pedro me enviou é mesmo gira, vou aproveitar para enviá-la a toda a gente» e assim nasce a fabulosa sms do Manel que depois de um texto que pretende ser cómico ou profundamente filosófico, vem assinada pelo… Pedro. Mas quem raio é o Pedro??
3. As sms “pau p’ra toda a colher”
É para despachar. De pessoas não muito próximas e que terminam com «beijos e abraços». Fico na dúvida se esta pessoa que eu conheço das minhas relações profissionais que se lembrou de me acrescentar ao grupo de envio me quer enviar beijos ou abraços! Seja como for, no dia-a-dia no máximo dá-me um aperto de mão e no Natal inclui-me numa sms em que envia beijos e abraços. Beijos e abraços p’ra ti também, ó caramelo!
Dos e-mails que recebi:
1. Os e-mails “filosóficos”
São muito bons. Se fosse de uma concorrente a Miss Universo, tenho quase a certeza que o prémio estava “no papo”. Gosto desses e-mails profundos, são quase tão bons como os e-mails em cadeia. Utilizo a mesma tecla para todos esses. A tecla “del”.
2. Os e-mails de 6 Mb enviados por pessoas das relações profissionais
Ó meus amigos, 6 Mb para desejar um bom Natal? Mas a minha caixa de e-mail lá suporta isso? É pá, isto não é o gmail, é mesmo o meu e-mail profissional! Melhor mesmo, é quando esses e-mails são enviados pelos próprios colegas. Vocês usam o mesmo servidor que eu, certo? O que vos passou na cabeça? Ah! Nada! Como sempre, aliás.
Das prendas:
Todos os meus amigos sabem que adoro música. Todos têm, por isso, a vida facilitada. Portanto, chegada a hora da troca de prendas, o que é que eles me deram? Cd’s? Não. Livros. Gosto de ler, é verdade, mas não tenho a minha vida organizada para ter muito tempo disponível para dedicar à leitura e os meus amigos sabem disso. Se um dos livros é o do RAP, das crónicas da Visão, até se lê bem e rápido, já os outros, com a quantidade de páginas que têm, e, pasme-se, todas elas escritas, fico com a sensação que ao ritmo a que leio, terminarei no próximo Natal. Por isso, podem sempre dar-me mais no próximo Natal. Mas pelo preço que custaram, não teria sido mais fácil comprarem um cdzito? Isso sim, era coisa de amigo!
A prenda mais personalizada que recebi, aquela que foi feita mesmo para mim, aquela que não há seguramente outra igual, foi a dos meus pais – um cheque, com o meu nome e tudo! É mesmo personalizada.
Tentei dissuadi-los. Tentei fazer-lhes perceber que darem-me dinheiro não foi propriamente a decisão mais sensata que tomaram. Primeiro, porque, felizmente, não preciso. Depois porque eles acham que eu vou dar-lhe o melhor destino possível. Tenho a sensação que estão enganados. Tenho para mim que cd’s, roupa ou férias não é o conceito de “melhor destino possível” dos meus pais.
Da comida:
Ando enjoado. Sopa ao almoço e canja ao jantar é o mais provável menu para mim esta semana. Ontem já foi assim, hoje deverá repetir-se. Ainda assim, sinto que tenho dentro de mim um barril de crude (porque raio me fui lembrar de um barril de crude?!) tal é o mal estar que sinto. Pequeno-almoço: 1 Actimel e a sensação que os mil milhões de Lcasei Imunitas ainda estão na garganta, em fila de espera, como na loja do cidadão.
Da televisão:
Na Noite de Natal, por volta da 1h da manhã na SIC Radical passava uma reportagem sobre a noite de Amesterdão. Red Light District, o que tem mais em comum com o Natal, é mesmo a luz vermelha, como as da árvore de Natal.
Na Praça d’Alegria actuou o coro de Santo Amaro de Oeira. Tinha a ideia que estariam todos na casa dos 30 anos, já casados e com filhos. Afinal não. Parece que como qualquer praga, se reproduzem como coelhos. E lá aparece um coro cheiinho de crianças.
domingo, 23 de dezembro de 2007
...
Bons empanturranços, boas ressacas e
BOAS FESTAS! Sempre em família!
sábado, 22 de dezembro de 2007
Enquanto recupero da infecção na garganta (da amigdalite)...
Surge-me uma ideia. A ideia batida de que é Natal e de que o Natal é das crianças.
Surgem-me memórias da criança que fui. Surgem-me memórias dos tempos que fui. E recordo.
Recordo-me do meu avô, esse meu companheiro, que há anos vi partir, no seu sofrimento, pouco digno do homem que para mim ele foi. O companheiro que me ajudou a aprender a andar de bicicleta, o companheiro que me ajudou a construir um atrelado super-espectacular para a minha bicicleta. Um atrelado de madeira, com duas rodas de triciclo - do meu triciclo de metal que entretanto já não servia para nada.
Recordo-me de ter crescido perto dele, recordo-me do caderno onde fazia a contabilidade das despesas da casa, das compras que a minha avó fazia - ele era forreta, ou talvez não. Recordo-me da lareira, de me sentar com ele e com a minha avó na lareira a ouvir rádio. A rádio renascença em onda média. Do rádio que apanhava as emissões da BBC e de uma rádio de lingua estranha que eu achava ser uma rádio soviética!
Recordo-me de assarmos castanhas à lareira. Recordo-me de ficar com eles, sempre à lareira até os meus pais sairem do trabalho para me irem buscar. Recordo-me de ir crescendo e de o meu avô me dar um complemento da "mesada". Recordo-me de o visitar no hospital quando ele adoeceu, recordo-me de o visitar todos os dias quando a cama passou a ser o seu espaço. Recordo-me de o ver perder a lucidez. Recordo-me de ouvir o seu incomodativo e ruidoso respirar já perto do seu fim, quando eu já não tinha coragem de o ver, mas ainda de o ouvir.
Soube mais tarde que nos seus últimos tempos de lucidez, pediu à minha avó que nunca deixasse de me dar "aquele dinheirito" que ele me dava, porque quando fora adolescente como eu, conhecera a tristeza de não ter dinheiro para as coisas que gostava. E a minha avó cumpriu, sempre, até à sua partida.
O meu avô partiu quando eu tinha quinze anos, a minha avó partiu no ano em que terminei o meu curso. Tenho um enorme orgulho em ter uma foto em traje académico com a minha avó. E sinto muito a falta deles. E sinto que eles têm orgulho em mim.
Isto tudo para dizer que o Natal é das crianças...
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
Porque é Natal...
No entanto, o que acabei de escrever não é e nem pretende ser um lamento. É fruto de uma opção minha. De uma opção de vida. Certa ou errada, foi a que fiz, e é tão válida como qualquer outra opção.
As prendas de Natal foram compradas em tempo útil, faltando apenas a do meu pai. Será útil para ele, mas acima de tudo é simbólica e representa mais do que qualquer outra coisa, o meu amor por ele. É o que faço em todas as prendas. É assim que se pretende que seja, pelo menos na minha família. Depois então aparecem os outros critérios, mais relacionados com o orçamento que defino para cada um, com o valor (entenda-se utilidade) que cada um lhe dará. Mais coisa menos coisa, bate sempre certo.
Outra questão que se prende com o Natal são os jantares de Natal. Este ano apenas estarei presente em dois: o da minha unidade de negócio (equipa de trabalho) e o dos amigos do peito. Todos os outros recusei, por falta de tempo, de paciência e de espírito. O de equipa será na próxima quinta-feira, e, mais do que um jantar de Natal vai também ser um jantar de comemoração do sucesso, de celebração do fantástico ano que tivemos, depois de vermos cumpridas todas as metas a que nos tinhamos proposto. Estou orgulhoso por todos nós, e sei que o chefe também está orgulhoso por nos chefiar.
O jantar dos amigos do peito é, também ele, um jantar que ultrapassada o espírito do Natal, na medida em que é também o jantar de comemoração do aniversário do N.. É, como sempre tem acontecido, na noite de 23 para 24, e anteriormente era o jantar do reencontro. Era, mas já não é, porque este ano tivemos a felicidade de nos mantermos unidos ao longo de todo o ano. Fico feliz por isso.
E pronto, posto isto, resta-me celebrar convosco, que reservam nem que seja um segundo do vosso tempo para passarem por aqui - alguns param mais do que um segundo, o que é bom - anónimos ou não, desconhecidos ou não, e que, de alguma forma, ajudam a construir este espaço.
Para celebrar convosco, fiz uns uploads (eu a fazer uploads! é digno de se ler e registar para os anais da história!) de umas músicas que tirei do baú e que acho que ficam bem aqui. Tem a boa disposição que eu tento sempre ter e transmitir aqui no "tasquinho", têm o espírito do Natal e as duas primeiras não se encontram com facilidade e são para mim verdadeiras pérolas. É a minha prenda para vocês.
A TODOS DESEJO UM ÓPTIMO NATAL E FAÇAM O FAVOR DE SER FELIZES!
(Espero que os Srs. da Comercial não levantem problemas!!!)
domingo, 16 de dezembro de 2007
Nunca gostamos o suficiente
- Já?
- Sim. Tenho que ir.
- Tens mesmo ou queres?
- Já te tinha dito que tinha decidido ir-me embora.
- És egoísta.
- Sou egoista porque tomo decisões?
- Não. És egoísta porque tomas decisões individuais. Ir é uma decisão que só tu podes tomar. Ficar é uma decisão que ambos teriamos que tomar, em conjunto. Nunca me deste essa opção.
- Teria valido a pena?
- Agora nunca vais saber...
- Tu e os teus jogos... nunca gostei disso em ti. Disse-to várias vezes.
- Houve tanta coisa que nunca gostaste em mim...
- ... e no entanto fiquei contigo todo este tempo...
- E no entanto ficamos juntos pelo que gostavas em mim e pelo que eu gostava em ti, apesar do que não gostavamos, para além do que não gostavamos.
- Algum dia gostaste de mim o suficiente?
- Não. E espero que também não tenhas gostado de mim o suficiente. Quando...
- ... tu és...
- ... espera. Deixa-me terminar. Quando se gosta de uma mulher extraordinária como tu, nunca se gosta o suficiente, porque por muito que se goste não vai ser suficiente, nunca se consegue gostar no valor total do que a pessoa é ou representa para nós. É também por isso que espero que também não tenhas gostado de mim o suficiente, apenas porque gostava que me considerásses um homem extraordinário.
- Tu e as tuas teorias! Impressionante, nunca te cansas de criar novas teorias! Mesmo neste momento...
- É o momento ideal. Uma despedida traz-nos novas aprendizagens, por isso novas teorias. Foi difícil aprender a lidar contigo. Hoje vai ser preciso aprender a viver na tua ausência.
- Acho que estás enganado, mais uma vez. Pareces sempre mais preocupado em aprender com as situações do que em vivê-las...
- ... achas que não te vivi?...
- ...agora sou eu quem te peço que não me interrompas. Viveste sim. Eu disse pareces, não disse que efectivamente o fazes ou fizeste. Talvez à posteriori o faças, de facto. Puxas a cassete atrás e crias as tuas teorias baratas...
- ... barat...
- ... não me interrompas. Ouve-me até ao fim. É a tua forma de ser que, já te disse, não gosto, mas aprendi a respeitar, precisamente porque me viveste e permitiste que eu te vivesse. E gostei muito do que vivemos, da forma como nos vivemos e, sobretudo, do que convivemos.
- Tens mesmo de ir?
- Tenho. Não porque esteja cansada de cá estar, mas porque não quero ir quando já estiver cansada. Nessa altura já alguma coisa não vai estar bem. Não quero isso.
- Falavas tu de teorias baratas?!...
- Não é uma teoria, mas um modo de estar.
- Baseado numa teoria!!
- Mais a mais, sabes que eu sempre fui assim. Quando cá cheguei vinha de algum lado. Vinha de outro lado.
- Achas que algum dia vais ter vontade de ficar para sempre num sítio?
- Não sei. Não me parece.
- Mas gostavas de um dia vires a ter essa vontade?
- Nunca pensei nisso. E com certeza que também não será agora que vou pensar...
- No que é que vais pensar agora?
- Em ti!
- !!! Isso faz lembrar aqueles romances dos filmes melodramáticos em que quem vai fica a pensar em quem fica, por pena ou compaixão. Espero que não te passe ter pena de mim.
- És tão idiota! Claro que não. Penso em ti porque penso na tua teoria de que não gostei de ti o suficiente.
- Afinal gostas das minhas teorias!
- Algumas fazem sentido, sim. Esta não sei se faz, mas que me parece bem, lá isso parece. E nesse sentido sim, de facto não gostei nunca o suficiente de ti!
- Do que é que mais vais sentir falta?
- Do que haveria de ser? De ti...
- Não é isso. Obviamente que ambos sentiremos a falta um do outro, mais do que qualquer outra coisa. Refiro-me a rotinas, a lugares, sei lá!
- Existem várias coisas que me farão certamente pensar mais nelas. O calor do Algarve e a praia, o sol e a luz de Lisboa, a humidade e o cinzento do Porto. Num país tão pequenino, um contraste tão grande. O cheiro da tosta mista, os aromas das comidas tradicionais, o cheiro a peixe grelhado na brasa no Verão. Parece estúpido, são coisas simples, mas tão características de cá. Tudo o resto existe em qualquer parte do mundo.
- Nunca tinha pensado nisso!
- Olha, o táxi já chegou. Tenho de ir.
- Adeus Jane. Boa sorte. Vai dando notícias. Portimão terá sempre um lugar para ti.
- Adeus, Zézé Camarinha. Até um dia...
sábado, 15 de dezembro de 2007
Epitáfio
Põe-na a tocar e sorri... in silence.
(Não tenho parado de ouvir esta música. Há alturas em que uma música faz toda a diferença).
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
Control
E porque nem tudo vai mal no reino do Mike, fui hoje ver este filme
E adorei.
Um filme que retrata a curta vida do vocalista dos Joy Division, Ian Curtis.
Muito bem realizado e com uma fotografia genial, conta a história, numa mistura de humor e drama.
Vale a pena. Vale MESMO a pena.
No Porto pode ser visto nos cinemas do Shopping Cidade do Porto.
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
Lembrete
domingo, 9 de dezembro de 2007
#2 Geração "Dinki" (ou dos e-mails que recebo) (continuação)
Os "Dinkis" vivem o presente e regem-se segundo uma força centrífuga. Procuram o "eu" ideal e buscam o elixir da juventude. Por isso, as actividades diárias são comparadas a uma guerrilha. A uma selva urbana, havendo uma tendência para o esforço-recompensa. E quais são as compensações reclamadas pelos jovens sem filhos? Viagens e férias. São a fuga à prisão de asfalto. Significam a redescoberta da natureza e a conquista de culturas exóticas. E o regresso ao paraíso.O próprio lar é concebido como "um refugio, um oásis no deserto, o descanso do guerreiro."
E porque procuram boa vida, os "Dinkis" apontam a marca Coca-Cola como uma das predilectas. É o símbolo da partilha de bons momentos. "E o antídoto para a sociedade perigosa". (…)As campanhas da gigante de bebidas são das preferidas destes jovens. Quais os motivos? "Criatividade, cores apelativas e música", justificam.
Os "Dinkis" são apreciadores assumidos de "marketing" e publicidade. Dos 130 anúncios publicitários de televisão mencionados no estudo, o reconhecimento foi elevado em marcas como a Nike, Citröen, Peugeot, Heineken, Toyota, Pepsi, Skoda, Johnie Walker, Dove, Axe, MasterCard e Doritos. Destacam também a "juventude e irreverência" da William Lawsons e o "humor e a originalidade" da Vodafone.
Os "Dinkis" frequentam ginásios e fazem cirurgias plásticas. A estética e o corpo andam de mãos dadas. Motivos para fazer da Nike uma marca de eleição. Para este segmento, a marca simboliza heróis no mundo do desporto e está associada à inteligência muscular. Lidera e determina. "Just do it", diz a marca e dizem os "Dinkis".
Os filhos são vistos pelos "Dinkis" como um "entrave" ao divertimento e ao gozo da vida. Por isso, adiam a responsabilidade de educar. E optam por animais de estimação. Aproveitar cada segundo é o lema. Patente na escolha da Swatch. "Tem o tempo de vida ideal: dura dois anos. Depois já passou de moda. E compra-se outro relógio", justificam. (…)
Mentes abertas, os "Dinkis" dizem "sim" ao sexo, às uniões de facto, à homossexualidade e às famílias monoparentais. "Vai ser raro ver o pai, a mãe e o filho, todos na mesma casa e ao mesmo tempo", afirmam.(…)
Lanidor executiva.
Os jovens dos 25 aos 35 valorizam o progresso profissional. Não se realizam sem ele. Até porque significa ter mais dinheiro. E por isso, o sexo feminino projecta-se na Lanidor, associada a "jovem executiva. Também gostam da Zara, "informada e atenta às tendências da moda". Mas é considerada mais "roupa de fim-de-semana". E, além disso, está associada a "mau atendimento e fraca qualidade". Diferentes são as mulheres, dos 25 aos 35 anos, com filhos. Optam pela MassimoDutti. "A marca tem classe e está na moda", dizem. Para elas, os filhos estão em primeiro lugar. E por isso, querem as melhores marcas. O preço não é o factor mais importante. Escolhem marcas como a Chicco. Afinal é "carinhosa, amigável e protectora". (…)Os casais jovens com filhos gostam de conforto e honestidade.
Para telemóvel escolhem a marca Vodafone. Sinónimo de "credibilidade". (…)
Audi é cara.
(…) Marca que se encontra no terceiro nível de marcas preferidas para os "Dinkis". (…)O custo elevado da Audi simboliza um dos maiores medos dos "Dinkis": o endividamento. Cartões de crédito, hipotecas e prestações fazem parte do dia a dia destes jovens casais. Atitudes, muitas vezes impulsivas, que geram preocupações e aumentam o pacote dos receios, onde já estão fantasmas como o desemprego, instabilidade, divórcio, doença e morte. Endividamento, hipotecas e cartões de crédito.
Tendo como pano de fundo estas mudanças e valores, preocupações e anseios, os jovens casais sem filhos, dos 25 aos 35, chamados "Dinkis", definem-se a si próprios com adjectivos ou frases tais como: "Qualidade de Vida", "Ambição", "Falta de Tempo" e "Consumismo".
De acordo com o estudo da Millward Brown, os símbolos que melhor representam estes jovens são o carro (80%), as hipotecas/empréstimos (63%) e os cartões de crédito (52%).
sábado, 8 de dezembro de 2007
Fim-d€-S€mana
Agora vou passar a tarde, a noite e o dia de amanhã à chamada Big Navy - Marinha Grande, para quem não sabe estrangeiro!
#1 Geração "Dinki" (ou dos e-mails que recebo)
O texto, no e-mail vem assinado pela jornalista Lúcia Crespo.
Na chamada geração "dinki" tudo é feito para durar pouco pelo que os hábitos de consumo são também descartáveis.
Marcas como IKEA, Sony e Nokia dominam.
Dos 25 aos 35. A geração do consumo descartável. Tudo parece ser descartável para os "Dinkis". São jovens casais entre os 25 e os 35 anos que não têm filhos. Em busca de prazer constante, mudam o que for preciso para ficar bem. Vão ao Ikea e transformam a casa. Compram tecnologia Sony e andam com relógios Swatch no pulso. O tempo é um valor.
SE NÃO DÁ, NÃO DÁ. Procura-se outra casa, procura-se outro emprego, arranja-se outro marido.
E assim são os "Dinkis", os jovens casais sem filhos, com idades entre os 25 e os 35. São dominados pela cultura "chaiselongue" (estética e "design") e Prozac (ansiedade e falta de tempo). São exigentes e querem viver a vida ao máximo. Hedonistas e individualistas, buscam o prazer em cada segundo da sua existência. E, por isso, mudam, transformam e reconstroem. Algo que podem fazer no Ikea, de relógio Swatch no pulso e tecnologia Sony no bolso. Estas são algumas conclusões do estudo: "Mudanças, Tendências e Marcas", realizado pela empresa de estudos de mercado Millward Brown, do grupo WPP. Uma análise efectuada em 20 capitais de 18 países da Europa e América Latina. Na capital portuguesa, o estudo foi apoiado pela consultora de comunicação Hill & Knowlton e pelo Banco Espírito Santo. Teve por base 200 indivíduos com idades entre os 25 e os 35 anos, casais heterossexuais de classe A/B/C 1, com um estilo de vida considerado activo e moderno.
Ikea à medida.
Casas informais, dinâmicas e com muita luz, áreas abertas e onde impera o "design". É esta a demanda dos "Dinkis". A estética tem que estar presente em casa. E na vida. São devoradores de decoração. E gostam de mudar.
Para eles, "tudo é feito para durar pouco tempo". Até a casa. Preferem tudo o que é descartável. E por isso compram no Ikea. Afinal, o Ikea é "funcional e prático", dois valores que os "Dinkis" exigem das marcas. Representa o novo conceito de casal. Efémero, com produtos fáceis de usar e que poupam tempo, trabalho e espaço.
Sony muito à frente.
Verdadeiros adeptos do "home cinema", os jovens casais sem filhos adoram sistemas inteligentes e equipamentos activados por voz. Plasmas, computadores e DVD fazem parte da mobília. A Sony é apontada pelos inquiridos como a
proposta para um escape audiovisual. (…) É uma marca que, segundo os "Dinkis", "está muito à frente" em termos de inovação.
A Nokia aparece também nas marcas eleitas. (...) Afinal, "quem tem um, sabe trabalhar com todos". E a cultura da facilidade em acção. (…)
(Continua...)
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
A alma
Espreita bem cá dentro, desce até à alma.
Não, não dessa maneira. Não me julgues.
Observa só. Fá-lo como se fosse um objecto.
Consegues ver? Consegues ver o que cá está?
Então agora diz-me o que viste. Diz-me se é bom.
Diz-me se é bonito. Diz-me se é colorido.
Diz-me se é calmo e tranquilo o que cá está.
Viste como sou? Agora diz-me quem eu sou.
Eels - Novocaine for the soul
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Atrasei-me e tive que vir à pressa e o mais rápido que pude para Lisboa. Cheguei, obviamente atrasado.
Perto da hora de almoço um colega ligou-me.
Em Julho, quando mudei de carro, ele ficou com o que era meu. Hoje foi multado por não ter o selo do imposto de circulação afixado e nem na posse dele. O selo, ao que parece, foi-me entregue a mim. Não me lembro. Mas o que é certo é que sou o responsável e por isso, vou ter que pagar a multa, vou ter que procurar o selo e ele amanhã terá que parar o carro.
É-me impossível continuar a este ritmo. É-me impossível pensar no que mais me poderá estar para acontecer.
É oficial, a maré é de azar!!!!
Preciso de descansar, mas não sei quando. Tenho metade das férias por gozar, faltam quase tantos dias para terminar o ano, como os dias que ainda tenho de férias.
É-me impossível continuar assim, e no entanto continuo.
Vou olhar em frente e seguir, mas desta vez sem alarmes e sem surpresas.
(A música já é aqui repetida, mas gosto dela tanto que a poderia ouvir eternamente).
Passei o dia a ouvir isto...
Nothing so bad - Cousteau
One good reason - Cousteau
Your day will come - Cousteau
Sadness - Cousteau
Depois de ouvirem, talvez não percebam porquê, mas quando ouço Cousteau, fico animado! Eu também não sei porquê...
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
Desencontrado
Sabendo disto, ligo a um amigo para lhe comunicar o facto e combinar jantarmos juntos.
O amigo não antende.
Uma hora depois, o amigo devolve a chamada e começa por dizer que ainda bem que eu tinha ligado porque precisava mesmo de falar comigo. Como lhe liguei e habitualmente já só lhe ligo quando estou em Lisboa, pergunta-me se estou lá. Respondo que vou amanhã.
Ele solta um palavrão. Diz-me que o que tinha para me dizer era precisamente que viria ao Porto amanhã e estava a contar que jantaríamos juntos.
Já não nos vemos há algum tempo. Por incrível que pareça temos mesmo andado desencontrados.
Ando mesmo a viver uma fase estranha, de grandes desencontros.
Tenho que dar a volta a isto. Vou procurar o caminho.
Alguém quer jantar amanhã à noite em Lisboa?
domingo, 2 de dezembro de 2007
Sem Título (ou então fodasse!)
NÃO TENHO GRANDES DÚVIDAS - ALGUÉM ME ROGOU UMA PRAGA!
Uma sequência de acontecimentos estragou-me por completo o fim-de-semana. Felizmente, não estragou o dos amigos, que se divertiram, apesar de algumas readaptações necessárias. Mas a mim... enfim... deixou-me completamente de rastos.
Estou triste e aborrecido. Não era suposto este fim-de-semana trazer-me este estado de alma, quando tudo, mesmo tudo se conjugava para ser quase perfeito.
Revolta-me hoje não poder estar feliz!
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
As preferências dos clientes - Inquérito
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
Gaia-Alentejo-Gaia
Fui ao Alentejo. Fui e vim. Cheguei às 23h, dezasseis horas depois de ter saído de casa e dezassete horas e um quarto depois de ter saído da cama.
Resultado: estou estoirado!
Tinha algumas coisas interessantes e engraçadas para partilhar aqui, mas não tenho energia suficiente.
Esta semana está preparadinha para ser uma semana de grande cansaço. Hoje, Alentejo, Quinta-feira, Lisboa.
Felizmente, esta semana vai terminar com a visita dos amigos.
Sexta-feira vamos ver Peter Murphy e estamos a combinar actividades culturais para o resto do fim-de-semana, duas delas já definidas - copos e televisionar o jogo SLB-fcp. Ah! Não me digam que estas não são actividades culturais? Fazem parte da minha/nossa cultura, logo são culturais!
Agora vou dormir.
Deixo-vos com Peter Murphy, como não poderia deixar de ser.
domingo, 25 de novembro de 2007
Mike's life
Resumo do fim-de-semana:
6ª Feira
Depois de um dia de trabalho com as emoções e os nervos à flor da pele - as emoções por um motivo e os nervos porque só me saem duques - lá fui eu até Gondomar, ao fantástico pavilhão multiusos ver as meias-finais do Europeu de Futsal (trabalhar naquela empresa permite-nos ter uns bilhetes à borla. Nem tudo pode ser negativo!).
Foi a primeira vez que vi futsal de nível superior ao vivo e logo numa meia-final entre Portugal e a Espanha. Perdemos, mas não perdi a fome. Fomos jantar e espetei com uma nódoa na camisa. Espectacular. Linda. Felizmente o cachecol tapava!
Já perto da meia-noite volto para casa. Ora bem, pelo menos tinha essa intenção, mas já depois de estacionar o carro percebi que não sabia das chaves. Procurei nos bolsos, debaixo dos bancos, na mala, na pasta do computados, no porta-luvas, enfim, em todo o lado, e nada.
Solução: ligar ao meu pai e, começando primeiro por o descansar «está tudo bem, mas...» comuniquei-lhe que não sabia das chaves e pedi-lhe para ver se tinha uma das minhas chaves suplentes. Afirmativo. Ok, lá fui eu até à minha terra buscar as chaves.
Pelo caminho lembrei-me que não faria muito sentido ir e voltar. Já que ia, ficava e ia para os copos com os amigos - os poucos que por lá estivessem. Copos, amigos, eu e a nódoa. Nada como transformar um problema numa oportunidade.
Não me consegui levantar cedo - alguém fica admirado? - levantei-me perto da hora de almoço, tomei banho, arranjei-me e vim para casa.
Finalmente o mistério das chaves ficaria resolvido.
Ao chegar dou com este post it na porta:
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
Para ti que...
Foste à luta, venceste e reduziste os medos e as dificuldades a partículas de pó.
Agora vai. Fecha os olhos por um segundo. Respira fundo… e vai.
Atravessa o corredor pela última vez, sem olhares para trás.
A todas as dúvidas responde sem qualquer receio, SIM.
Segue-se o desafio de percorrer um novo caminho onde deixarás a tua marca como sempre fizeste.
Assina sempre com o teu S de Forte.
Foi um enorme prazer…
Ed Harcourt "Good Friends Are Hard To Find"
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
Coisas que eu gosto: Publicidade II
Anunciante: The Coca-Cola Companie Argentina
Produto: Coca-Cola
Campanha: "Para todos"
Marca: Coca-Cola
Observações: Como muitos outros anúncios intemporais da Coca-Cola...
domingo, 18 de novembro de 2007
Coisas que eu gosto: Publicidade
Gosto de publicidade, gosto de bons anúncios, ainda que um bom anúncio para mim pode não ser propriamente "um bom anúncio". Basta que para isso não atinja os objectivos que o anúnciante espera atingir.
Nós, comuns dos mortais, não queremos saber disso. Olhamos para um anúncio e não lhe damos mais importância do que a que entendemos que ele tem. Um anúnico, para mim, comum mortal, é uma peça de comunicação que me agrada ou não. O efeito que vai ter no meu subconsciente, esse, eu não controlo.
Posto isto, partilho agora alguns anúncios que considero estarem muito bem feitos e que gosto muito de ver.
Espero que gostem, espero que comentem, mas acima de tudo, espero que partilhem os vossos anúncios preferidos, que os sugiram para eu os possa colocar aqui.
Filme #1:
Anunciante: Fiat
Produto: Novo Fiat Bravo
Campanha: "Meravigliosa Creatura"
Marca: Fiat
Observações: Apesar de ser pioneira em muita da tecnologia hoje utilizada pelas mais conceituadas marcas, a FIAT está conotada com menor qualidade. Depois da situação de pré-falência, tenta agora apresentar produtos de qualidade inquestionável.
Filme #2
Anunciante: Adidas
Produto: -
Campanha: "Impossible Is Nothing"
Marca: Adidas
Observações: Uma das marcas com mais notoriedade em todo o mundo, divide a liderança do mercado com a concorrente Nike. "Acordou" há poucos anos para as grandes campanhas de comunicação, depois de se ver ultrapassada pela Nike na liderança do mercado.
Nesta campanha, os atletas relatam situações das suas vidas, contando experiências pelas quais passaram que transformaram ameaças das suas vidas em oportunidades.
A campanha é composta por vários anúncios. Deixo aqui apenas alguns.
Anunciante: Chanel
Produto: Chanel Nº5
Campanha: "Her Perfume"
Marca: Chanel
Observações: De acordo com o Internet Movie Database é o comercial mais caro já filmado na indústria do high fashion world, envolvendo 30 milhões de dólares em jóias.
Este anúncio traz-nos a mulher mais famosa do mundo e um dos homens mais sexy do mundo, segundo a revista People.
sábado, 17 de novembro de 2007
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
Com quem então é fácil???
Ultrapassadas as dificuldades técnicas, lá sairam umas coisa como as que a foto documenta, que apesar do mau aspecto, sabem bem (no momento em que escrevo já só existem três!).
O que me vale é que nunca arriscaria convidar alguém a comer scones feitos por mim sem ter testado primeiro.
Terei que melhorar, e, até lá, mais vale continuar a ir à Xicara, na foz ou esperar que a Rosa ofereça uns scones bem jeitosos!
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Canideo
Porto-Lisboa
Na televisão que me acompanha toda a noite, as notícias são as mesmas de quando me deitei.
Não tenho sono, mas não estou bem disposto. Enfim, talvez o que comi ontem me tenha deixado assim.
Sigo as rotinas matinais, com a calma suficiente para não me atrasar. Quase sempre pela mesma ordem.
O pequeno-almoço, ainda que simples, tomo-o sentado. Parece que houve um acidente na A1 que está a provocar constrangimentos no trânsito.
Ainda bem que decidi ir de comboio. Não há atrasos, não há trânsito, nem necessidade de atenção.
Apesar da antecedência com que acordei, chego à estação em cima da hora. Estaciono e sigo em passo apressado.
Já sentado no comboio, dou pela falta dos óculos de sol. É a certeza de uma viagem com o sol a bater-me directamente nos olhos.
De frente para mim segue uma mulher. Com os olhos postos num documento, vai tirando apontamentos. Parece-me ser advogada.
Olha! Chegou o revisor…
Mostro-lhe o bilhete. Ele pede-me o cartão da empresa – o acordo permite-me ter desconto, mas parece que é preciso comprovar que de facto sou funcionário. Digo-lhe que me esqueci dele. Diz-me que por ele não haverá problema, mas adverte-me para o facto de alguns colegas poderem levantar problemas. Aceno-lhe que sim e agradeço.
Portanto, óculos de sol, cartão da empresa e headphones (esquecimento ultrapassado pela oferta por parte da CP).
Já passei Aveiro. É hora de começar a trabalhar. Duas horas, é o tempo que tenho até à Gare do Oriente.
Bom dia a todos!
sábado, 10 de novembro de 2007
Inventamos o Tempo
Inventamos as palavras e experimentamos
Experimentei-te, experimentaste-me
Criamos novas cores, sons e sabores
O cheiro, a sensação dos aromas, fomos nós
Dividimos as horas, fizemos crescer os minutos
Pintamos os sonhos em cores nunca imaginadas
Roubamos do céu as nuvens e do mar as ondas
Cortamos o vento em pequenos pedaços de brisa
Construimos caminhos para um novo futuro
Caminhos onde nunca nos cruzamos
Inventamos o mundo, fomos nós
Criamos, experimentamos, construimos
Soubemos sempre a resposta. Paramos
Paramos e perguntamos: valeu a pena?
Havemos de inventar a resposta
Um dia, quando nos encontrarmos
The Bravery - Time Won't Let Me Go
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Assim vão os dias neste Portugal dos pequeninos
O Douro, por si só, é uma região lindíssima. Para qualquer lado que olhemos apetece pegar numa máquina e repetidamente disparar uma foto e outra e mais outra. É fotogénico, é grandioso, é imponente, os patamares esculpidos nas encostas são harmoniosos. O Douro tem charme.
Para mim, a beleza natural do Douro atinge a perfeição nesta altura do ano. O Outono pinta o Douro de tons castanhos, vermelhos, dourados e, aqui e acolá, ainda algum verde. O Sol ilumina as vinhas, nas escarpas até aos rios. O Douro, o Tua, o Távora, o Corgo.
A viagem é ainda mais interessante quando não somos nós quem conduz. Temos tempo de olhar, de gozar a paisagem, de reparar no pormenor. Aquela adega que nunca vimos mas que ouvimos falar, a casa senhorial daquela Quinta, a Capela, lá no alto, que sabemos ser daquela outra Quinta. Ficamos a saber que é dali que vêm as uvas para o vinho “xis” ou para o Vintage “tal”.
Nesta altura, o frio que se faz sentir no Douro é sempre muito. Dentro das adegas sente-se o frio e a humidade a invadirem os ossos. Mas sabe bem, e sabe bem provar os vinhos, que hoje sabem mal, mas que no futuro irão ser belíssimos vinhos. Apreciar as cores vivas, o lilás que se vê quando voltamos o copo para aquela nesga de luz que entra pelas pequenas janelas e com um gesto, fazemos rodar o vinho nas paredes do copo. Depois, quando se leva o copo ao nariz sentimos aromas estranhos que não são aqueles que habitualmente encontramos nos vinhos. O pior fica para o fim. Provar um vinho nesta altura é tão estranho quanto isto: já alguma vez comeram uvas antes de estarem maduras? Sabe mal, não sabe? Provar vinho nesta altura é provar algo que sabe mal, mas que para quem entende – e não é seguramente o meu caso – permite prever o que dali vai sair, lá mais para a frente, quando estiver na altura. Mas sabe bem acompanhar este processo. É enriquecedor. E é por isso que o partilho aqui.
Deixo o Douro para trás.
Terça-Feira trouxe-me outra novidade. Não, não foi a derrota do Benfica – infelizmente, nos dias que correm deixou de ser novidade.
Ontem tive um convite para jogar futebol ao final do dia, precisamente na hora do futebol. Aceitei.
Cerca de um ano e meio após ter deixado completamente, voltei a jogar futebol. O meu joelho esquerdo – o qual já foi aqui apresentado – fez-me deixar de jogar e, apesar de tudo, ainda não sei o que tem o meu joelho.
Como tal, entendi que apesar da dor incomodativa que por vezes tenho, deveria ir jogar e fui. Infelizmente apanhei uma grande desilusão. Não com o joelho, porque esse fez saber que estava lá, mas não complicou. A grande desilusão veio com a minha falta de força, a minha falta de rapidez e a minha dificuldade em acompanhar o ritmo dos outros. Fiquei claramente aquém das minhas expectativas, mas também das dos outros, que no final fizeram questão de me dizer que «já te vi fazer bem melhor!». É pá! Obrigadinho! Eu tenho plena noção disso, não preciso que mo venham dizer!
Posto isto, e dado que o assunto do joelho está agora emperrado na Medis, o melhor é recomeçar a fazer desporto e dizer que sim, que contem comigo para as próximas jogatanas. Já percebi que o joelho não se desintegra, e, no máximo, vai-me ficar a doer nos dias seguintes, só que desta vez, todo o meu corpo fica! Há que fazer jus à velha máxima de que “o futebol não é para meninas”.
Não quero terminar o texto sem trazer aqui a primeira notícia que ouvi ao acordar.
Parece que na sequência dos acidentes rodoviários dos últimos dias, hoje destacava-se o esforço que o governo irá fazer para diminuir a sinistralidade – equipar as forças policiais com novos alcoolímetros e novos radares e em maior quantidade!
Sim senhor, melhorar a sinalização das estradas ou até mesmo melhorar o estado das vias, não, isso não. Nem pensar, isso não faz sentido nenhum. Porreiro, porreiro (como diz o nosso Primeiro), é comprar alcoolímetros e radares. Muitos. E para quê? Para irem aos nossos bolsos!
Então e qual é a medida profilática do governo? Nenhuma. Porque ver passar a 150 km/h e disparar um flash não vai evitar nenhum acidente. Vai aumentar as receitas extraordinárias do Estado, isso sim, ajudando a cumprir a barreira do défice! Mandar a brigada seguir aqueles que circulam sem luzes, ou com os pneus carecas, ou que fazem a A1 na faixa da esquerda quando a direita vai vazia, ou os que em Grijó ou em Alverca circulam na terceira e quarta faixa deixando a primeira e a segunda sempre livres. E os que falam ao telemóvel, tentando disfarçar o indisfarçável? Será que só eu é que vejo? É mais fácil pendurarem-se numa árvore ou esconderem-se numa ponte e disparar flashes.
Somos terceiro mundo, temos o que merecemos ou merecemos o que temos, não sei.
terça-feira, 6 de novembro de 2007
Ainda em obras
Tendo recebido várias críticas, tentei interpretá-las da melhor forma e voltei às obras no tasco.
Espero que agora a transformação tenha resultado melhor.
Fico a aguardar os comentários dos melhores fregueses do mundo - os meus, claro!
P.S.: hoje fui ao Douro visitar alguns centros de vinificação. Era para ter feito um texto sobre isso, mas as obras de remodelação levaram-me o tempo todo. Amanhã conto-vos como foi.
Ah! Não se esqueçam de votar no inquérito que se encontra aqui à esquerda!
Até lá, deixo-vos um momento musical!
The Pierces - Secret
P.S.2: Este (e outros cd's) que comprei no Amazon devem estar para chegar, até lá, nada como ir ouvindo no youtube!
domingo, 4 de novembro de 2007
Doente
É assim o fim-de-semana de um enfermo.
Dormir de duas em duas horas, ver tv ou um dvd, comer, beber, dormir novamente.
No Sábado, abandono total – durante todo o dia não recebi um único telefonema – é que nem da família.
Depois, decidem todos ligar à hora do jogo do Benfica! Já pensaram que eu poderia não ter chegado vivo ao fim do dia?
Ninguém se importou, mas na hora do futebol, sim, a essa hora façam o favor de incomodar, de perguntar tudo o que não perguntaram num dia inteiro. Se estou bem? Estava, até me interromperem a visualização do jogo. Uma tarde inteira, pá! Uma tarde inteira e ninguém se importou, mas agora que o Rui Costa acaba de assistir o Rodriguez para o primeiro golo, façam o favor, eu conto-vos o que fiz todo o dia, não se incomodem, tenho o tempo todo!
Não bastava já não ter ido para Londres?
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
O que nos torna mais fortes (ou o que nos torna melhores)
Olhar para trás e não acreditar, olhar para o lado e não acreditar. Olhar à nossa volta, olhar os outros e não acreditar. Não acreditar, não lutar, desistir. Parar e recomeçar.
Olhar em frente e não ver. Decidir esperar, saber esperar. Acreditar mais em nós do que nos outros, alguns. Reagir, dar um passo atrás, dar um passo ao lado, seguir em frente.
É um ciclo, é assim, é sempre assim, porque somos frágeis, porque acreditamos, em nós e nos outros. Damos mais de nós, damos tudo, porque acreditamos. E depois já não acreditamos. Porque somos frágeis, porque somos frágeis.
Já o disse aqui. Tenho tido sorte, a vida tem-me corrido bem. Não é sorte avulso. Luto porque acredito que só assim faz sentido, exijo muito de mim, o máximo. Assim ninguém me poderá exigir nada, ninguém me poderá exigir mais do que eu já terei exigido e por isso as coisas correm bem.
Acredito que quando a vida flui positivamente, nos tornamos mais frágeis. São as dificuldades que nos tornam mais fortes e tenazes. Essa tenacidade de quem transpõe obstáculos, essa robustez natural que as dificuldades criam àqueles que estão sempre a cair, ou a deparar-se com esses novos obstáculos, fá-los mais fortes. Sou, por isso, mais frágil.
Nos momentos de maior susceptibilidade emocional fecho-me em mim e, numa atitude racional, analiso e percebo onde estou, como sou e, até, quem sou. É nesse momento que percebo que me venho transformando numa pessoa menos racional, menos frio e com menor capacidade de autocrítica, menor força anímica e mais sensível. Menos capaz de dar aos outros e com maior necessidade de receber. Por fim, o sentido de humor fica congelado.
Depois chegam dias como o de ontem, em que os amigos, sem saberem, nos fazem ser apenas alma, apenas emoção. Chega o telefonema que nos faz, de uma forma instantânea e irrecusável, mudar os planos, e ir a correr para lá.
A recompensa não tarda, porque somos bem recebidos, porque nos tratam bem, porque se tem uma noite “daquelas” e, em conversa atrás de conversa, hora após hora, se concretiza a certeza de que tem que haver sempre lugar para os amigos, estes com quem estamos e que contam connosco, que puxam por nós, que nos aceitam tal como somos, com as nossas forças e fragilidades. Às tantas, dou por mim a pensar que não quero que a noite acabe, não esta, não esta em que os amigos, sem o saberem, desempenham na perfeição o papel que lhes foi, há muito, atribuído. Naquelas horas em que falamos dos outros, mas também de nós, em que damos opiniões, em que recebemos críticas e elogios partilhados por quem está ali connosco, percebo que me venho transformando numa pessoa melhor – a todos os níveis, segundo os amigos. E é tão bom.
A noite acabou.
Fui dormir. Dormi melhor e acordei melhor.
Hoje apetece-me ser ainda melhor pessoa, e dar mais às pessoas que me querem bem. Apetece-me estar mais vezes mais perto de quem me trata bem, de quem cuida de mim sem saber que o está a fazer.
Apetece-me estar com as pessoas que não vejo há muito tempo, e que continuam a ver em mim a criança de outros tempos, talvez por as fazer sentir mais longe do fim. Hoje vou ao cemitério, hoje vou recordar aqueles que nunca esqueço, hoje vou estar mais perto deles e, por momentos, orgulhar-me da pessoa que eles veriam, se cá estivessem.
Hoje vou ser quase perfeito.
(Texto escrito ao acordar)
domingo, 28 de outubro de 2007
Telegrama
Esqueci-me de acertar os relógios. Esqueci-me, até, que a hora iria mudar. Acordei sem me lembrar disso. Mal liguei a televisão na SIC Notícias, reparei finalmente nesse pormenor. Odeio esta mudança de hora. Odeio a hora de inverno.
Parece que o meu segundo sobrinho/herdeiro está com pressa de nascer. Era previsto ser daqui por mais quinze dias, no entanto, a minha irmã já deu entrada no hospital esta madrugada. Deverá nascer entre hoje e amanhã.
Estava previsto que, na próxima Quarta-feira, fossemos para Londres - eu, o G. e o N.. Os bilhetes estão comprados há muito. O N., entretanto, por motivos profissionais, já nos tinha dado a notícia de que, infelizmente, não poderia ir. Agora, o G. está bastante doente. Como o que nos preocupa a todos é ver o G. novamente saudável e completamente recuperado, deixaremos a viagem para quando tudo voltar ao normal e conseguirmos agendar novas datas, novamente os três.
Madredeus - Oxalá
sábado, 27 de outubro de 2007
Who Made Who
Who Made Who - Space for rent
Para hoje, talvez uma ida até ao Trintaeum (31), e esperar que Boozoo Bajou corra melhor, ou então descobrir um programa melhor para fazer. Aceito sugestões!
terça-feira, 23 de outubro de 2007
Afagos da alma
A avó apanhou-a e entregou-lha:
- Vá lá, toma conta dela.
Ele fascinado, mostrava-a a toda a gente:
- Olha uma Joaninha! Olha a minha Joaninha! - Tanta emoção!
Decide então ir brincar com a Joaninha. Pousa-a numa cadeira e, de cócoras, fica a olhar para ela. A Joaninha, provavelmente assustada, está imóvel. Com um dedo, tenta empurrá-la, espera que com isso ela comece a andar. Ela continua imóvel.
Junto a ele vou observando. Ele insiste:
- Ela não se mexe! Anda Joaninha! Anda Joaninha! - enquanto a empurra com um dedo.
Aproximo-me mais e tento explicar-lhe:
- Tu não vês que ela é muito pequenina e tu és muito grande e ela assusta-se e não anda?
Ele empurra-me:
- Então sai daqui - como que dizendo que se ele é grande para a Joaninha eu sou ainda maior e, por isso, não é dele que ela tem medo, mas de mim! Eu sorrio e afasto-me por instantes.
Decide meter a Joaninha numa caixinha aberta para ela não fugir e pede à mamã que tome conta dela enquanto vai brincar. A mamã fica responsável pela Joaninha de estimação. E guarda-a até ele voltar.
Chegada a hora de almoço, ele vem para a mesa com a sua nova companheira. Enquanto vai lavar as mãos ela levanta voo. Ele volta e já não a vê. Não faz mal, ela voou porque foi à vida dela. Ele não se mostra perturbado com a fuga da sua nova companheira. Afinal, não é todos os dias que se tem a visita de uma Joaninha, mas ele sabia que ela só o tinha vindo visitar e depois teria que voltar para o lugar dela. O Lugar dela é junto à mamã, tal como o dele é junto da sua.
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
No que depender de nós
Aproveitamos toda e qualquer desculpa como certeza de que amanhã se não estivermos iguais estaremos pior nos nossos mundos, nas nossas vidas. É assim, porque é mais fácil.
Somos capazes de mais, de bem melhor, mas agarramo-nos ao passado, ao presente, mas nunca ao futuro, agarramo-nos às desculpas fáceis para justificar as nossas fragilidades. Agarramo-nos ao que não temos, ao que nunca tivemos, e desejamos o que gostariamos de ter, de fazer ou de ser, mas não damos um único passo nesse sentido.
Gostamos de ser seres comodistas, apenas capazes de nos movermos numa banda de conforto, que criamos ou nos criaram, e tudo o que seja saltar fora dessa banda é arriscar no incerto. Preferimos não o fazer.
Temos a capacidade dentro de nós, mas não a libertamos, não nos servimos dela, não evoluimos.
Enquanto houver quem nos alimente os medos, ficaremos por aí, onde sempre estivemos.
Somos críticos em relação aos outros e benevolentemente compreensivos connosco próprios. Entendemos as desculpas dos outros como desculpas, e as nossas como válidas certezas de que tem mesmo de ser assim porque.
Não somos nada disto. Somos melhores. Enchemo-nos de esperanças e expectativas. Programamos o futuro, passo a passo, estabelecemos metas e procuramos atingi-las. Procuramos o contacto certo, no momento certo. Procuramos as pessoas e esperamos que nos procurem a nós, que nos considerem válidos e úteis. Gostamos que contem connosco.
Somos felizes com o que temos porque limitamo-nos a não pedir demais. Somos felizes porque nos damos por satisfeitos com o que a vida nos vai dando. E temos sorte. Vivemos bem porque temos sorte.
Somos ainda melhores. Puxamos pelos outros e arriscamos, corremos atrás. Não nos agarramos àquilo que temos, somos insatisfeitos e procuramos ter ainda mais. Não procuramos o sucesso pelo sucesso, como recompensa. Procuramos o sucesso pela satisfação de vermos atingidos os nossos intentos. Não procuramos ser felizes porque já o somos, não com o que temos mas com o que fazemos, com as metas que alcançamos, com os desafios que nos colocamos. Consideramos que a nossa vida está repleta de tudo o que entendemos ser o que antes procuravamos. Somos insatisfeitos. Olhamos em frente e partimos para o estágio seguinte. Não nos deixamos acomodar com o que temos. Olhamos para trás mas não ficamos lá. Vamos aprendendo com o que deixamos para trás e utilizamos essa aprendizagem para alcançar o que está para vir.
Qual deles somos nós?
sábado, 20 de outubro de 2007
Só mais uma coisinha...
Recuperado
Ainda com muita coisa para fazer, tenho agora mais capacidade de me focar numa tarefa que fui deixando rolar, até ontem, por falta de tempo. É assim a minha vida profissional, muito importante para mim, ocupando a maior parte do meu tempo. Eu gosto, mas reconheço que não é esta a vida que quero no futuro. Para já só tenho mesmo que a querer assim, virada para o trabalho.
Agora que já recuperei, vou fazer coisas que gosto, vou sair para aproveitar este Sol de Outono?! Ou será que o Verão está a chegar?
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Simples & Natural
Chamemos-lhe assim.
Hoje, na empresa, havia uma mulher que estava absolutamente fantástica. O que é que isto interessa? Aparentemente, nada.
Digo aparentemente, porque serve de exemplo a todas as mulheres. A prova de que ela estava absolutamente fantástica foi que não só os homens a elogiaram, como as mulheres também o fizeram, o que, convenhamos, é acontecimento raro. O motivo de tantos elogios… umas calças de ganga e uma camisola branca (também trazia um mini casaco de cor turquesa).
Isto prova que a beleza natural das pessoas é tão mais valorizada quando se apresenta de forma simples e natural. Ela, como outras mulheres, anda sempre bem arranjada – muito bem arranjada – e elegante. Mas hoje o que sobressaía era a sua linha esguia, a sua elegância natural e a sua sensualidade.
Quando existem mulheres assim, vale a pena ser homem, vale a pena apreciar, naturalmente…
domingo, 14 de outubro de 2007
Sensibilidade (ou o que de melhor eu tenho)
Quando isso acontece refugio-me em mim, em casa, no meu espaço. Não há propriamente um motivo para este meu estado, mas a verdade é que tudo me afecta, me deixa menos bem disposto. Com menos para dar aos outros.
Hoje de manhã, depois de acordar percebi que tinha duas alternativas - ficar em casa, na sorna, ou ir almoçar a casa dos meus pais, em famíla. Rapidamente tomei a decisão. Peguei no telefone e liguei para a minha mãe. Atendeu-me a minha irmã. A chamada resumiu-se a duas frases: «Diz à mãe que vou aí almoçar» e em resposta, «fazes bem, anda daí». E fui.
Ando mais sensível, logo ando mais carente. Quando assim é, é na família que procuro o afecto, o carinho, ou "aquela" palavra.
Assim que cheguei a casa, estacionei e desde logo vi aquele menino pequenino, à janela, a acenar-me. O meu menino esperava o padrinho chegar. Saí do carro e dirigi-me a casa. Ele já vinha a descer as escadas, ao encontro do «meu padrinho» como ele diz.
Peguei nele ao colo, abraçou-me, com força - muita força, a dele - e logo aí confirmei que vale a pena. Vale a pena correr até à família, porque neles há sempre o nosso espaço, um colorir da alma que não se encontra em mais lado nenhum. Ao almoço troquei de lugar com a minha mãe, o pequenino assim o exigiu, queria o padrinho a almoçar ao lado dele e no fim as brincadeiras, a dois, segundo as regras dele. Depois, alguns momentos para uma conversa com o meu pai, e outra com a mãe antes do regresso e a certeza de que tudo está bem.
Naquelas duas ou três horas em família consegue-se recuperar toda a força anímica que o quotidiano nos vai roubando.
É na família que encontro a verdadeira expressão do amor, incondicional, de quem está sempre à nossa espera, de quem tem sempre tempo para nós.
São estes pequenos-grandes momentos que fazem de mim uma pessoa melhor, com mais para dar.
sábado, 13 de outubro de 2007
A Esperança de ser feliz (ou alguém à nossa volta)
Blur Universal
É certo que não conseguirei escrever exactamento o mesmo texto, mas a base da ideia é a mesma.
Ouvi ontem na Antena3 uma notícia em que o presidente da Associação Portuguesa de Psicologia (não tenho a certeza se é este o nome da associação, pelo que peço desde já desculpa aos lesados) dizia que 25% da população portuguesa sofre de depressão. Não acredito nem concordo. Mas quem sou eu para discordar? Ninguém, é um facto. Mas tenho a minha opinião sobre o assunto e suporto-a neste texto que li aqui (Júlio Machado Vaz, 27 Agosto 2007). Neste texto, fiquei a saber que num estudo realizado na Universidade de New South Wales, na Austrália, concluiram que muitas vezes se confunde infelicidade com estado depressivo e, de acordo com a BBC, o investigador Gordon Parker refere que a definição de depressão é difusa e, por isso, os médicos muitas vezes tratam estes estados emocionais como se fossem uma doença.
Pois bem. Para mim o que se passa é exactamente isto. As pessoas vivem, de algum modo, infelizes e não em estado depressivo.
E dou este exemplo. Se alguém perder o emprego, a seguir perder a casa e depois a mulher o deixar, ele vai viver um período de infelicidade. Pode até entrar em depressão, aceito isso, mas o mais certo é estar infeliz. Quem não estaria?
Por isso, meus caros clientes deste tasco, o que vos quero transmitir é que nos cabe a nós ser o antídoto, o remédio, o "medicamento" para quem está à nossa volta e se encontra infeliz ou, então, procurar à nossa volta o o antídoto, o remédio para a nossa infelicidade.
É muito simples. Há que manter vidas sociais activas, porque é à nossa volta que se encontra a solução, a um passo, a um olhar de distância, e conviver é o caminho para encontrar. E se, na opinião do médico, um em cada quatro portuguêses vive num estado depressivo, tenho para mim que a probabilidade de sermos o antidoto para a felicidade de alguém ou alguém o ser para nós é de um para quatro, o que claramente se torna numa boa probabilidade de podermos encontrar o caminho para sermos felizes.
É isso mesmo que eu vou fazer, olhar em frente e seguir, na esperança de que à minha volta esteja alguém que me cure, onde eu possa dar a beber a esperança, de forma a que, juntos, possamos seguir o nosso caminho rumo àquilo que todos queremos, que é a nossa felicidade. E vocês, também querem ser felizes?
Prioridade (Boa sorte)
Hoje o V., o primeiro amigo que tive e que se mantém até hoje (já aqui escrevi sobre ele), vai partir para Paris.
Vai partir, não porque quer, mas porque encontrou lá a oportunidade que não encontrava cá. Sai de cá, pela porta pequena, sem que o país de que ele tanto gosta, sem a cidade - do Porto - onde ele adora morar e que ele sente como sua, lhe terem dado a oportunidade que ele merecia. É injusto, é cruel, mas é assim que vivemos hoje.
Enquanto ser egoísta, tenho pena de o ver partir, de já não poder combinar actividades com ele. Enquanto amigo, tenho um enorme orgulho nele e a fé e a esperança de que tudo lhe vai correr bem por lá, de que um dia, quando voltar, voltará em grande, pela porta grande.
Boa sorte amigo!
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
Mudar - Olhar em frente (e acreditar)
get a little older...
... Time may change me
But I can't trace time...
DEPOIS DE TUDO O QUE TENHO OUVIDO, SEI QUE SÓ HÁ UM CAMINHO...
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
Lisboa
Como era esperado, vou cá ficar até amanhã. Também está confirmado (por mim, claro!) que não me apetecia nada cá ficar hoje. Tinha planos mais giros para hoje, no Porto.
Já que cá estou, há que aproveitar. Vou passar na Fnac do Colombo. Ouvi dizer que tem lá uns cd's que não existem nas Fnac's do grande Porto!
domingo, 7 de outubro de 2007
Alguém quer uma boleia?
Um fim-de-semana prolongado e recheado de noites bem passadas.
Ontem, os amigos, os melhores, aqueles com quem gosto sempre de estar, vieram cá jantar. Entre as amejoas à bolhão pato e a tarte de queijo (comprada no ECI) passaram-se boas horas de conversas, de disparates, de gargalhadas, de comida e, claro, de vinho, muito vinho.
Depois, uma ida ao Plano B fechou a noite, com whisky.
Hoje ressaquei, claro, mas com prazer. Porque nada me dá mais prazer do que a partilha da alegria com os amigos. Esta foi uma noite para celebrar a amizade, as mais recentes e as mais antigas, todas intensas, todas unidas pela força e pelo gozo de podermos estar felizes, juntos, todos, outra vez.
Fechado o fim-de-semana, arranca mais uma semana de trabalho. Esta arranca com uma ida a Lisboa, ainda sem a certeza de se terei de ficar e só voltar na terça. Mas desta vez não tenho vontade nenhuma de lá ficar. Pela primeira vez, desde há algum tempo, apetece-me estar aqui.
Agora vou dormir, porque o fim-de-semana foi dureza! Mas estou feliz!
sexta-feira, 5 de outubro de 2007
Se um dia sonhares comigo
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
Acontece
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
Organizar (uma uma soma de pensamentos de merda)
Falta-me vontade.
Falta-me força.
Falta-me energia.
Preciso de parar.
Preciso de pôr as ideias no lugar.
Preciso de agilidade. Mental.
Estou cansado, as ideias não surgem.
O tempo corre e eu não o consigo acompanhar.
Descanso, preciso de descanso. Preciso de descansar mais e melhor.
Preciso de acordar cedo, de acordar bem. Mas para isso preciso de me deitar cedo.
Não tenho vontade. Não tenho vontade de nada. Hoje nem vontade de comer. Hoje já só espero por amanhã.
Mas para quê? Amanhã vai ser igual. Não me apetece estar aqui. Nem me apetece estar aqui, sozinho. Mas estou. Poderia não estar, mas não me apeteceu dizer isto a ninguém e, talvez por isso, acabei aqui sozinho.
Acabei mas não no sentido de acabar, não no sentido de fim. Apenas me quedei por aqui, o sentido de prostração por falta de vontade. E tudo se resume a isso, V-O-N-T-A-D-E.
Por falar em vontade, olho para o calendário. Vejo que a semana é mais curta. Por falar em vontade, não sei se quero que o fim da semana chegue rápido ou se preferia que a semana não chegasse ao fim, depressa. Tenho tanto para fazer e tão pouco tempo, e tão pouca vontade.
Só resta uma solução - ORGANIZAR-me. Tenho de me organizar. Ou será que tenho de descansar? Fico na dúvida. Antes na dúvida do que na dívida, do tempo. Não quero dever ao tempo. Quero que o tempo me deva a mim, porque eu nunca quero dever nada a ninguém, nem ao tempo, apesar do tempo não ser alguém, nem ninguém. É tempo, não é gente, não tem forma, não tem rosto. Nem tem ponteiros. Os ponteiros fomos nós que os colocamos lá para contar o tempo, não para ganhar ou perder tempo. Este texto é uma perda de tempo. Aliás, é uma merda. Uma merda que me sai da cabeça para os dedos que batem nas teclas que tremem de forma nervosa - as teclas, não os dedos. Porque eu não tremo, não fico nervoso. Seria uma perda de tempo. O tempo que eu não tenho para perder. Não gosto de perder. Aí sim fico nervoso. Quando perco fico nervoso, mas não tremo, bato nas teclas com mais intensidade, mas não tremo. Hoje treme-me uma pálpebra. Tensão ocular alta, talvez. É cansaço. Sem perder mais tempo, vou descansar.
Amanhã organizo-me. (Se bem que decidir ir descansar é uma forma de organização, de organizar o tempo, ou será de encaixar as tarefas no tempo, em função das prioridades? Não sei. Vou descansar).
sábado, 29 de setembro de 2007
Cantinho do Inimigo
Fica aqui um excerto:
Trilogia da Pressão
Divido essa pressão em três, poderia dividir em mais, mas o post ficaria demasiado longo.
O que passo a apresentar é apenas uma visão, a minha, do que são as mulheres, do seu sofrimento e das suas falsas expectativas. Não é nenhuma teoria, mas bem o poderia ser, faltam-me apenas os dados estatísticos!
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Carta Aberta Ao Sr. Jumbo
Serve a presente para solicitar a sua atenção para o facto de o vosso gingle do anúncio da feira de vinhos conter uma pequena imprecisão.
No referido gingle, a determinada altura ouve-se "branco, verde ou tinto".
Gostaria que entendesse que os vinhos podem ser brancos, rosés ou tintos, mas nunca verdes. Verde é uma região - Vinho Verde - e não uma cor de vinho.
Os Vinhos Verdes, assim como os Maduros (maduro também é um termo usado na gíria vinícola, dado que o termo correcto - ainda que irritante - é Tranquilo, o que não quer dizer que os Verdes sejam agitados, não, apenas contêm CO2, o que os torna mais vivos), mas como dizia, os Verdes e os Maduros podem, em ambos os casos, ser brancos, rosés ou tintos.
Sr. Jumbo, já sei que não é fácil trabalhar com as agências de comunicação pois, segundo sei, nem sempre interpretam bem os briefings, ao mesmo tempo que, só porque as agências têm criativos não quer dizer que sejam criativos sapientes. Como sabe, criatividade e cultura não é uma e a mesma coisa. Ainda assim, penso que deveria o Sr. ter supervisionado o trabalho que estava a ser feito para comunicar a feira de vinhos dos seus supermercados. Se o Sr. Cunha do minimercado Cunha ou a D. Fátima da mercearia Fatita não têm a possibilidade de fazer estas acções e por isso, não incorrem nestas imprecisões, já o Sr. Jumbo deveria tomar mais atenção.
Já agora, para evitar imprecisões futuras, fique o Sr. a saber que, os vinhos brancos, Verdes ou Maduros, têm um método de produção diferente dos tintos. Os brancos fermetam sem contacto com a película (casca) da uva e o tinto fermenta em contacto com a película. Quanto aos Rosés, mais não são do que o resultado de uvas tintas fermentadas como as brancas, e, por isso, não adquirem a cor que é transmitida pela película, como é o caso dos tintos. Em nenhum destes processos, posso-lhe assegurar, teremos como resultado um vinho de cor verde.
Informo-o ainda que me encontro à sua inteira disposição para adicionais esclarecimentos.
Sem mais, de momento, e na esperança de ver esta situação corrigida no futuro, despeço-me, com a mais elevada estima e consideração.
Atentamente,
Mike